ABRAS 2024 Food Retail Future
Hoje participei do primeiro dia do evento da Abras em Campinas, onde assisti a duas palestras muito enriquecedoras sobre o futuro do varejo. As apresentações foram conduzidas pelas equipes da PricewaterhouseCoopers (PwC) e da Bain & Company, oferecendo análises profundas sobre as principais tendências do setor.
🔍 PwC e Locomotiva: A Visão sobre o Mercado da Maioria A PwC focou na evolução demográfica e comportamental das classes C, D e E, destacando o surgimento de um novo perfil de consumidor no pós-pandemia. Este consumidor, com expectativas elevadas, valoriza fortemente a tecnologia e a sustentabilidade. Ele está mais atento à origem dos produtos e ao impacto ambiental, além de adotar uma postura crítica em relação ao custo-benefício.
Outro ponto central abordado pela PwC, em parceria com o Instituto Locomotiva, foi a necessidade de estratégias localizadas para o mercado brasileiro, em particular para as classes C, D e E. Transplantar modelos europeus diretamente para o Brasil muitas vezes não funciona. É essencial adaptar-se às particularidades culturais, econômicas e de consumo locais, respeitando as condições específicas dessas classes.
💡 Bain & Company: Impacto Tecnológico e Estratégias Futuras Já a Bain & Company enfatizou a tecnologia como uma força transformadora no varejo alimentício. A inovação, especialmente no uso de dados e na personalização da experiência do consumidor, foi destacada como chave para se manter competitivo. A consultoria também projetou desafios contínuos nas margens operacionais, indicando que a eficiência e os investimentos em práticas ESG (ambientais, sociais e governamentais) serão fundamentais para o sucesso.
A Bain também destacou o papel dos dados para gerar novos negócios. A monetização desses dados possibilita, entre outras coisas, a criação de soluções de mídia, programas de fidelidade, serviços financeiros e até mesmo novas ofertas voltadas para pets e assistência técnica. Esses elementos são vistos como indispensáveis para atender as expectativas crescentes dos consumidores.
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Insights
1️⃣ Adaptação às Mudanças Demográficas e Comportamentais Os varejistas devem alinhar suas estratégias às novas preferências dos consumidores, oferecendo produtos que não só entreguem valor em termos de preço e qualidade, mas que também estejam em sintonia com preocupações ambientais e sociais.
2️⃣ Incorporação de Tecnologia para Personalização A tecnologia será o alicerce para personalizar as experiências de compra. O uso eficaz de dados permitirá aos varejistas entender melhor os hábitos e preferências de compra, oferecendo experiências customizadas.
3️⃣ Foco na Eficiência Operacional Com margens sob pressão, é vital otimizar operações, reduzir desperdícios e gerenciar custos de forma eficaz. Investimentos em automação e layouts de loja mais eficientes podem contribuir significativamente para melhorar a rentabilidade.
4️⃣ Exploração de Novos Formatos de Negócio O varejo pode e deve ir além do modelo tradicional de supermercado. A integração de experiências online e offline, novos formatos experimentais de loja e a exploração de nichos emergentes, como retail media e programas de fidelidade, são áreas promissoras.
5️⃣ Investimentos Estratégicos em ESG As práticas ESG não são apenas uma obrigação regulatória, mas uma exigência crescente dos consumidores. Investir em sustentabilidade não apenas mitiga riscos, mas também pode abrir novas oportunidades e gerar valor no longo prazo.
CEO & Founder da Sucré Alimentos
3 mObrigada pelo resumo e pelos insights, Paulo! Feliz de saber que estamos mirando certo, aqui na Sucré Brasil 👊🏼✨