Alexa, fabrique um teto de ônibus

“A inteligência artificial é a última invenção que a humanidade fará sozinha”. A frase de Nick Bostrom, filósofo sueco e fundador do Future of Humanity Institute (Oxford University), é tão impactante que chega a causar certo desconforto. Antes da IA e depois da IA. Simples assim.

O setor de compósitos tem zilhões de possibilidades para se beneficiar dessa nova era. A mais óbvia é a otimização do design. Com algoritmos de machine learning é possível prever o comportamento estrutural das peças, melhorar a resistência, reduzir o peso e otimizar o uso de materiais.

A produção de compósitos termofixos, que tradicionalmente depende de ajustes manuais, talvez ganhe outra cara com a automação proporcionada pela IA. Quem sabe a gente não veja, um dia, robôs mantendo a consistência em cada peça que sai da linha de produção? A lógica é simples: se a máquina pode aprender, muitas vezes ela pode fazer melhor.

Não dá para ignorar também o impacto da IA no monitoramento e na manutenção preditiva. Sensores conectados ao processo podem detectar falhas no exato momento em que ocorrem, evitando prejuízos e mantendo a produção rodando sem sobressaltos.

A sustentabilidade entra em cena quando a IA consegue ajustar os processos para economizar energia e reduzir desperdícios. A busca por menor pegada de carbono é essencial, e a tecnologia já permite decisões mais rápidas e fundamentadas para atingir esse objetivo.

Outra área promissora é o desenvolvimento de novos materiais. A IA consegue analisar combinações de dados de laboratório e simulações, acelerando o processo de criação de novos compósitos ao mesmo tempo em que corta despesas.

Por fim, o controle de qualidade inteligente, sustentado por uma visão computacional integrada que identifica defeitos na produção, decretará o fim do temido – e quase onipresente – retrabalho.

Você ainda entrará na fábrica e dirá: “Alexa, fabrique um teto de ônibus”.