Ajuste de carteira em 2022: Como o investidor pode se preparar?

Ajuste de carteira em 2022: Como o investidor pode se preparar?

Por: Lucas Martins | Especialista em Renda Variável | Blue3

Entre a nova variante do COVID-19, as ameaças da economia e as eleições presidenciais, como podemos superar os desafios de 2022?

Em 2021, diversos fatores contribuíram para o desempenho da nossa bolsa. No início do ano, com o andar da vacinação, tivemos a diminuição de restrições à circulação, e assim começamos a enxergar a atividade econômica podendo mostrar sinais de retomadas. Este movimento fez o Ibovespa chegar aos 130 mil pontos em junho, e nos dar melhores perspectivas para a saída desta crise. 

Porém, o mercado não foi um céu de brigadeiro. O país não conseguiu se firmar sob as oportunidades. As reformas estruturais esperadas não aconteceram, pelo menos da forma esperada, e este fato contribuiu ainda mais para aumentar o risco fiscal ao mercado interno.

E que risco seria este? 

Quando observamos a falta de aprovação de reformas administrativas e tributárias, o Auxílio Brasil e a PEC dos precatórios, por exemplo, caímos em uma conjuntura, que claramente iria contribuir para um maior receio sobre qual caminho tomaria a nossa dívida pública. 

E não paramos por aí, tivemos restrições de oferta e aumento da inflação, o que contribuiu também para um fraco desempenho da atividade econômica no segundo semestre. E com inflação pressionada, tivemos um ano de 2021 que trouxe um ciclo de forte alta na taxa de juros.

Pois é, tivemos um ano realmente desafiador. Mas não podemos esquecer fatores extremamente positivos para o nosso mercado que também marcaram o ano. 

Em 2021, tivemos o recorde em volume de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs). Foram R$ 65,3 bilhões emitidos até o fim de agosto, 16,6% a mais do que o ano de 2007 – recorde até então, com R$ 56 bilhões. Em quantidade, foram 45 operações, conforme dados da B3. 

Além disso, tivemos um saldo positivo acumulado de R$ 102,3 bilhões de fluxo de capital estrangeira na bolsa brasileira. Este número é bem superior aos R$ 7,4bilhões do ano passado, e número recorde desde 2009.

Como podemos superar os desafios dentro do cenário atual?

Já é muito falado em um cenário de desaceleração do crescimento, de uma expectativa de termos a inflação e taxa de juros ainda elevadas, bem como da trajetória fiscal das contas públicas do governo. 

Como o Brasil irá se comportar nestas questões, consequentemente terá que ficar no nosso radar; uma característica comum do ano eleitoral, é que é um ano de maior volatilidade. Se atrelarmos toda pressão inflacionária, trajetória fiscal, alta de juros, e a nova variante, com certeza podemos esperar mais volatilidade maior que o normal. 

Porém, é nesse cenário que temos as melhores oportunidades! Então, chego na resposta chave da pergunta em uma palavra: diversificação.

Mas, o que será que os estrangeiros estão vendo que nós não? 

Claramente o diferencial de crescimento não está em nosso favor, mas tivemos recorde em fluxo de capital estrangeiro na bolsa em 2021. 

O Brasil não tem o diferencial de crescimento, mas permanece, não só com o diferencial de carrego, graças a repentina alta que tivemos na taxa de juros, mas também com seu diferencial de preço. De forma mais simplista, a bolsa nestes níveis de preço, nos abre um diferencial de preço significativo com outros pares de mercado.

E estes níveis de preços atuais não podem ser ignorados. A Bolsa brasileira está barata, isto é fato, e podemos concluir isto em diferentes métricas. Porém isto por si só, não irá garantir um retorno positivo. 

Momentos de maior instabilidade, são momentos que abrem oportunidades para se investir, principalmente quando falamos de bolsa. Porém, sem a diversificação e composição estratégias dentro da composição do portfólio em renda variável, estas oportunidades podem ser extemporâneas. 

É necessário olhar para exposição em ações de qualidade. E isto pode ser feito de forma inteligente, seguindo uma estratégia de carteira recomendada, diversificando em posições com proteções, buscando posições com viés de upside, e montando posições para controlar a volatilidade. E se de algo tenho certeza para este ano, é que nisto, a mesa de renda variável da Blue3 pode ajudar.

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