AMAZÔNIA + 21
Um dos grandes desafios para a transformação de uma cidade ou região é encontrar mecanismos inclusivos para dialogar sobre assuntos recorrentes, e muitas vezes polêmicos, envolvendo a sociedade em todas as suas esferas, sem privilegiar nenhum interesse específico, além do bem comum.
Quando se fala sobre a Amazônia, por mais que seja um "templo sagrado", é comum uma disputa de forças cruel, que penaliza as pessoas, a fauna, a flora e o bioma como um todo. Parece que ao se propor dialogar sobre o tema, alguém sempre acha que irá perder, e sentar em uma roda para a convergência de ideias e depois em compromissos, projetos e ações torna-se quase que impossível.
Ninguém é ingênuo para ignorar essa disputa de forças entre os interesses de ruralistas, ONGs, indígenas, governos, saqueadores e outros. Gente muito bem intencionada e gente muito mal intencionada, que tentam ditar a agenda da conservação e do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Gente que omite informações ou as distorce, que manipula e que burla a principal regra do nosso planeta que é a vida.
No início de 2018 começamos a dialogar em Porto Velho, sobre uma forma de promovermos um diálogo científico sobre a região amazônica, que não envolvesse política e nem ideologias, e que se restringisse a agrupar os melhores estudiosos do Brasil e do mundo, com um olhar sobre a ciência, negócios sustentáveis, fundos e aportes econômicos, e questões socioculturais. Sobre uma ação que abrangesse os nove países, em cujos territórios a floresta estivesse presente: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (países da OTCA - Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), e que pudéssemos convergir os interesses e demandas dos nove estados que compõem a Amazônia Legal (Lei Federal 5.173/66) - Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
O resultado dos estudos prospectivos nos permitiram criar o AMAZÔNIA + 21, um Fórum Internacional Permanente de Diálogos, que ocorrerá em maio de 2020, e pretende reunir cientistas, pesquisadores, especialistas, investidores, governos e Chefes de Estado para transformar positivamente o ambiente amazônico. O fórum possui como objetivo ser o principal fórum de diálogos de transformação econômica sustentável e de valorização cultural integrado, da região amazônica.
O mais importante é ressaltarmos que uma infinidade de instituições públicas e privadas já aderiram à iniciativa e a construção do conteúdo desses diálogos será realizada de forma conjunta, aberta e inclusiva (ferramentas para a coleta de ideias e temas serão disponibilizadas em breve). Também, que Porto Velho, cidade sede da primeira edição do fórum, planejou a sua preparação, que abrange a requalificação de vias, calçadas, parques, praças, iluminação e mobilidade, capacitação de toda a sociedade para o receptivo, incluindo serviços e idiomas, metas de saúde e infraestrutura, artesanato, entre outras, e teremos um ano repleto de atividades de engajamento para a melhoria da qualidade de vida de todos.
Os legados também foram mapeados e metas estabelecidas, e a cidade sabe muito bem o que esperar desse esforço conjunto todo: melhoria da infraestrutura, geração de empregos renda, qualificação, aumento das receitas e investimentos públicos, melhoria da autoestima e pertencimento, fortalecimento da identidade local, novas tecnologias sociais e outros.
Conheça um pouco sobre o AMAZÔNIA + 21:
Diretor Planejamento @ Portal de Compras Públicas
5 a👏👏👏👏