Amor, sem Controle 

É possível amar uma pessoa sem querer controlá-la?. Sim, é possível. Mas para isto é necessário desvencilhar-se de séculos de condicionamentos restritivos e possessivos impostos por pensamentos primitivos e de sobrevivência. Houve um tempo em que a mulher era propriedade do homem na relação conjugal, segregada ao monumental trabalho de parir novos seres, cuidar do lar e embelezar-se para o prazer de seu supremo e másculo parceiro. Isto criou uma sociedade desumana, desamorosa e segregadora. Como consequência, a ideia natural, inclusiva e amistosa do amor foi cruelmente vilipendiada e abandonada e, por herança coletiva de hábitos sociais, muitas pessoas ainda relacionam-se utilizando primitivos preceitos conjugais onde a liberdade individual não possui sequer um sopro de espaço. Com tal realidade, não é de se estranhar que em pleno século 21 ainda exista tanta violência familiar, tantos pais e conjugês controladores, abusivos, autoritários e agressivos. Obviamente a ênfase pela liberdade individual num relacionamento não é uma apologia à um amor libertino e descompromissado, muito pelo contrário, é uma lúcida conclamação para que as pessoas deixem fluir do âmago de suas essências todas as pérolas que adornam suas almas para que, leve e docemente, também possam dar a liberdade e o apoio para que o seu cônjuge peregrine ao seu lado ciente do espaço, da individualidade e da reciprocidade de uma amor mútuo cujo intuito é o amadurecimento, o melhoramento e o prazer, tanto individual quanto do casal, pois somente quando as nocivas amarras do controle conjugal abandonarem o mágico perímetro do lar é que o amor, este sublime néctar que adoça os relacionamentos humanos, poderá sinceramente adentrar a vida de um casal e a do seu lar. (Tadany – 22 02 16)

 

 PS: Para citar este texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Amor, sem Controle. www.tadany.org®

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