ANTHONY BOURDAIN - UMA VÍTIMA DA DEPRESSÃO.
Semana passada recebemos pela mídia a notícia de que este chef e apresentador de programa de televisão, suicidou-se no quarto de um hotel, ato extremo de uma pessoa em desespero.
A notícia causou impacto em razão de ser uma pessoa pública, uma pessoa que todos os dias estava na mídia, contudo, quantas pessoas são vítimas, da mesma forma, da depressão.
A depressão não escolhe classe social, sexo, idade, cor, sexualidade, ideologia, a pessoa que sofre de depressão não opta em ter ou não, simplesmente ela é tomada por uma tristeza tão profunda que não vê, muitas vezes, saída, salvo tirar a própria vida.
Trata-se de um mal terrível que assola a sociedade, chega silenciosamente e vai tomando conta da pessoa, esta vai se retraindo, se engavetando...não sai do quarto, deixa de interagir, fica sem vontade de se alimentar, não sorri, não se cuida, em suma, vai se voltando para si mesmo, uma vez que não consegue perceber como as pessoas podem ajudar.
A pessoa deprimida se vê em um estado tão escuro que não consegue sair desta situação sozinha, a melhor ajuda é ouvir e não ter medo do que irá escutar.
Muitas vezes ouço em meu consultório pessoas com vontade de tirar a própria vida, mas não se trata realmente de um desejo real, mas um pedido de ajuda, trata-se de uma pessoa em desespero que pedi apenas um apoio...
Depressão não é frescura, é real, quem nunca passou por uma não tem noção da força que ela possui...
Quantos artistas, cantores, pessoas públicas tiraram a sua vida em razão da depressão?
Quantas pessoas milionárias estão deprimidas neste momento?
São pessoas que a princípio, muitos não acreditam que tem problemas, que estariam deprimidas, mas sim, elas podem estar deprimidas sim, pois inúmeros fatores podem levar a este mal, fatores que são pessoais, que para uns não seria justificativa para uma depressão, mas não podemos julgar, cada um sabe da sua história.
Preste atenção nas pessoas próximas a você, as mudanças são sutis, contudo, podem ser perceptíveis...
Ajude, muitas vezes é apenas um abraço, uma atenção, a ida ao médico para o uso de medicamento, a compreensão e não o julgamento.