5 soft skills para você se destacar na nova era da IA
por Anna Dulce, no Administradores.com
Dentre os diversos avanços tecnológicos alcançados pela sociedade nas últimas décadas, poucos foram tão transformadores quanto a Inteligência Artificial, especialmente a chamada IA generativa (vide o fenômeno do ChatGPT).
E em meio a tantas incertezas que esta nova era digital tem gerado, muitas se relacionam ao impacto que tecnologias como a IA generativa deverão exercer sobre o ambiente de trabalho, os cargos e os perfis profissionais do futuro.
Mas não estamos totalmente no escuro; executivos e especialistas renomados do mercado têm apontado algumas tendências em ascensão, para as quais você pode começar a se preparar desde já.
Em artigo escrito para o Fast Company, Heide Abelli, cofundadora da SageX Inc., elenca, por exemplo, 5 soft skills que serão ainda mais valorizadas neste novo contexto. Confira:
1) Interação social
Muitos empregos continuarão a exigir habilidades avançadas de interação social, incluindo a autorregulação emocional e a escuta ativa.
Segundo Abelli, estudos demonstram que o uso de IA reduz a lacuna de desempenho técnico entre funcionários com diferentes níveis de aptidão e antiguidade, o que passa a salientar a diferença observada entre seus níveis de habilidades sociais, enfatizando a importância da comunicação interpessoal, do trabalho em equipe e da inteligência emocional no ambiente de trabalho.
2) Criatividade
A ampla generalização de que a IA vai substituir seres humanos no trabalho é incorreta, mas é muito provável que aqueles que utilizam a tecnologia substituam os que não o fazem, ressalta Abelli. Neste contexto, profissionais que exploram o potencial da IA com criatividade terão os melhores resultados.
"Há um grau significativo de criatividade envolvido na concepção de prompts de comando de IA que resultam em respostas mais frutíferas. Projetar prompts de IA não é apenas uma questão de instruções simples; é uma arte que requer um grau significativo de criatividade", destaca Abelli.
"O sucesso de um resultado gerado por IA está diretamente ligado à qualidade, especificidade e engenhosidade do prompt que a ferramenta recebe. Um prompt elaborado de forma criativa atua como um catalisador, orientando a IA para respostas mais perspicazes, relevantes e diferenciadas", acrescenta.
3) Pensamento crítico
Embora a IA possa gerar grandes quantidades de dados, análises e potenciais soluções numa velocidade sem precedentes, a veracidade e aplicabilidade das suas respostas não estão garantidas. É que estas tecnologias, apesar de sofisticadas, baseiam seus resultados em padrões identificados a partir de vastos conjuntos de dados, que podem incluir preconceitos e imprecisões.
Por isso, o pensamento crítico é e continuará sendo extremamente necessário para avaliar as respostas fornecidas por ferramentas do tipo, uma vez que nem todas serão válidas, imparciais, factuais ou isentas de erros.
Com o raciocínio lógico humano, o pensamento reflexivo e a avaliação imparcial, ressalta Abelli, é possível dissecar os resultados da IA – identificando eventuais falhas ou inconsistências –, considerar as implicações e contextos mais amplos das informações fornecidas e pesar as evidências, discernindo o que é relevante e o que for estranho.
4) Curiosidade
"A curiosidade é um impulso inato para explorar, compreender e buscar informações sobre o mundo ao nosso redor", define Abelli. A ânsia de descobrir leva o profissional a fazer perguntas, investigar, desafiar suposições e se aprofundar, incentivando-o a se aventurar para além de sua zona de conforto e a se envolver com conceitos, ideias e experiências desconhecidas.
"Embora a IA possa identificar padrões, prever resultados e automatizar tarefas complexas, não possui a compreensão profunda que decorre da curiosidade humana genuína", acrescenta a executiva. O valor do funcionário, assim, passa da simples posse de conhecimento para a aplicação da curiosidade: a capacidade de questionar, interpretar e reimaginar esse conhecimento.
"Ao perguntar constantemente 'por que' ou 'como', as pessoas curiosas chegam aos tipos de soluções e ideias inovadoras que as empresas precisam na era da IA", defende Abelli.
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5) Tomada de decisões ética e imparcial
Como já dito, as respostas fornecidas por sistemas de IA podem refletir e reforçar preconceitos sociais ou julgamentos discriminatórios.
Conforme Abelli, quando não são identificados e controlados, esses vieses encontrados nas bases de dados da IA podem até levar a novas formas de discriminação organizacional, com consequências potencialmente graves envolvendo, por exemplo, perfis de novas contratações ou de clientes.
Para lutar contra isso, também precisamos de uma habilidade exclusivamente humana. "A capacidade de um funcionário de tomar decisões éticas garante que a implantação da IA defenda os valores sociais, respeite os direitos humanos e salvaguarde as liberdades individuais", enfatiza a expert.
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1 aExcelente texto