Analisando personagens #2 - O pequeno principe
Imagem tirada da internet - 2023

Analisando personagens #2 - O pequeno principe

O gigantesco contexto

Você ja deve ter parado para pensar na correria do dia a dia, e em como isto afeta muita das vezes a sua capacidade de diminuir os pensamentos, refletir no agora, no seu momento.

O contexto de O pequeno principe é o seguinte:

O nosso narrador começa trazendo à tona um acontecimento de sua infância. Quando ele tinha seis anos de idade, gostava de desenhar, e ler livrinhos de uma mata virgem na Africa. Ele se deparava com as imagens de animais selvagens, como por exemplo uma jibóia enrolada na sua presa e engolindo ela inteira. E ele como toda criança brincalhona e curiosa, desenhou uma jibóia que engoliu um elefante inteiro. Mas o desenho se parecia com um chapéu de Caubói marrom. E não soube explicar para as pessoas grandes que era uma simples jibóia empasinada. E por muitos e muitos anos, ele ficou indignado, pois percebeu que os adultos não possuiam a criatividade necessária para que descobrisse por conta própria que era uma jibóia. E desistiu de desenhar, e cresceu reprimido pelos adultos, e virou um piloto de avião, tipo nada a ver com desenho, mas aquilo era uma oportunidade para que ele viajasse o mundo.

O tempo passou, e ele em uma de suas viagens, perdeu o controle do avião sobrevoando a Savana Africana a 1.000km de distância da população em todas as direções.

E no primeiro dia ele percebeu que não teria ajuda de ninguém para ajudá-lo, pois não tinha passageiros nem carga naquele dia. mas quando começou a consertar, uma silhueta de um garotinho apareceu, ele tinha 50cm de altura, possuia um manto, um cachecou amarelo e cabelos dourados. Totalmente frágil. E assim ele conhece o pequeno príncipe que logo enche-o de perguntas.

O pequeno principe pede ele para desenhar um carneiro. Ele não entende, neste começo do diálogo diz logo de cara que parou de desenhar. Mas o pequeno príncipe é conhecido por nunca desistir de uma afirmação, uma pergunta ou uma promessa. Se ele pronunciar com sua boca, so para quando a resposta estiver ao seu alcance.

Logo por aí ja vemos uma obstinação no seu posicionamento.

Então o narrador, desenha um carneiro que ele não gosta por ser adolescente. O segundo ele rejeita porque o narrador desenhou um bode. O terceiro era velho demais. Então na sua última tentativa, o narrador desenha uma caixa de madeira que aos olhos nus estaria vazia à primeira vista, mas o pequeno principe aprova e diz que aquele era o carneirinho filhote mais lindo que ele ja havia visto.

Interpreto aqui que seria o poder da imaginação começando a se mostrar contundente aquela situação. Pois ambos estariam começando a se conectar. O diálogo continua com a seguinte pergunta do pequeno príncipe: Os carneiros comem arbustos

Logo em seguida ele pergunta sobre os Baobás

Baobás são arvores que se você não arrancar pelas raízes rápido, elas ficam monstruosas e suas raizes são muito profundas. Ele pergunta sobre as baobás, pois no planeta dele existem tres, e pelo fato do planeta dele ser bem pequeno, as raizes poderiam destruir seu chão, rachá-lo inteiro de fora a fora.

Apartir deste momento, começamos a adentrar mais a fundo na história do pequeno príncipe e o autor começa a destrinchar filosoficamente e metaforicamente sobre assuntos e razões que fizeram o pequeno principe partir do seu pequeno planetinha e passar por outros 6 pequenos planetas com cada um contendo apenas uma pessoa assim como ele até no sexto planeta, o morador falar sobre um enorme planeta que continha mais de 2 bilhões de pessoas vazias, sem emoção, coléricas e irracionais na sua racionalidade extrema.

Seu pequeno planetinha havia três vulcões que não passavam do seu joelho em altura e um belo dia nasceu uma flor. Era a flor mais linda e delicada que ele ja havia visto. Ele todos os dias regava ela, e todas as noites colocava ela sobre uma redoma de vidro. Um dos vulcõs estava extinto, e os outros dois ele usava para esquentar sua comida, fazer seu café e etc.

Sua flor estava com 4 mini espinhos, e era tudo que ela tinha para se proteger dos males do mundo. Mas ele estava triste. E toda vez que ele ficava triste, gostava de ver o sol se pôr. Teve um dia que ele estava tão triste que ele viu o sol se pôr 42 vezes. Até que ele brigou com sua flor e decidiu partir de suas terras e explorar o universo.

Foi então que ele cruzou com 6 mundos totalmente diferentes. Tinha um rei tirano, em outro mundo tinha um cara vaidoso, em outro um beberrão, em outro um ganancioso, em outro um acendedor de lampião que ja não sabia o que era dormir, pois neste momento em que o pequeno principe estava lá conversando com ele, em questão de 20 horas normais para nós terrestres, o acendedor de lampião ja havia acendido 30 vezes e apagado o lampião 30 vezes(Sendo que se apaga quando nasce o dia e acende quando cai a noite - ou seja, um mes inteiro em 20 horas de conversa). Se ele parar de apagar e acender, desestabiliza seu mundo. Até que esse acendedor fala para o pequeno príncipe sobre a Terra, nosso planeta feito de Água em sua grande maioria.

Quando ele vem para a Terra, cai na Savana e descobre o quanto o mundo é gigantesco e não se vê pessoas no miolo da Savana. Mas ele em uma parte desta jornada ele se encontra com uma raposa, que para mim o diálogo entre os dois é o ponto alto da história porque, em um determinado momento ele encontra com um jardim de cinco mil rosas, e se lembra da sua pequena rosa no seu pequeno mundo, e aí ele fala com as cinco mil rosas que elas são muitas, mas não são importantes. Não como a sua rosa, que ele rega, cultiva e coloca ela sob uma redoma de vidro.

Ela é muito importante, e a raposa diz para ele: O tempo que você perdeu com sua rosa, fez ela ficar importante. E isso me faz pensar, que o tempo que passamos cultivando conexões, investindo nosso tempo buscando conhecimento e etc. Faz todos esses cultivos ficarem importantes.

E a pergunta que fica é: Qual é a sua Rosa e o quanto ela é importante para você.

Se este conteúdo fez sentido para você, comente aqui abaixo um insight poderoso sobre este livro.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Lucas Santos

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos