Análise sobre vitória de Lula
Após a abertura com nossa inflação beirando os 80 % forma vistos três planos possíveis:
Expostos ao presidente em exercício todos tinham aspectos peculiares de aliança e estabilidade politica, sobretudo de consecução de um pacto social para sua execução. Confiança da Sociedade.
O resto sabemos.
O Plano real é a última proposta e têm de achar alguém com trânsito em todo escopo de nossa sociedade. Este alguém foi Fernando Henrique Cardoso, que até hoje é referência de opinião politica e social no Brasil em muitos meios.
Viram em Fernando Henrique a capacidade de interagir em todos os partidos e linhas ideológicas, inclusive com os militares, que para muitos na época ainda eram uma representação do fantasma que poderia acordar do Estado de exceção.
No final a questão era diálogo.
Agora pode doer muito ouvir isto, mas a postura de Lula é igualmente uma posição que leva a visão de possibilidade de negociação. Sejamos francos, muitos se não fosse as questões de costume, conservadoras, questão de roubo ou lava jato não teriam dúvida em votar em Lula.
Lula têm está característica ainda que possa discordar de seus atos e de suas ideias, possui uma imagem de negociador. Treinada dos longos anos sindicais e políticos. Consegue parecer vitima após o pior dos atos. Consegue dar a abertura para conversar e discutir sobre assuntos diversos.
O que vemos na TV ou jornais e mesmo nos debates, nem de longe é o homem em conversas ou negociações com empresários, suas limitações cheiram a vantagem de jogo, com a diferença que ele não têm rompantes, ao menos não em publico, chega até a passar uma certa cara de ingenuidade.
A Derrota de Bolsonaro se dá por rejeição, mas do que por incompatibilidade de ideias ou propostas, o risco, quando se torna o pleito personalizado, populismo têm este risco. Vence o mais simpático e não exatamente as ideias e propostas apresentadas.
A grande maioria é prática e sequer está atenta a ideias e propostas. Talvez. E um talvez grande, porque precisaria ter começado a 4 anos atrás, uma defesa de ideias e propostas levasse o sentido prático a entender os benefícios de ideias de reformas e de ações concretas em linha com a politica econômica.
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Se optou por favorecer o corporativismo tradicional e utilizar a velha arma do populismo tentando talvez se defender com os mesmos instrumentos. Perdemos uma grande chance de dar um passo a frente na democracia consciente sobre propostas e ideias. Quem sabe mudar um conceito, ainda prático, para uma direção diferente.
O meio corporativista não vê Lula como uma ameaça, pelo contrário. O vê como um negociador possível de satisfazer. Há vantagem, sem mudança de direção ao final da tarde, por alguma característica teatral ou mesmo de limitação. Resumindo Lula é controlável.
Lula foi eleito apenas por uma parcela do povo. Esta parcela possui indivíduos de todo circulo social. Não nos prendamos a ideologia, a maioria nem sabe o que é isto. Fizeram por repulsa a imagem. Afinal foi uma disputa de personagens. A peça que tinha o personagem Bolsonaro perdeu.
Existem circunstâncias que gritam forte as razões: Prisão em segunda instância, Fórum privilegiado, Lava-jato. Jair Messias, como Lula, optou por manter o personagem vivo. Bolsonaro, o personagem, matou os anseios de Jair Messias e cada um dos castelos ruiu, não houve apoio a Lava-jato, não houve apoio a fim de fórum ou a prisão em segunda instância, as vitimas foram as reformas de Guedes.
Bolsonaro o personagem optou por manter seus aspectos de rompante e dizeres. Ficou no meandro de centro e da velha politica, que sempre viveu, não apoiou as mudanças necessárias que diminuiriam o poder politico dos corporativistas.
Se Bolsonaro quer saber quem o traiu procure ao redor dos que diziam apoia-lo. Os mesmos poderes que sempre estiveram lá. Estes jogaram com os dados a seu favor e pouca diferença fazia para eles Bolsonaro ou Lula. Ouso dizer que em preferência teriam a Lula como opção.
Se Bolsonaro tivesse aberto mão de sua candidatura e optado por apoiar um outro candidato .A chamada direita poderia ter a presidência. Entretanto é difícil satisfazer ao personagem que se acha um deus. Talvez Jair Messias tenha até pensado na possibilidade, assim como de coração talvez quisesse as reformas, mas foi engolido por seu personagem.
Agora temos que continuar nossa participação Cívica e de sugestões para nosso legislativo, presidente e STF atuar respondendo a propostas e ideias e realmente participando com educação e respeito ainda com um mero não concordo. Os contatos estão nos sites destes. Teria de ser assim ainda que com Bolsonaro.
Temos que incentivar isto no Brasil para que tenhamos a real democracia, que em princípio por si só é um caos de ideias e propostas, mas que pelo fato de discutidas e escutadas abrem caminho para estabilidade e confiança necessárias a qualquer caminho econômico.
O povo nós temos que participar, as redes só servem no máximo para desabafo, mas nada podem de fato mudar, claro a menos que nos propusemos a expor ideias e propostas, que muito bem podem chegar ao ouvido de algum politico que resolva lutar por elas. Nunca se sabe.
E devemos rezar para que mais uma vez o Lula não engula o Luiz Inácio e o personagem seja o presidente seguindo mais uma vez o caminho do engano e do erro. Torcer para que o personagem não mate mais uma vez o ator.
Adamario Maximo dos Santos
Executivo de Supply Chain, Logistica & TI
2 aMuito bom o pensamento do meu amigo Adamario, e sua avaliação deixa claro que agora temos que ajudar o nosso novo governante e deixar de lado o antagonismo pois todos nós somos brasileiros e todos nós queremos o bem de nossa nação e do nosso povo…
Agricultural Engineer | Dipl.-Ing. agrar | C-Level Sales Director | General Manager | CEO
2 aMuito boa análise