Ainda ficou o dilema
Por Felipe Bertolo, set 2020.

Ainda ficou o dilema

Sempre me interesso em assistir ou ler algo que envolva tecnologia. Principalmente para me manter atualizado e inteirado sobre a onda 4.0, seja ela educação 4.0, engenharia 4.0, logística 4.0 ou internet das coisas.

Quando recebi uma notificação no celular sobre um documentário chamado “The Social Dilemma” traduzido como “O Dilema das Redes”, produzido pela Netflix e dirigido por Jeff Orlowski, logo me veio à mente: um assunto recorrente onde se lê e assiste mais do mesmo sempre.

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Mesmo assim resolvi perder uns 5 minutos para ver o início, e quem sabe me interessar em assistir por completo. Por minha surpresa, depois de dado o play não consegui parar de assistir.

Esse documentário faz uma exploração e explanação dos efeitos das redes sociais e dos aparelhos eletrônicos que nos mantém ligados a elas, com o intuito de demonstrar o comportamento humano diante da avassaladora necessidade de mantermos conectados causando mudanças definitivas, ou não, no comportamento humano, e no geral, sociocultural.

Apresentado através de entrevistas com famosos do mundo tecnológico do Vale do Silício, os quais eu particularmente admiro, somado com uma dramatização fantasticamente hipotética, nos apresentando uma perspicácia advertência sobre a condição da maneira de viver com a tecnologia que num piscar de olhos está em nossas mãos e mentes.

Demonstrar a preocupação, por quem criou, desenvolveu e geriu as redes sociais, com o rumo desenfreado e prejudicial que elas empregam, é ao mesmo instante assustador e bom. Nos faz refletir de como usufruímos e incentivamos outras pessoas a fazerem o mesmo. Está aí, algo que deve ser levado a sério e ser percebido quanto ao impacto que isso causa na humanidade.

De maneira especulativa e acadêmica, nos traz uma noção de como é analisado e obtido informações a partir de conjuntos de dados (big data) que nós usuários, cedemos involuntariamente. A partir disso conseguimos fazer o link com a era 4.0, de marketing e vendas digitais dentre outros nichos tecnológicos.

O que esse documentário nos transmite é exagerado? Bom, aí vai da interpretação e senso de cada um, porém posso dizer que reflete uma proximidade tamanha do nosso dia a dia com a tecnologia, integrando fatos e atos de nós, pessoas comuns, relacionando nossas vidas nua e crua com a modernidade líquida.

Diante desse cenário polarizado, penso eu, que não vai mais voltar ao normal, mas pode ser controlado!

Para finalizar, deixo uma pergunta:

Nos tornamos produto das redes ou as redes são nossos produtos?


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