6 dos maiores PIBs do mundo em 2050 devem surgir de mercados emergentes

6 dos maiores PIBs do mundo em 2050 devem surgir de mercados emergentes

Um estudo recente da PricewaterhouseCoopers (PwC) oferece uma visão no mínimo intrigante sobre a economia global nos próximos 25 anos. De acordo com o relatório “Visão de longo prazo: como a ordem econômica global mudará até 2050?”, espera-se que seis dos dez maiores PIBs do mundo sejam oriundos de mercados emergentes. Esta mudança substancial destaca a urgência de investimentos socioambientais, em infraestrutura e melhorias institucionais para que essas economias possam prosperar.

A previsão da PwC indica uma reestruturação significativa na hierarquia econômica global. Os mercados emergentes, atualmente vistos como “países em desenvolvimento”, têm o potencial de crescer a uma taxa duas vezes superior à das economias avançadas, caso sejam realizados os investimentos necessários. Este crescimento não é apenas uma questão de aumento numérico, mas envolve a transformação estrutural que pode impulsionar a qualidade de vida das populações.

A análise utiliza o Produto Interno Bruto (PIB) ajustado pela paridade do poder de compra (PPP) como critério de avaliação. A PPP é uma ferramenta essencial que permite comparar economias de diferentes países, levando em consideração o custo de vida e a inflação. Isso não só torna as economias emergentes mais competitivas em relação às economias avançadas, mas também destaca a importância de um crescimento sustentável.


Produtividade econômica x qualidade de vida

A relação entre produtividade econômica e qualidade de vida é um dos pontos centrais do estudo. Aumentar a produtividade significa que as economias podem produzir mais bens e serviços, o que, por sua vez, pode gerar mais empregos e aumentar os salários. Um aumento na produtividade não é apenas benéfico para os empresários, mas também para os trabalhadores e consumidores, promovendo um ciclo de prosperidade.

Entretanto, para que esse crescimento seja efetivo e duradouro, a PwC ressalta a necessidade de implementar políticas que promovam a equidade. A prosperidade não deve ser concentrada em uma minoria; ao contrário, deve ser amplamente distribuída para evitar que desigualdades se acentuem. Além disso, é preciso garantir políticas sociais eficazes que garantam acesso a serviços públicos de qualidade para a construção de uma sociedade mais justa.


Desafios…

Apesar do potencial promissor, os mercados emergentes enfrentam desafios significativos que precisam ser abordados. A infraestrutura é um dos principais obstáculos: sem melhorias nas estradas, transporte público, saúde e educação, o crescimento sustentável pode ser comprometido. Além disso, a instabilidade política e a falta de instituições robustas podem dificultar o progresso.

Portanto, para que as economias emergentes alcancem seu potencial e se tornem líderes no cenário econômico global, um enfoque proativo na construção de infraestrutura e instituições se faz indispensável. Somente assim será possível assegurar um crescimento que não apenas impulsione os números do PIB, mas que também melhore a qualidade de vida da população.

O estudo da PwC é um chamado à ação para governos, investidores e sociedade civil. O futuro econômico mundial está mudando, e os mercados emergentes têm a chance de liderar essa transformação. No entanto, essa liderança deve ser acompanhada de responsabilidade social e compromisso com a equidade. O equilíbrio entre crescimento econômico e justiça social será a chave para um futuro próspero e inclusivo.

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