As 9 regras da inovação

As 9 regras da inovação

Um dos gurus de inovação da atualidade, Greg Satell, lançou em 2016 os 9 aspectos que caracterizam a inovação em sua pureza, com argumentos nada óbvios ainda para os dias de hoje. Para os que já estão cansados do uso indiscriminado do tema inovação, sugiro a breve leitura abaixo e tenho certeza que pelo menos uma das 9 leis irão lhe surpreender.

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1)     Inovação não é um evento único

Quando ouvir que “inovamos o parque fabril no mês passado”, desconfie que seja um vôo de galinha. Inovação é um movimento de adoção contínua e, para tanto, avança em ciclos de permanente renovação. Em geral, é mais verdadeiro e confiável quando a empresa declara que sua cultura é de inovação, porque deve-se vestir a inovação como um uniforme.

Um bom caminho é aprimorar a Gestão da Mudança. Vide artigo.

2)     Inovação é uma combinação

De igual modo, desconfie se ouvir que uma função foi inovada isoladamente. Com o grau de interdependência interna e externa, você acredita que uma ilha departamental chegue ao estágio de inovação e de excelência, sem inovar as demais funções?! Não digo que o “big bang” seja o único caminho, nem acho recomendado na transformação digital, mas deve haver uma jornada de transformação desenhada e razões para priorizar determinadas áreas. Com cadência e sem angústias.

O principal condutor da costura de inovação entre domínios variados é o líder digital. Veja como ele pode atuar neste artigo.

3)     Primeiro, faça a pergunta correta

A inovação não é o fim! O objetivo de uma empresa continua a ser expresso pelos seus propósitos e pelas evidências de geração de riqueza que a sustenta. Portanto, não somos pagos para manter a empresa inovadora, a não ser que provemos que podemos contribuir decisivamente para aumentar a rentabilidade, agilidade e redução dos riscos. Escolha o tema estratégico e encontrará sustentação econômica para a cultura de inovação.

Certamente, no caso de sucesso que relatei neste artigo, a pergunta não foi “O que faremos com o Blockchain?”, mas, provavelmente, “Como salvamos as abelha e a humanidade?”

4)     Tamanho da empresa não é restrição

Se uma empresa pequena, uma Startup, tem a leveza e o desprendimento para inovar, por outro lado consome grande parte de suas mentes criativas para buscar recursos. Recursos esses que por vezes existem nas grandes corporações, que esbarram na cultura, burocracia e indisposição para mudar. É por essa razão que grandes empresas planejam segregar seus negócios, de forma mais radical, para unir os dois mundos. Consenso? Inovar é quesito de subsistência.

Com este artigo, contribuo com forma de quebrar os modelos mentais limitantes para esta transformação.

5)     Fomente a inovação aberta para expandir as possibilidades

Já pensou em trazer o cliente para a bancada de desenvolvimento de produtos e serviços? Que tal envolver os fornecedores estratégicos, parceiros, funcionários de linha de frente, consultores de órgãos reguladores?

O que é certo é que a cultura empresarial funciona como habilitadora para atividade de inovação. Dê uma olhada neste artigo e veja como poder ser decisivo.

6)     A regra do 70-20-10

Essa certamente surpreenderá a muitos que acreditam que inovar é acordar com uma nova ideia revolucionária. Empresas de sucesso têm demonstrado que 70% dos esforços de inovação objetivam a melhora contínua de processo, produtos e serviços que já existem. De forma colateral, 20% acabam contagiando (positivamente) as adjacências, e de forma superestimada, apenas 10% são ideias inéditas e disruptivas.

Veja neste artigo, os conceitos de cadência da maturidade em finanças, para observar que inovação deve ser crescente e sólida.

7)     Inovação disruptiva exige novo modelo de negócio

O maior obstáculo a inovação é o desejo de mudar de forma periférica. Semelhante a emagrecer sem mudar os hábitos. Quando a inovação é mais radical, faz-se imperioso transformar o modelo de negócio para vender, comprar, produzir, controlar etc, de forma transformacional. Isto implica em quebrar silos e desmontar hierarquias que fossilizam velhas práticas.

Mais fácil falar que fazer, mas o certo é que desaprender é peça fundamental da inovação. Neste artigo, trato de uma forma moderna e objetiva de desenhar modelos de negócio.

8)     Plataforma para acessar o ecossistema

Com o protagonismo da tecnologia nos modelos de negócio é assertivo conceber o modelo como uma plataforma que conecta clientes, parceiros, colaboradores etc, promovendo o encontro de interesses em torno de um produto ou serviço. É disso que se trata a máquina chamada “negócios na era digital”. Plataforma, porque precisamos de maleabilidade de transformar os componentes com agilidade para se manter vivo na economia dinâmica e exponencial. É preciso inovar os canais de vendas, sem que o backoffice deixe de funcionar, implementar a indústria 4.0, sem deixar de atender os clientes.

Neste outro artigo, trato dos aspectos da transformação da economia de produto para serviços, ressaltando como as empresas tiveram que se adaptar.

Já nesse outro artigo em duas partes, 1 e 2, mostro como a computação em nuvem viabilizou esta transformação.

9)     Colaboração é a nova vantagem competitiva

É preciso mudar a forma com as pessoas interagem dentro das organizações, para se compatibilizar com a dinâmica de mercado. A estrutura de top-down de hierarquia não tem se mostrado capaz de cumprir este papel. Líderes inspiradores que potencializam os “soft skills” e empoderam os talentos digitais, têm se mostrado mais aderente a nova demanda por produtividade.

O oposto de "networking" é "not working". (Anônimo)

Os caminhos para inovar os talentos da era digital são tratados neste artigo.

Link para o artigo original.

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