AGORA É QUE SÃO ELAS!
Esses dias, diante de toda essa mudança que estamos vivendo, fiquei pensando:
Será que agora aquele preconceito que finge não existir com as mães no mercado de trabalho vai dar uma diminuída?
Quando eu completei 27 anos, estava casada há 2. O que eu mais ouvia quando alguém pegava meu currículo e parava na primeira linha era: 27? Já tá pensando em ter filhos? Eu dava aquele sorrisinho amarelo, dizia que não e fervia por dentro.
Imaginemos juntos:
Aquele senhor empregador, todo pomposo com “askiança” tudo em casa, correndo na sala, chorando, gritando, dançando baby shark no meio da reunião;
Aquele gestor que exigia que você ficasse além do horário mesmo sabendo que é você quem busca o filho na escola, não conseguindo conciliar a própria agenda;
Aquele marido, que chegava em casa e falava que era impossível você estar cansada sendo que você SÓ fica em casa;
Aquela amiga que trabalha fora das 7 às 19 pega o filho (limpinho, tomado banho e jantado) na escola e só coloca pra dormir, e que vivia falando que você tinha uma boa vida porque não precisava trabalhar, tendo que dar conta de tudo e um pouco mais, louça, filhos, roupa, casa, reunião;
Ou aqueles parentes beeeem legais que falavam que quem trabalha de casa na verdade finge que trabalha, que mãe que empreende para ficar com os filhos, está na verdade arrumando desculpa para não ir para o mercado de trabalho e que agora justamente estão trabalhando em home office;
Será que a empatia tem batido à porta deles?
Eu tenho vontade de pegar esse povo tudo, colocar numa sala do Hangout (porque esse é o novo tipo de reunião que a gente faz) e dizer, e aí galera, me contem mais sobre isso!! Digam aí como é que vocês, tão maravilhosos e poderosos, estão se virando!
Desde que começou essa quarentena o que eu mais tenho ouvido é: Nossa não sei como você conseguiu!!
Eu vivi para ouvir isso! Obrigado Senhor! Sempre acreditei no dia em que os humilhados seriam exaltados! Ah mundo! Continue dando voltas e voltas por favor! kkk
A verdade minha gente é que ser mãe exige um pouco mais que só parir. A verdade é que realmente padecemos no paraíso. E a principal verdade é que a gente sofre, se cansa, arranca os cabelos, mas a gente dá conta! Porque o que nos move nessa vida, são esses pitocos que nos enlouquecem e enchem o nosso mundo de alegria!
Por isso, senhores empregadores, contratem as mães! Elas não vão te decepcionar!
Por isso, minhas queridas e amadas leitoras que estão no mundo do empreendedorismo, acreditem mais em vocês! A maternidade nos capacita além do que os melhores cursos do mercado oferecem!
As mães, aprendem na prática: Gestão Estratégica (arrumar uma bolsa para um passeio em São Paulo, onde temos as 4 estações do ano num só dia), Gestão de Conflitos (suas vontades, as do marido e as dos filhos – se for mais de um então, nem se fala), Intuição (ou vai me dizer que você não percebe quando aquela dorzinha de garganta tem um algo a mais ali?), Gestão de Riscos (a gente escaneia todo o ambiente antes de soltar essas crianças no chão, prevê cada tropeço que eles vão levar e onde), Improviso (quando abre a geladeira e percebe que precisava ter ido ao mercado, mas já está na hora do jantar, ou quando só se lembra que esqueceu a chupeta no meio do caminho), Persuasão (colocar um verde num prato de uma criança de três anos e fazê-la comer tudo, é coisa de mestre)… E eu poderia dar uma lista infindável de práticas e técnicas usadas diariamente por nós!
Meu bem, as mães movem o mundo!
Sou Lu Oliveira, mãe, gerente de projetos e mais algumas coisas. Por alguns anos gerenciei projetos de negócios que visavam lucro, hoje quero fazer o mesmo por negócios que gerem também, felicidade.
Piegas falar disso? Pode ser! Mas é impossível, viver sem!