A agricultura 4.0 já chegou ao campo
Foto divulgação CNH Industrial

A agricultura 4.0 já chegou ao campo

O campo não é mais o mesmo. No Brasil e no mundo. As melhores tecnologias digitais já estão disponíveis no meio rural e estão transformando a forma de produzir no meio agrícola de como conhecíamos antes.

Os produtores rurais do Brasil já podem compartilhar dados agronômicos e tomar decisões em tempo real como nunca antes imaginado. Eles já conseguem usar várias soluções de conectividade de dados, como usamos nas cidades em Apps nos nossos celulares, com canais bidirecionais que ligam plataformas de agricultura de precisão e plataformas de agricultura digital, com sistemas informatizados de dados que organizam e planejam a produção agrícola.

Esses sistemas oferecem uma melhor visualização de dados agronômicos e ferramentas de tomada de decisão e suporte para dados da máquina que está plantando ou o colhendo. É como se abríssemos a palma da mão à chuva e a máquina no campo já soubesse se é hora de plantar ou colher. Ou se é melhor abrir o guarda-chuva e esperar o tempo melhorar para depois voltar a trabalhar.

Quem sabe, parar para comer um bolinho de chuva com café coado na hora. E deixar para depois plantar, irrigar, pulverizar ou colher.

O que se espera dessa nova fase da agricultura? Aumento de produtividade e redução de desperdícios, como sempre se quis em todas as culturas agrícolas,

Falando com um agrônomo experiente esta semana, ele me lembrou que esse sempre foi o sonho de todos os agricultores. O acesso à informações digitais e instantâneas durante todo o período de uma safra irá gerar mais produtividade e rentabilidade aos homens do campo, como nunca aconteceu antes na história.

Desde que o homem se estabeleceu na beira do Nilo há mais de 12 mil anos, para começar a produzir trigo de forma pensada e planejada, nunca antes se conseguiu obter tanto rendimento da terra como se obtém hoje.

Mas o que está acontecendo de tão diferente no campo?

Com o uso de máquinas sofisticadas e equipamentos auto-propelidos de alto desempenho, os agricultores conseguem fazer mais com menos, trabalhando a terra no tempo certo, com a quantidade certa de sementes, adubo e água. Um sonho para quem antes lançava na terra as sementes de grãos quase à própria sorte.

Os fabricantes de máquinas, de adubos, sementes e de equipamentos de irrigação da terra estão se unindo cada vez mais a quem produz softwares e hardwares de automação, que fazem o serviço de agronomia de forma digital e autônoma.

Caso da parceria que a CNH Industrial anunciou recentemente com a Climate Corporation, subsidiária da gigante Monsanto e braço da bilionária Microsoft. Um caso de aplicação do que existe de melhor em termos de inteligência artificial com a produção agrícola e a mecanização do setor primário de alimentos,

Tudo em nome de alimentar o mundo que está chegando a 8 bilhões de bocas nos próximos anos.

Essa parceria oferece aos clientes das marcas Case IH e New Holland Agriculture funcionalidade exclusiva com dados das máquinas e do campo em tempo real, incluindo prescrições agronômicas, que podem ser recebidas e transmitidas para o sistema de visualização do campo e do clima, da Climate, usando as plataformas de agricultura de precisão que coletam informações direto do solo.

Atualmente, essa integração entre os sistemas fornece um dos mais extensos conjuntos de dados disponíveis no mercado. Esse nível adicional de conectividade permitirá que os agricultores aperfeiçoem as operações de campo para aumentar a produtividade e eficiência das suas frotas de máquinas.

Os humores do clima serão observados, antecipados e analisados cada vez com mais antecedência. Por outro lado, os dados de solo, incluindo quanto e quando um agricultor no norte do Mato Grosso (ou em qualquer outro lugar) plantou e deseja colher, serão cruzados com informações que estão vindo lá do céu, do alto dos satélites que emanam informações para a Terra.

Um conjunto de fatores técnicos e tecnológicos que concederão poderes celestiais para homens comuns que sempre foram ligados às coisas místicas que movem a terra, a biologia, a agricultura e todas as suas nuances. Programadas e não programadas. Mas sempre desejadas para obter o santo alimento no final de todo esse processo.

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