5 SEGREDOS DAS PESSOAS TOMADORAS DE DECISÃO
Marcello Burattini
Mentoria | Conselhos | Desenvolvimento de Negócios | Empreendedorismo | Start-ups
Como podemos nos tornar melhores na tomada de decisão? Cinco segredos:
Número um: Evite um cenário binário, “este ou aquele” sempre que puder, expanda as opções.
Número dois: Evite tomar decisões quando estiver cansado. Delegue o máximo de decisões quanto possível.
Número três: Seja seu conselheiro pessoal, pergunte a si mesmo: o que um grande líder faria, ou, o que o meu sucessor faria?
Número quatro: Decida! Quando você tem que decidir, decida! Lembre-se do custo de não tomar nenhuma decisão. Você perde a credibilidade da liderança e pode perder oportunidades se esperar até ter 100% de certeza. Muitas vezes, é tarde demais.
Número cinco: Ouça a orientação espiritual.
Vamos falar sobre o processo de tomada de decisão.
As decisões que tomamos hoje determinam as histórias que contaremos amanhã. Se você pretende ter sucesso em seu negócio, em seu ministério, em sua carreira, quando você chegar lá, muitas pessoas olharão e pensarão, bem, ele deve ter tomado algumas poucas e grandes decisões pra chegar aonde está. Porém, na verdade não é bem assim!!!
Ao longo da sua jornada você tomou centenas de pequenas decisões diárias fielmente nos bastidores. Foi tomando decisões sábias consistentemente que você chegou ou chegará lá.
O problema é que muitos de nós, como líderes, não somos os melhores tomadores de decisão. Muitos de nós acabamos tomando decisões permanentes com base em emoções temporárias. Temos que superar nossas emoções, desconectar nossa emoções para tomar decisões sábias. Na verdade, fiz algumas pesquisas que são realmente fascinantes para mim. Compartilharei com vocês uma pequena observação e explicarei como tomar decisões sábias.
A geração do milênio, uma geração emergente, está tendo mais desafio para tomar decisões do que algumas gerações anteriores. Há cerca de um ano atrás perguntei a um dos membros mais jovens da nossa equipe, você é indeciso? Parece brincadeira, mas não é! E ele olhou para mim e disse: Bem, sim e não. Não tenho certeza! Uma pesquisa mostra três grandes razões porque é um pouco ou muito mais difícil para a geração emergente tomar decisões.
A primeira delas é porque temos muitas opções. Por exemplo, se estou em um voo internacional e tenho cinco comédias para escolher e quero assistir a um, minhas opções se resumem a cinco. Se estou no Netflix e há um número ilimitado de filmes para escolher, levo muito mais tempo para fazer essa escolha. A geração emergente tem tido muitas opções!!! Parece que as opções são uma benção, mas acabam sendo uma maldição.
A segunda razão é que esta é a primeira geração que teve o que chamamos de ilusão de perfeição. Quando você olha as redes sociais, o que você vê? Você vê os destaques de outra pessoa e pensa: uau, a vida dela parece perfeita. Você compara isso com você, nos bastidores, você vê o corpo perfeito, as férias perfeitas, o relacionamento perfeito, a refeição perfeita, e você pensa: minha vida não é boa. Então o que acontece é que queremos tomar a decisão perfeita, mas quando sentimos que podemos, acabamos não tomando nenhuma decisão, por medo de tomar a “decisão errada”. Mas, não tomar uma decisão é uma decisão, e que acaba se tornando uma decisão muito ruim. A busca pela perfeição leva ao medo do fracasso
A terceira razão é que muitas pessoas simplesmente não desenvolveram a habilidade de tomar uma decisão. Como pais, minha geração seria conhecida como os pais helicóptero. No meu tempo de infância, meus pais mandavam a gente ir brincar fora de casa. Brincávamos o dia todo. Tínhamos que decidir o que faríamos todo dia. Agora, na minha geração como pais, os pais fazem a programação das agendas dos filhos. Segundas à tarde, judô e depois alemão. Às terças, inglês e violão. Às quartas reforço de matemática. E assim por diante... Esta geração não teve a oportunidade de tomar decisões, de escolher o que fazer. Estava tudo pronto!
Comparando, como é que nós, líderes, tomamos decisões melhores? Como podemos conduzir melhor as reuniões, traçar estratégias, delegar, e tomar as melhores decisões?
Deixe-me dar-lhe cinco grandes segredos para tomarmos as melhores decisões.
Número um, quando você estiver tomando decisões, evite ter apenas duas opções para escolha do tipo este ou aquele caminho. Tente expandir as opções para escolha. Pergunte a si mesmo: tem uma terceira opção?
Por exemplo, devo demitir este funcionário, sim ou não? Devemos adicionar um novo campus a uma escola? Sim ou não? Devo contratar essa pessoa? Sim ou não?... Acrescente mais opções, veja como poderia ficar:
Devo demitir essa pessoa, ou devemos tentar fazer com que ela seja treinada, ou, devemos transferi-la para outro departamento onde possa ter mais sucesso, ou, devemos colocá-la em um outro regime de trabalho com alguns objetivos mais específicos.
Sobre contratar mais uma pessoa para a equipe, contrato mais uma pessoa? sim ou não? Pense assim: Que tal se eu adicionasse três pessoas em tempo parcial em vez de uma pessoa em tempo integral? Ou, deveríamos utilizar voluntários? Devemos expandir as opções.
Uma das minhas ideias favoritas e inovadoras surgiu em nossa organização, quando expandimos as opções. Eu estava perguntando, deveria mandar o Sam ou o Chris pregar quando eu estiver de folga no fim de semana? Então pensei, e se tivéssemos um monte de pessoas diferentes falando em locais diferentes? Acabamos tendo 86 oradores diferentes em um fim de semana. Quando ampliamos as opções, tivemos a ideia inovadora. Evite o cenário “este ou aquele”.
Número dois, evite tomar decisões quando estiver muito cansado. A fadiga faz com que tomemos decisões sem a devida reflexão. Na verdade, ficamos cansados quando tomamos decisões consistentemente. O The New York Times publicou um estudo sobre mil e cem decisões que uma corte tomou sobre dar liberdade condicional ou não. Houve mil e cem decisões despachadas por três juízes em um dia. Imagine julgar mil e cem processos em um dia! O resultado foi que um terço dos prisioneiros receberam a liberdade condicional. Vejam o que aconteceu. 70% dos presos que compareceram diante desta corte de manhã cedo receberam a liberdade condicional. Eles ouviram o “sim”. Ao passo que apenas 10% dos prisioneiros que compareceram nas seções da tarde receberam o “sim”. A explicação, na parte da tarde os juízes já estavam cansados de tomar decisões, cansados de ouvir desculpas. Eles estavam desgastados e era muito mais fácil dizer “não”. E foi sim, porque eles tinham que decidir naquele momento, optaram pelo caminho mais “seguro”, mais fácil.
Cada vez que você toma uma decisão, é preciso energia e esforço mental, então o que eu quero fazer é delegar tantas decisões quanto possível. Uma das melhores ideias de liderança que você pode ter é delegar a tomada de decisões sempre que puder para atingir seu objetivo. Concentre-se apenas em tomar as decisões que apenas realmente só você pode tomar. Delegue o resto. Eu delego coisas que fariam você rir, por exemplo, sou daltônico, então, escolher uma roupa que combine para o fim de semana é muito estressante para mim. Assim, eu apenas deleguei essa atividade para meu time de pessoas que amam esse tipo de coisa. Isso tira o estresse de mim porque não consigo dizer que as coisas combinam. Tão simples quanto o almoço. Hoje eu almoço no meu escritório, eu não saio para almoçar. Sempre trazemos almoço e economizamos muito tempo. Todo dia chega alguém e fala, o que você quer pedir para o almoço hoje? E eu tenho que parar, pensar, o que estou com vontade? Então, o que eu fiz? Eu disse, ei time, aqui estão as minhas cinco refeições favoritas. Todo dia vocês poderiam me trazer apenas uma das cinco. E, no final, todo dia chega alguma das opções e, claro, eu digo “Uau!! É um dos meus pratos favoritos”. Tão simples, tão pequeno, mas qualquer coisa que possamos delegar nos ajuda e, ao mesmo tempo, estamos capacitando outras pessoas, estamos liberando nossa energia mental e deixando que a equipe também pense, decida, produza. A força de sua organização geralmente se reflete na profundidade em que as pessoas têm o poder e a liberdade para tomar decisões. Você deseja fortalecer seus líderes, delegue decisões e libere a sua capacidade mental e emocional para fazer mais.
Número três. Torne-se seu consultor pessoal. Você quer se tornar um melhor tomador de decisões, torne-se seu Personal Advisor. Pergunte a si mesmo: o que eu diria a mim mesmo se estivesse me dando conselhos? Quando você faz isso, você está separando a emoção do processo de tomada de decisão, porque quando estamos envolvidos, nós também estamos conectados emocionalmente, e isso pode embaçar a sua visão.
Quando eu me aconselho, separo a emoção, se gosto ou não de uma pessoa, e penso de forma mais clara. De repente, esta não é a pessoa certa para a nossa organização, mas poderia ter o perfil para outra, objetivamente falando.
Você poderia fazer essas duas perguntas:
- O que um ótimo líder faria nesta situação? Ou,
- Se eu fosse substituído, o que meu sucessor faria?
Minha igreja está sediada em Oklahoma. Abrimos uma nova igreja em Phoenix e o trabalho simplesmente não estava funcionando, e sabíamos que provavelmente a coisa certa a fazer seria fechar, mas simplesmente não conseguíamos fazê-lo. Sentei-me à mesa com o grupo de nossos líderes executivos e tomadores de decisão, e disse, se alguém nos substituísse o que faria? E de repente ficou muito claro, se alguém substituísse, a primeira coisa que faria seria encerrar o trabalho ali.
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Fazendo as perguntas certas e objetivas, separamos o emocional do racional, podemos fazer isso nos tornando nossos próprios conselheiros, assim podemos alcançar sabedoria e altitude emocional para tomar as melhores decisões. Torne-se seu próprio conselheiro.
Número quatro. Decida quando você vai decidir. Se você deseja se tornar um melhor tomador de decisões, decida quando você vai decidir, por quê? Porque a procrastinação é o inimigo número um do progresso. Muitas e muitas vezes nós adiamos, adiamos, adiamos... e demoramos pra tomar as decisões. Eu costumo me organizar com duas listas. Uma lista de coisas para fazer (To-Do List) e uma lista de coisas para decidir. Em cada uma delas, organizo as atividades por prioridades e prazos. A lista ToDo resolvo rápido, ponderando tempo e esforço. A lista da decisão sempre consome mais energia emocional. Eu tenho um período específico durante a semana para tomar decisões mais profundas. Tento tomar poucas decisões fora desse período. Se você ainda não conseguir tomar uma decisão, lembre-se do custo de nenhuma decisão. Quando você não consegue tomar uma decisão, você perde a credibilidade da liderança, as pessoas ao seu redor não confiarão em você e você também perde oportunidades. Eu sempre ensino isso aos líderes, se você esperar até ter 100% de certeza para tomar decisão sobre um assunto provavelmente será tarde demais. Tome a decisão, coloque os temas por categorias, não procrastine e decida.
Número cinco. Deixe-me dar um pequeno prefácio para este, eu entendo que muitos de vocês que estão lendo este artigo não são cristãos como eu sou. E estou totalmente grato por vocês estarem lendo. Respeito completamente suas crenças e espero que você respeite o fato de que eu sou um cristão, um pastor. E, por isso mesmo, eu acredito que há uma vantagem espiritual na tomada de decisões. Você não precisa concordar, mas o
Número cinco, eu diria que é o seguinte: Ouça a orientação espiritual.
Eu amo as Escrituras e tentarei não ser enfadonho, mas é isso, as Escrituras dizem: Podemos fazer nossos planos, mas o Senhor determina nossos passos. Se você é uma pessoa espiritual, se você é de Jesus como eu sou, aqui está alguma coisa que você pode fazer. Você pode simplesmente manter uma lista de todas questões relacionadas a decisões interpessoais, difíceis ou fáceis. Se você começar a escrever e pedir a orientação de Deus, de repente você consegue reconhecer como Deus pode realmente direcionar seus passos. Quando você reconhece que existe um poder além deste mundo que se preocupa com o que você está fazendo, você pode ter confiança para seguir em frente e tomar decisões. Não apenas com seu próprio poder, mas com fé, você está realmente fazendo algo que Deus deseja que você faça.
Rápida revisão!
- Se você não quiser desenvolver líderes, tome todas as decisões.
- Se você deseja que sua organização reflita seus pontos fracos, tome todas as decisões.
- Se você deseja desenvolver líderes, distribua as decisões, delegue o máximo possível, delegue todas as decisões que puder. Deixe seu time crescer, tornar-se sábio.
- Como podemos nos tornar melhores na tomada de decisão? Cinco segredos:
Número um: Evite qualquer um o cenário binário, “este ou aquele” sempre que puder, expanda as opções.
Número dois: Evite tomar decisões quando estiver cansado. Delegue o máximo de decisões quanto possível.
Número três: Seja seu conselheiro pessoal, pergunte a si mesmo: o que um grande líder faria, ou, o que o meu sucessor faria?
Número quatro: Decida! Quando você tem que decidir, decida! Lembre-se do custo de não tomar nenhuma decisão. Você perde a credibilidade da liderança e pode perder oportunidades se esperar até ter 100% de certeza. Muitas vezes, é tarde demais.
Número cinco: Ouça a orientação espiritual.
Reforçando, se você não quer desenvolver líderes, faça você mesmo, tome todas as decisões. Se você deseja que sua organização reflita seus pontos fracos, tome todas as decisões. Do contrário, delegue com a maior frequência possível.
Perguntas de aplicação
1. Se você está tentando tomar uma decisão binária, tipo “este ou aquele” cenário, qual é a terceira ou quarta opção que você pode adicionar a este cenário?.Lembre-se, toda vez que você tentar tomar uma decisão, expanda a opção número
2. Quais são as três decisões que você está tomando que você poderia delegar poder a outra pessoa? Eles melhorarão e liberarão sua energia para se concentrar em outras coisas.
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