Algumas empresas estão desistindo do sistema home office em tempo permanente. Qual a sua opinião?
O Valor Econômico ouviu algumas empresas que consideram o retorno aos escritórios fundamental para preservar a saúde mental dos colaboradores e a cultura das organizações. Ainda assim, segundo o jornal, é bem provável que modelos mais flexíveis de trabalho irão prevalecer.
Certas organizações, ao perceberem que as pessoas estavam esgotadas de trabalhar em casa e nem todas se acostumaram ao home office, decidiram mesmo por retomar a jornada no local de trabalho.
O plano é que o trabalho presencial, com a disponibilidade da vacina e todos já seguros frente à pandemia, retorne aos 100%. Em outras empresas, o home office em tempo integral deve ser uma realidade somente para a área de serviços ao cliente em 2021.
No setor administrativo, a experiência de trabalho remoto na pandemia demonstrou que esse sistema funciona de forma adequada, mas apresenta tempo de validade. A partir de determinado ponto, considera-se que há perda de qualidade.
Existem certos aspectos de cocriação que estão funcionando bem no remoto, como análise de dados e preparação para reuniões, mas é bem possível que o presencial seja essencial para conexões, debate de ideias e novas estratégias.
Além disso, é necessário considerar que modificar uma cultura de maneira remota é muito mais difícil. A questão da cultura, em que o presencial ajuda no engajamento, também pesa para determinadas organizações.
O plano para essas empresas é manter um modelo de trabalho pós-pandemia, em que o presencial envolva mais de 85% da força de trabalho administrativa. Nesse sentido, o trabalho no escritório funciona como um indutor de crescimento e se mostra mais eficiente para o negócio.
Para quem critica o home office, há justificativas envolvendo a sobrecarga de trabalho, adaptação abaixo do esperado, distrações e saudade dos colegas. Quem elogia fala em flexibilidade e aconchego.
Encontrar um formato de trabalho que atenda a esses dois lados é o desafio atual das companhias que esboçam planos para um modelo de trabalho híbrido em 2021.
Ainda não há um consenso sobre qual nível de flexibilidade ou grau de cultura presencial é demandado para uma melhor gestão de pessoas. O que as empresas precisam mapear nesse momento é a saúde mental de quem está voltando ao escritório. E, enquanto isso, se quem está remoto está se sentindo incluído, participando das decisões e não sendo um simples observador do negócio.
Nós, da Leiloei.com, pensamos que encontrar uma nova maneira de fazer as coisas não é simples nem trivial. É preciso construir novos indicadores consistentes, que contemplem quem está dentro e, também, quem está remoto.
E você, qual opinião tem acerca do assunto?