5G - A Tecnologia de quinta geração

O início do 5G

Embora exista comercialmente desde 2018, em 2021, o 5G já estava começando a impactar a indústria de manufatura global de várias maneiras, e a probabilidade é que essa tendência continue evoluindo nesta década.

Três países concentram 82% dos acessos 5G no mundo

Pesquisa da consultoria Omdia mostra que o 5G, embora exista comercialmente desde 2018, ainda tem base de usuários bastante concentrada, com 82% dos assinantes estando na China, nos Estados Unidos e no Japão. De 1,08 bilhão de acessos 5G no final de 2022, 820 milhões foram registrados nestes países.

No setor de telecomunicações, o 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga de baixa latência, que as empresas de telefonia celular começaram a implantar em todo o mundo no final do ano de 2018, e é o sucessor planejado das redes 4G que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais (smartphones, dispositivos vestíveis, carros autônomos, equipamentos robóticos, etc).

Como suas antecessoras, as redes 5G são redes móveis, nas quais a área de serviço é dividida em pequenas áreas geográficas chamadas de "células". Todos os dispositivos sem fio 5G em uma célula são conectados à internet e à rede telefônica por ondas de rádio por meio de um transmissor local na célula. A principal vantagem das novas redes é que terão maior largura de banda, proporcionando maiores velocidades de download, podendo chegar a até 10 Gigabits por segundo (Gbit/s). 

Devido ao aumento da largura de banda, espera-se que as redes 5G não atendam exclusivamente a telefones celulares como as redes móveis existentes, mas também sejam utilizadas como provedoras de serviços gerais de internet para laptops e computadores desktop, competindo com fornecedores de acesso à internet (ISPs) existentes, como internet a cabo, e também possibilitarão novas aplicações em internet das coisas (IoT) e áreas de máquina a máquina (M2M).

Aqui estão algumas das principais áreas em que o 5G tem o potencial de transformar a indústria de manufatura:

1. Comunicação em tempo real: Com a sua velocidade e latência ultra baixa, o 5G permite a comunicação quase instantânea entre máquinas e dispositivos na linha de produção. Isso facilita a sincronização e o controle de processos, melhorando a eficiência da produção e a capacidade de resposta a mudanças na demanda ou nas condições de operação.
2. Internet das Coisas Industrial (IIoT): A conectividade 5G possibilita a expansão do IIoT, permitindo que sensores, dispositivos e máquinas se comuniquem de forma mais abrangente e rápida. Isso leva a uma maior coleta de dados em tempo real, permitindo análises mais precisas e tomada de decisões mais informadas para otimização de processos e manutenção preditiva.
3. Manufatura autônoma e robótica: A alta velocidade e baixa latência do 5G são cruciais para a implementação de robôs colaborativos e sistemas de produção autônomos em ambientes industriais. O 5G permite que os robôs interajam uns com os outros e com os humanos em tempo real, tornando a automação mais segura, eficiente e flexível.
4. Realidade aumentada e virtual: O 5G melhora significativamente a experiência de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) no ambiente de manufatura. Isso pode ser usado para treinamento de funcionários, simulação de processos, assistência remota e manutenção de máquinas, o que pode reduzir o tempo de inatividade e melhorar a eficiência geral da produção.
5. Qualidade do controle e inspeção: A alta capacidade de conectividade do 5G permite que dados de sensores e câmeras sejam transmitidos em tempo real, facilitando a monitorização e o controle de qualidade em toda a linha de produção. Isso ajuda a identificar problemas rapidamente e a implementar correções em tempo real, garantindo produtos de alta qualidade.
6. Logística e rastreamento: A tecnologia 5G pode melhorar a gestão da cadeia de suprimentos e logística, permitindo o rastreamento em tempo real de produtos, materiais e equipamentos. Isso pode levar a uma maior eficiência no gerenciamento de estoque, transporte e distribuição de produtos acabados.

Em resumo, a aplicabilidade do 5G para a indústria de manufatura global é extensa e promissora, e seu impacto provavelmente continuará a ser sentido nos próximos anos, à medida que a tecnologia 5G se expande para mais regiões e mais empresas adotam soluções baseadas nessa conectividade avançada.

O 5G no Brasil

Uma onda de crescimento com 11,4 Milhões de Acessos e Contando!

A adoção da tecnologia 5G está em um ritmo acelerado no Brasil, e recentes dados divulgados pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações, referentes ao mês de junho de 2023, revelam um crescimento impressionante de 13,33% comparando com o mês anterior, totalizando 11,4 milhões de acessos 5G.

O 5G tem sido a tecnologia dominante no ano de 2023, adicionando impressionantes 5.103.336 novos acessos, enquanto outras tecnologias, como 4G, 3G e 2G, tiveram quedas significativas em seus números.

Nos últimos 12 meses, o 5G adicionou 8.531.252 novos acessos, destacando-se como a principal escolha das operadoras e usuários.

Um destaque importante deste mês é que 152 municípios já estão com o 5G em operação comercial, e em outros 1.560 municípios, a frequência foi liberada para uso, aguardando apenas a implantação da tecnologia por parte das operadoras e consequentemente a ativação comercial.

Esses números mostram que a tecnologia está se expandindo rapidamente pelo país. Além disso, o 5G tem impulsionado o crescimento dos planos pós-pagos, que atualmente representam 77,52% da base total de acessos.

Isso demonstra que a tecnologia 5G está gerando um ticket médio superior para as operadoras em comparação com a média geral (sem o 5G) de 55,69% e mesmo com o 4G, onde 50,78% dos acessos são pós-pagos.

Vale ressaltar que o crescimento no número de acessos 5G é principalmente resultado da migração de tecnologia, e não de um aumento geral na base de acessos móveis no mercado brasileiro.

Nos últimos 6 meses, enquanto a base total de acessos móveis encolheu 3% (-109.572), o 5G capturou impressionantes 5,10 milhões de acessos de outras tecnologias, consolidando sua posição de liderança no mercado.

Quando analisamos as cidades mais representativas para o 5G, Florianópolis/SC se destaca com 13,96% de todos os acessos usando a tecnologia, seguida por Niterói/RJ (13,95%) e Brasília (13,36%).

Já nas UFs, o Distrito Federal (DF) lidera com 13,36%, seguido por Roraima (RR) com 8,03% e Rio de Janeiro (RJ) com 7,29%.

Embora o 5G tenha demonstrado crescimento impressionante, com 13.879 estações já habilitadas, isso representa apenas 15,33% de todas as estações radio base do Brasil (90.517).

Ainda há muito espaço para expansão e melhorias na infraestrutura para que mais pessoas e empresas possam usufruir dos benefícios dessa tecnologia revolucionária.

O futuro do 5G no Brasil é promissor e a medida que mais cidades e regiões se tornam aptas a receber essa tecnologia inovadora, podemos esperar uma transformação ainda maior na forma como vivemos e trabalhamos, impulsionando a economia e a sociedade como um todo

Highlights sobre o tema 5G no Brasil

Fonte: Teletime, 02/07/2023

A Claro foi a primeira operadora brasileira a oficializar a oferta de FWA 5G para o mercado residencial, em anúncio nesta quarta-feira (no caso, roteadores são adquiridos a parte, com preços entre R$ 799 e R$ 1.199). As demais teles também conduzem testes da tecnologia, além de empresas regionais como a Brisanet. Fora o mercado de varejo, o recurso já está sendo utilizado pelo segmento corporativo, nota a Ericsson.

Entre os primeiros demandantes estão bancos que estão utilizando a tecnologia na substituição de cabeamento físico de agências, inclusive em projetos já em curso. Implementações na indústria também começam a surgir, bem como pilotos em outras verticais. A própria Ericsson tem o FWA como elemento de projeto de rede privativa que envolve a Vivo e o Hospital Albert Einstein, aponta Scheffer.

Diante do uso B2B, vale notar que cerca de 27% das mais de 100 operadoras globais que já atuam com FWA 5G teriam alguma espécie de serviço com capacidade garantida como parte das ofertas, aponta Marcos Scheffer. A abordagem, cara para usos no mercado corporativo, varia entre operadoras de serviço. No mercado residencial, abordagens best effort (melhor esforço, em tradução livre) também têm sido adotadas no globo.

Ao TELETIME, ofertas entre 100 Mbps e 500 Mbps foram citadas como velocidades de download comercializadas pelo FWA 5G ao redor do mundo (por aqui, a Claro está prometendo velocidades de até 1 Gbps e um modelo baseado em franquias). Uma pesquisa recente da GSA indicou 236,2 Mbps como velocidade média das ofertas do gênero no mundo.

De forma geral, a tendência é que a performance do FWA fique mais restrita em áreas densas, ainda que bem acima da banda larga fixa sem fio baseada em tecnologias anteriores (como 4G e 3G). Uma notícia boa para o Brasil é que as métricas dependem diretamente da disponibilidade de espectro, classificada pela Ericsson como satisfatória no País. Além do 3,5 GHz e do 2,3 GHz, as ondas milimétricas em 26 GHz são alternativas para o recurso no futuro.

Além de locais onde a cobertura por outros meios é complexa por questões geográficas, prédios antigos sem estrutura para receber redes de fibra também são encarados como possível nicho de mercado do FWA. Mesmo assim, Scheffer, da Ericsson, entende que a tecnologia sem fio e a óptica não serão concorrentes, mas complementares na estratégia das empresas de banda larga.

Claro lança internet fixa via 5G com roteador Wi-Fi 6; saiba os preços

Tecnoblog | 2/08/2023

Roteador Intelbras GX3000 é vendido por valor a partir de R$ 798. Serviço chega a São Paulo, Campinas, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

A Claro lançou o primeiro plano de internet fixa 5G no Brasil, logo após a tecnologia ter completado seu primeiro ano de vida no Brasil. Com franquia de dados e adesão limitada a poucas cidades, o Claro Internet Móvel 5G+ custa caro e dificilmente vai te convencer a trocar a banda larga convencional pela nova tecnologia.

Estado de SP atinge a marca de 100 cidades com internet 5G

Portal do Governo | 01/08/2023

Com avanço na modernização da “lei das antenas”, estado de SP concentra um de cada quatro municípios brasileiros com a tecnologia. Pouco mais de um ano após a chegada da tecnologia ao Brasil, 100 cidades paulistas já contam com internet 5G, que oferece uma navegação até 100 vezes mais rápida. Com isso, São Paulo concentra um de cada quatro municípios brasileiros com o serviço, apontam dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 

TIM liga rede 5G em mais duas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte

Tele-Síntese | 02/08/2023

A TIM segue expandindo a rede de quinta geração em Minas Gerais e ativou o sinal 5G em mais duas cidades: Betim e Santa Luzia, ambas na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em Betim, a tecnologia está ativa em 72 bairros, abrangendo 63% do município. Em Santa Luzia, 23 bairros contam com o sinal, com 62% da cidade coberta.

“Minas Gerais é um estado estratégico para a TIM, que foi a primeira operadora a ativar o sinal 4G em todos os 853 municípios. Com o 5G, pretendemos manter nossa liderança e apresentar às populações de Betim e Santa Luzia uma realidade diferenciada, ainda mais veloz e de qualidade”, afirma Daniel Soares de Oliveira, diretor Comercial da TIM Sudeste. A empresa firmou compromisso com o governo de Minas para cobrir o estado com rede móvel.

Vivo planeja atualizar redes privadas capazes de migrar para o 5G

Minha operadora | 31/07/2023

Atualmente, todas as infraestruturas da operadora utilizam o 4G, mas será possível migrar para última geração, se for necessário.

AVivo está se preparando para atualizar seus parques de conectividade montando em 4G para que eles possam suportar o 5G, se os clientes quiserem fazer a mudança. Até o momento, todas as redes privadas da operadora usam o 4G, mas se for necessário, é possível fazer a migração para a última geração da rede.

Leandro Rebouças, gerente de produtos da Telefónica Tech, contou em palestra no evento IoT e as Redes Privativas, que “Já deixamos toda a arquitetura da rede [privativa] preparada para isso, minimizando a transferência para o 5G”. “Hoje, com 4G, já é possível atender bem as empresa, mas nos preparamos para levar o 5G também”, complementou.

O executivo explicou que as empresas já estão considerando a infraestrutura de conectividade como insumo para suas atividades. Segundo ele, os setores que estão puxando a demanda por redes privativas são manufatura, mineração, óleo e gás, logística e utilities. Nesse segmento, a Vivo tem contrato com a Vale, onde fornece conectividade para atividades em minas subterrâneas e caminhões autônomos, e com a Petrobras, interconectando as operações em terra (onshore) e no mar (offshore).

Segundo ele, a operadora desenvolveu terminais resistentes a baixa e elevadas temperaturas, quedas e colisões, como aparelho celular, rede veicular, body cam e notebook otimizados para uso industrial, para melhorar desempenho para missões críticas.

Vamos continuar acompanhando as próximas fases e o desenvolvimento desse tema.