5 passos para montar um dashboard
Em um recente estudo global sobre a indústria 4.0, a PWC citou que 93% dos profissionais entrevistados acreditam que, em 5 anos, dados serão essenciais para tomada de decisões. A primeira pergunta que me veio na cabeça foi: “mas o que pensam então os outros 7%!?”. É evidente o quanto dados já são importantes no processo de tomada de decisão, imagina em 5 anos.
Por isso eu acredito que dados precisam ser tratados como um verdadeiro ativo nas organizações, com a mesma intensidade e responsabilidade que qualquer outro bem essencial ao negócio.
Eu também acredito que nos dias de hoje os líderes não têm tempo para perder, e por isso a construção de dashboards tem papel fundamental no processo de tomada de decisão dentro de uma organização.
Esse é, portanto, um pequeno manual com os 5 passos que considero essenciais nessa construção.
1) Propósito
Entenda que colocar informações em belos gráficos, com tecnologia de ponta, pode não fazer nenhum sentido para a organização, tendo ainda gerado um custo necessário para desenvolvê-lo, caso não exista um real propósito. Técnicas de definição de escopo, muito utilizadas em gestão de projetos, podem ser utilizadas nessa etapa. O importante é entender o porquê desse dashboard estar sendo construído, e quais objetivos estão associados a ele. Identificar bem o público-alvo é um adicional interessante, podendo agregar mais valor ao desenvolvimento.
2) Dados consistentes
Parece óbvio, mas nem sempre os dados representam fatos. É importante que os dados utilizados nas informações gerados estejam validados. Em outro artigo apresentei a minha metodologia de validação, mas existem inúmeras formas de fazer esse trabalho.
Em algumas empresas essa validação é feita naturalmente, através de processos cadastrais bem definidos, padronizados e controlados, mas em outras é necessária uma validação constante, podendo até ser realizada em formato de auditoria. O mais importante é garantir que os dados demonstram fatos concretos, sem dúvidas sobre a sua veracidade.
3) Métricas
Um dashboard não existe sem métricas, e estas devem estar diretamente ligadas aos objetivos estratégicos da empresa. Cada indicador presente em seu dashboard deve ter uma métrica atrelada, que por sua vez deve representar um ou mais objetivos da organização. Isso fará com que seu dashboard traga muito mais valor à informação.
4) Transparência
Os números gerados devem ter um real significado, e quando apresentados aos profissionais interessados devem traduzir algo concreto, sem mensagem nas entrelinhas. Estes profissionais devem visualizar o indicador e entender o que ele significa, e somente assim poderão trabalhar para compreender as suas causas e construir planos de ação, nos casos onde o número não for satisfatório, de acordo com as métricas estabelecidas.
5) Disponibilidade
De que adianta um dashboard pronto se não está visível para todos aqueles que necessitam acompanhar as suas informações? É muito comum o uso de telas grandes para essa exibição, em local de destaque no escritório, e em algumas situações disponíveis até mesmo na intranet da organização.
Por fim, digo que não há segredo para desenvolver grandes dashboards. Há muitos exemplos pela Internet e diversos modelos oferecidos pelos softwares de BI. Pratique bastante e desenvolva diversos dashboards, nesse caso a frase “a prática leva a perfeição” se encaixa perfeitamente.
Redator Técnico do GLPI na Teclib'
7 aA elaboração de um Dashboard é sempre uma batalha mesmo. Pois sempre se quer visualizar os dados, mas definir o que é de fato relevante pode não ser a tarefa mais simples. Parabéns! O texto dá uma clareada na mente no momento de se iniciar um projeto de exibição desses dados.