Análise Swot
A Análise SWOT, ou FOFA (como é chamada no Brasil), é uma ferramenta clássica da Administração e serve tanto para organizar o planejamento estratégico de uma empresa, quanto para verificar riscos e orientar ações que elevem as chances de sucesso de alguma abordagem organizacional.
Sua utilização é indicada para qualquer tipo de negócio, independentemente do tamanho, e é uma ferramenta muito simples, estando o seu uso mais voltado para a busca de respostas racionais por meio da análise, por parte do empreendedor, dos pontos fracos e fortes e das oportunidades e ameaças representadas em seu negócio. Portanto, a proposta é fazer um levantamento de informações de forma objetiva e propositiva, sem desviar-se da meta principal.
Pouco se sabe sobre o responsável pela criação do método, mas muitos acreditam que foi desenvolvido em meados da década de 1960 por professores da Universidade de Stanford, que na época estavam fazendo um estudo sobre as maiores empresas dos Estados Unidos. Desta forma, como a maior parte das ferramentas administrativas já criada, a Análise SWOT começou sendo aplicada somente em grandes organizações e foi sendo, com o tempo, adaptada para negócios menores, que também necessitavam de alguma orientação ordenada para realizar, de forma mais detalhada, os levantamentos estratégicos para o bom funcionamento de suas ações.
Geralmente, para os pequenos empreendedores, este método serve mais como um meio de se alcançar o autoconhecimento e de verificar se a condução dos negócios está sendo realizada corretamente. A análise SWOT possibilita um conhecimento mais aprofundado de um negócio tendo em vista as suas possibilidades de crescimento, motivo pelo qual, hoje é uma das ferramentas mais cobradas em cursos e por profissionais que tem como objetivo a estruturação de empresas que estão passando por alguma transição ou dificuldades dentro do mercado.
A sigla SWOT tem terminologia inglesa e cada letra corresponde as seguintes palavras indicadas em sequência:
· S (Strenghts): Forças;
· W (Weaknesses): Fraquezas;
· O (Opportunities): Oportunidades;
· T (Threats): Ameaças.
Os pontos fortes (forças) e os pontos fracos (fraquezas) são de origem interna, e são levantados tendo como base tudo o que a empresa precisa organizar, melhorar e aprimorar dentro de sua própria estrutura. As oportunidades e ameaças relacionam-se a tudo que ocorre externamente, exigindo adaptação de processos e melhoria de estratégias, visando diminuir efeitos negativos para o negócio ou ampliar a participação do mesmo no mercado.
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Como o uso da ferramenta é muito simples, a dificuldade sempre estará centrada no ato de fazer um levantamento correto, considerando sempre todas as qualidades, diferenciais, pontos de melhoria, erros, oportunidades mais vantajosas e ameaças mais importantes, tendo como meta aumentar a capacidade competitiva diante da concorrência e elevar, o máximo possível, o número de consumidores.
Uma boa estratégia é sempre fazer a análise e depois pedir para que alguém de confiança, que conheça o seu negócio, faça a validação das informações, principalmente tratando-se de pontos fortes. Desta forma, minimizam-se os erros decorrentes de “achismos” ou opiniões pessoais diante de estratégias ou pontos que geram orgulho, mas não são necessariamente eficazes. Pode-se citar como exemplo de pontos fortes, a localização da empresa, caso a mesma esteja fixa em um local de grande movimento, em uma região comercial ou em uma área onde há grande circulação diária de pessoas. No campo “forças” deverão ser listados todos os seus diferenciais e vantagens competitivas frente à concorrência.
Ao avaliar as fraquezas, para evitar o desânimo, frustração ou irritação, é possível mudar a orientação, passando a fazer o levantamento dos pontos ou oportunidades de melhoria. Neste caso, o mais importante é o reconhecimento de que toda empresa sempre terá algum aspecto no qual precisa melhorar e que sua empresa não foge desta regra e precisa também buscar formas de fazer bem ou ainda melhor tudo aquilo que se propõe a fazer. Quanto maior o esforço para identificar suas fraquezas, maiores serão as chances de crescimento através da criação de estratégias que visam corrigir cada um dos pontos fracos constatados durante a análise. No campo “fraquezas” o levantamento precisa englobar os mais diferentes aspectos internos que possam estar afetando departamentos, diminuindo vendas ou aumentando custos referentes a perdas do processo produtivo, problemas logísticos ou erros internos.
Para um levantamento eficaz das oportunidades, a empresa precisa definir uma estratégia com números e dados que comprove que realmente existem possibilidades reais naquele cenário que está sendo estudado. Quando a avaliação segue objetivos e metas bem definidas as oportunidades identificadas tornam-se atingíveis diante das estratégias criadas pela empresa. Neste campo, podemos citar como exemplos a possibilidade de expandir a área de atuação para um bairro que não oferece o seu produto ou serviço, alguma tecnologia inovadora na qual seu negócio é pioneiro ou a oferta de um produto ou serviço que tem uma qualidade superior quando comparado ao que já é oferecido no mercado. Em suma, toda e qualquer oportunidade, desde que seja passível de realização, deve ser avaliada e inserida na Análise SWOT do seu negócio.
Ao avaliar as ameaças, o olhar deve estar sempre voltado aos problemas externos pelos quais sua empresa já passa ou poderá passar no futuro, tais como: a ação de seus concorrentes, a possibilidade de que surjam, em sua área de atuação, novos concorrentes, a diminuição da oferta de matérias-primas, o aumento dos custos devido à falta de fornecedores próximos à sua localidade, diferentes problemas de origem econômica, política, social ou ecológica, enfim, aqui serão levantadas todas as ameaças que são prejudiciais ao seu negócio.
Vale lembrar que, para validar a proposta, não basta preencher todos os campos. O trabalho ocorre após a realização do levantamento, através da verificação dos pontos indicados e da criação de estratégias que possibilitem um maior aproveitamento das forças e oportunidades e a diminuição ou eliminação das fraquezas e ameaças constatadas na análise. Em suma, após o preenchimento e a validação, deverá ser feito o plano de ação. Só assim o trabalho inicial terá significado e possibilitará mudanças tanto no curto como no longo prazo.
Para clarear um pouco a visão sobre o que é a ferramenta segue abaixo o modelo:
E quanto a você: Já utilizou alguma vez a Análise SWOT? Teve bons resultados? Me conta nos comentários!