Afinal tenho mesmo que ter metas?
Vivemos em um mundo de pressão constante e necessidade de controle de tudo ao nosso redor. Desde a revolução industrial e o avançar do capitalismo estamos envolvidos no que se pode chamar de administração moderna.
Administração moderna do trabalho e também da vida.
Nessa administração moderna estamos atolados ate o pescoço em métricas. Existe uma métrica para “tudo”.
Tudo é comparado e tudo é avaliado. Até coisas simples como comprar pão estão intrinsicamente envolvidos com métricas. Se você mandou seu filho a panificadora comprar pão automaticamente criou subjetivamente uma métrica de eficiência. A partir deste momento ele precisa fazer a coisa programada em tempo aceitável. Este é um exemplo de métrica silenciosa, pois acontece de forma natural e por comparação. Tudo funcionará bem desde que ele não demore além do tempo para voltar. Caso isso aconteça automaticamente reprovamos a ação.
Este mundo de métricas tem trazido um mal estar relacionado a metas. Somos avaliados o tempo todo e em todo lugar que vamos, com isso temos uma sensação de controle externo excessivo e consequentemente desconforto.
Vemos as sequelas do excesso de metas em nossa vida em forma de stress, depressão, desmotivação, etc.. Quando tudo que fazemos é monitorado e comparado muito facilmente nos sentimos frustrados, pois a impressão que temos é que somente eu não consigo.
Temos no mundo corporativo vários exemplos de como as métricas pressionam e podem ser um tiro pela culatra.
O banco americano Wells Fargo pressionou tanto seus colaboradores a atingirem metas que no ano seguinte quase foi à lona, o numero de contas fantasmas foi tão grande que as auditorias levaram quase um ano para identifica-las além do fato de ter custado milhões de dólares para consertar.
Na Inglaterra os hospitais criaram uma métrica de avaliação onde o estabelecimento seria penalizado pelas filas de atendimento superiores a 4 horas de espera, a consequência disso foi pacientes alocados em ambulâncias e outros locais fora da área do hospital para que a métrica não pudesse ser iniciada.
A crise imobiliária americana de 2008 tem grande inclinação de ter ocorrido em função da forte pressão das companhias em seus colaboradores para atingir metas astronômicas de vendas de imóveis e créditos, com isso reduziu-se a exigência de pesquisa e confiança fazendo com que os compradores se motivassem a investir em imóveis com um valor muito superior aos seus ganhos.
Alguns médicos passaram a serem avaliados por métricas de acerto nos procedimentos, com isso os procedimentos de maior risco começaram a ser negados por eles trazendo escassez deste tipo de profissional inflacionando de forma agressiva o mercado.
Mas afinal de contas métricas são boas ou ruins?
Para corrigir uma meta “contaminada” normalmente se cria uma nova meta atrelada a primeira gerando assim um ambiente burocrático e confuso.
Por outro lado se as metas não fossem uteis e importantes não seriam usadas em todo o mundo em tão larga escala.
Imagine um profissional do mercado financeiro, um bancário, por exemplo, pressionado pelas metas comerciais diárias exigidas pelo banco onde trabalha e ao mesmo tempo precisar estabelecer metas em sua vida pessoal?
Só o fato de se falar nisso o bancário já terá um desconforto pois suas ancoras são negativas com este assunto.
Metas são importantes, pois tiram suas ideias do campo da subjetividade e geram ação te colocando em movimento.
O problema é que este excesso de metas silenciosas ou impostas pelo nosso trabalho gera um comparativo que pode ser apontado como um sabotador interno dando a sensação de que ter meta pessoal e tão ruim quanto o que sinto no momento em que sou pressionado com as metas que preciso cumprir no trabalho ou impostos pela sociedade (metas muitas vezes ligadas a remuneração).
Ter metas bem traçadas e um objetivo claro é o primeiro passo para você ressignificar as “métricas do mundo”.
Nas “métricas do mundo” estamos sempre antenados na “corrupção” das metas, de como burlá-las para alcançar os resultados impostos da forma mais fácil e assim tirarmos as pessoas que nos incomodam de nosso pé..
Nas métricas pessoais ser corrupto é mentir para si mesmo e sabotar seus sonhos.
Aprender a lidar com metas exige conhecimento, ferramentas e foco.
Transformar as crenças limitadoras em crenças possibilitadoras pode ser o primeiro passo para você iniciar um trabalho com metas.
Metas, objetivos e sonhos são as premissas para você fazer um processo de coaching e ressignificar todo desconforto que este assunto possa te trazer.
Procure um Coach e coloque-se em movimento.
Foco total em seus objetivos.