5 motivos para você NÃO continuar em uma empresa

No passado, era muito comum que as pessoas passassem anos trabalhando em um mesmo lugar. Essa era, inclusive, uma ideia de sucesso muito buscada: conseguir se manter em uma única empresa até se aposentar, apenas trocando de cargo conforme fosse se desenvolvendo dentro da sua área.

Hoje em dia, é totalmente possível, claro, que você ainda tenha esse objetivo em mente. Contudo, conforme as discussões sobre a importância de se atuar com aquilo que esteja alinhado com o seu propósito foram se tornando populares, é muito mais comum que os profissionais troquem de emprego com frequência, conforme sintam a necessidade. Afinal, dificilmente, apenas uma organização será capaz de suprir todas as ambições que vamos descobrindo em nós mesmos ao longo da vida.

Tudo isso para dizer o seguinte: se você acha que está chegando o momento de mudar sua rota, eu como psicóloga especialista em carreira quero, com este artigo, proporcionar o “empurrãozinho” necessário para que saia do ninho e explore novos voos. Como? Enumerando alguns motivos que NÃO são válidos para continuar em uma empresa.

Ficou curioso(a)? Continue a leitura para entender melhor.

Motivo número 1: não poder abandonar o seu chefe ou a sua equipe

Eu já comentei em outros conteúdos que os brasileiros têm o costume de criar relações no ambiente corporativo quase familiares, o que torna tudo muito mais complicado quando você sente que está na hora de buscar outros desafios para a sua carreira.

Por isso que eu novamente vou deixar o seguinte alerta: trabalho é trabalho, amigos são amigos, família é família. Separe bem cada instância da sua vida e lembre-se de que, se a organização onde você está agora precisasse te mandar embora por conta de gastos, por exemplo, ela o faria sem pensar duas vezes.

Portanto, não faz sentido deixar passar uma oportunidade incrível para a sua trajetória profissional por medo de abandonar seu chefe e seus colegas.

Isso não significa, claro, deixá-los completamente desamparados. Ao anunciar que está pensando em aceitar um outro emprego, alinhe com todos como você pode ajudar para que a sua decisão não prejudique as demandas. É sempre muito importante sairmos com as portas abertas — afinal, nunca sabemos o que o futuro nos reserva, não é mesmo?

Motivo número 2: não ter um plano B

Você já teve aquela sensação de que não é bom ou boa em mais nada, que com o que trabalha hoje é a única coisa que sabe fazer direito e, por isso, deveria continuar na mesma empresa para o resto da sua vida?

Se a resposta for “sim”, já passou da hora de combater essa crença limitante e começar a explorar novos horizontes. Aliás, você provavelmente só se sente assim porque nunca experimentou nada diferente do que está acostumado(a).

Entre tantos aprendizados que a pandemia da COVID-19 nos trouxe, a importância de ter um plano B com certeza foi um dos mais relevantes. É impossível prever o que vem pela frente, sendo essencial conseguir recorrer a uma outra alternativa caso seja necessário.

Para descobrir novas paixões, comece pensando naquilo que sempre gostou de fazer. Vá até a sua essência mais verdadeira. Por exemplo: você adora organizar a sua casa e ajudar amigos e familiares a deixarem as coisas em ordem? Que tal transformar esse hobby em uma ocupação e trabalhar como personal organizer?

Em tempo: um dos muitos benefícios de se pedir orientação de um psicólogo especialista em carreira é que esse profissional contribui, e muito, para orientar esse mergulho em si mesmo(a) para entender caminhos possíveis que estejam alinhados com o seu propósito.

Motivo número 3: apego excessivo ao seu título e aos benefícios oferecidos

Vamos ser sinceros: é muito difícil abandonar um cargo alto e começar, por exemplo, como aprendiz em outra organização porque ainda está se desenvolvendo dentro de uma nova área. É preciso uma boa dose de humildade e de vontade de aprender.

Mais complicado ainda é deixar de lado uma série de benefícios que você recebe, como plano de saúde, computador, celular e carro, para iniciar em um lugar ou um trabalho autônomo que não oferece nada disso.

Nesses momentos, é preciso lembrar o seguinte: todos esses itens não pertencem a você de verdade. Eles são propriedades da empresa e, se ela achar necessário, vai pegá-los de volta em pouco tempo. A única coisa que é realmente sua é a sua carreira.

Assim, é para ela que todos os seus esforços e cuidados devem ser direcionados, independentemente das facilidades que precise abrir mão.

Motivo número 4: crença em uma promoção que nunca chega

Uma estratégia bastante utilizada por alguns gestores para manter seus funcionários nos seus cargos é afirmar que eles serão promovidos em breve — mas sem nunca especificar exatamente em quanto tempo, muito menos as vantagens que essa promoção trará.

Então, tome muito cuidado com promessas vazias que podem estar impedindo você de buscar lugares que valorizarão ainda mais o seu trabalho e oferecerão oportunidades interessantes de crescimento.

Se necessário, antes de pedir demissão, converse com seu líder sobre as possibilidades de desenvolvimento para descobrir se elas estão alinhadas com aquilo que deseja para o seu futuro.

Motivo número 5: comodidade

Todos sabemos que mudanças são desconfortáveis. É claro que é muito mais fácil ficar onde você está acostumado, inclusive na empresa onde já conhece as pessoas, os processos e as demandas de cor e salteado.

Contudo, se essa for a sua escolha, estará abrindo mão de algo muito importante: seu desenvolvimento profissional. Ninguém cresce onde não há desconforto.

Então, se for pra continuar no mesmo lugar, que seja porque você está feliz, motivado(a), desafiado(a) e com perspectivas de conquistar novos cargos. Não porque é mais fácil, combinado?

Se você chegou ao fim desta leitura e sente que precisa conversar com um especialista para planejar seus próximos passos com mais assertividade, estou à disposição. Sou psicóloga especialista em carreira e utilizo de método e ciência para orientar meus clientes na busca pelos seus maiores objetivos, construindo, juntos, uma vida de sucesso.

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Vamos que Vamos!

Abraços, Renata Cox

Psicóloga Especialista em Carreira