8 provocações ao eleitor brasileiro
@ 2015 - Diogo Salles

8 provocações ao eleitor brasileiro

Essa semana teremos mais uma eleição. Será mais uma oportunidade para renovar nossos quadros e qualificar melhor a gestão e o debate público. Na teoria soa lindo, mas a prática nos mostra que não é assim tão simples, pois ainda falta a nós, cidadãos brasileiros, uma melhor compreensão de que a democracia vai muito além de apertar “confirma” a cada dois anos.

Durante as atividades que promovo no projeto Cidadania na Escola, vou salpicando minhas falas com algumas provocações – às quais, penso, são bastante pertinentes para o momento atual e cabe reproduzir aqui...

1. Verdade, os governantes abandonam o povo depois que se elegem. Mas e nós, será que não os abandonamos também depois da eleição, deixando-os livres para fazer o que bem entenderem? Indo além: será mesmo que os políticos fazem tudo o que querem, ou será que só fazem o que nós deixamos que façam?

2. Ok, os políticos têm nos dado motivos de sobra para acreditarmos que todos só querem levar vantagens pessoais no exercício do cargo. Mas e nós, temos feito alguma autocrítica e questionado nossas atitudes no dia a dia?

3. Sem dúvida, os candidatos mentem para seus eleitores, prometendo mil maravilhas que nunca se cumprem. Mas e nós, até quando estaremos dispostos a acreditar nessas mentiras? Será que não podemos ser mais exigentes, demandando saber de que forma os candidatos pretendem cumprir seus compromissos?

4. Tá certo, nossos governantes não têm feito muito para proteger o meio ambiente e preservar nossas riquezas naturais. Mas e nós, temos contribuído para a preservação e feito nossa parte na coleta seletiva? Ou ainda “deixamos” lixo nas ruas, nas praias e em espaços públicos?

5. Pois é, muitos políticos roubam e continuam se candidatando. Mas e nós, até onde estaremos dispostos a ir para continuar votando em quem “rouba mas faz”?

6. Correto, historicamente todos os políticos que se apresentaram como salvadores da pátria se provaram figuras inverossímeis. Então não seria o “Salvador da Pátria” uma espécie de “Papai Noel de eleitores”?

7. De fato, eleição se tornou um grande balcão de negócios. Compra-se tempo de TV e apoio político a céu aberto. Mas e nós, o quanto estamos abertos a propostas para trocar nosso voto por alguma vantagem ou favor (um tratamento médico, um emprego em algum gabinete...)?

E finalmente, a pergunta que não cala nunca:

8. Sim, todo mundo quer mudanças. Mas e nós, estamos dispostos a mudar?

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos