AONDE FOI PARAR O DEPARTAMENTO PESSOAL E AS RELAÇÕES HUMANAS?
As pessoas ao lerem esse título podem pensar “Que pessoa atrasada é essa”, mas é isso mesmo que quero questionar... O que adianta ser “atualizado”, ser RHBP (Resources Human Business Partner, certo? Acho que é esse o termo mais atual) em uma empresa, se não sabe quase nada do que é realizar um processo de seleção, sem conhecer as pessoas? Sem conversar com o candidato e identificar as potencialidades que esse pode apresentar?... as quais podem ser muito mais vantajosas que o que exige aquele perfil... Que raio de “parceiro” é esse que fica seguindo perfis pré-determinados, que vão aquém do que um cargo exige... como exemplo, desde quando um Assistente de PCP, precisa ter Ensino Superior Completo em Engenharia de Produção, Administração ou áreas correlatas... Esse precisa ter experiências no cargo, excelente discernimento, facilidade de adaptação e aprendizagem, pois precisará reconhecer o sistema que a empresa utiliza, seus produtos e componentes de maneira rápida e eficiente... (e não há nenhum e-manual que não ajude, basta ter entendimento)... E esse entendimento, não é um “papel” que vai dar, principalmente com a educação sucateada que temos na atual conjuntura. O que me lembra o primeiro emprego em Sampa, quando o Encarregado do Departamento Pessoal, me deu a oportunidade de ser entrevistado diretamente pelo Proprietário da Empresa, pois acreditou que apresentava potencial, e o Patrão, preferiu o meu potencial, a um candidato com experiência no ramo, e filho de seu patrício, podendo ter um funcionário que fizesse as coisas como ele pretendia, e não com os vícios da experiência no mesmo ramo do outro candidato. Voltando ao perfil, ao meu ver, quem precisa essa formação toda é o chefe, e ainda, esse tem que ter, feeling para as relações interpessoais e saber lidar com seus comandados, mantendo positivo o Clima Organizacional, consequentemente o sucesso da empresa com altos índices de produtividade e lucratividade. A busca pelo emprego, tentando atender os perfis pré-estabelecidos, só vêm frustrar-nos, justamente porque fica a pergunta – Como posso ter uma formação desta, se não consigo a chance de trabalhar no cargo que tenho diversificada experiência? – e daí, com um salário digno, poder pagar uma faculdade e também conseguir esse “bendito papel”, o qual poderá, mais tarde, até me proporcionar uma promoção. É assim mesmo que me sinto e sei que milhares, melhor dizendo, milhões de desempregados se sentem, pois, o Mercado de Trabalho traz à tona a máxima de que “falta qualificação”..., o que até certo ponto, concordo, pois também falta qualificação para muitos que estão à frente de empresas de Recursos Humanos, terceirizadas pelas Empresas, que não querem ter o trabalho com o recrutamento de pessoal... e isso posso afirmar diante de inúmeras “não respostas”, e pouquíssimas “seu perfil não atende os requisitos para a vaga” que tenho recebido nesses anos que procuro um emprego... Desde 10/2011 que, mesmo trabalhando autonomamente, procurei estar informado e continuamente, candidatando-me a vagas, mais só colecionei esperanças, e como já mencionado, respostas vãs... Até acreditei no sucesso de sair da informalidade, transformando a AAS Assessoria em MEI, mas infelizmente a fechei em março de 2019, para não acumular dívidas e piorar a situação da casa... é difícil, irônico até, pois ajudei muitos colegas a desenvolverem seu negócios, criando controles e planilhas, adaptadas a suas necessidades e conhecimentos, para os que achavam os programas de gestão existentes, muito complicados... mas os trabalhos foram minguando, os custos aumentando, e antes que se tornasse deficitária, optei pelo fechamento, e mais do que nunca, a pretensão de voltar ao Mercado de trabalho, é retomada, acreditando que minha experiência seja suficiente... e caso os trabalhos desenvolvidos com a Assessoria, ressurjam, manter do jeito que sobreviveu de 2010 a 2018, na informalidade, o que sempre consegui conciliando horários de trabalho na Empresa e fora dela. Volto a pergunta inicial, título desse desabafo – Aonde foi parar o Departamento Pessoal e as Relações Humanas? Gostaria muito de obter uma resposta, tão clara e objetiva, como Dois + Dois = Quatro, pois muitas das empresas e suas contensões de despesas, acabaram com esse departamento, terceirizando o serviço, delegando essa função a pessoas que ficam presas aos perfis, e deixam escapar pessoas, que seriam verdadeiros colaboradores, dedicados, que realmente vestem a camisa da Empresa, por seu perfil não atender “os requisitos para a vaga”. Nesses anos, com os trabalhos que desenvolvi, na Normatização de trabalhos acadêmicos, tive a oportunidade de auxiliar muitas pessoas no desenvolvimento de seus Artigos, TCC’s, Monografias, encontrando inúmeros alunos, totalmente perdidos, do que fazer, porque fazer e como fazer, pois, seus orientadores só sabiam tecer críticas (seu trabalho está uma B....), mas orientar para o que deveria ser corrigido e que caminho seguir para melhorar, não... (O pior, recebem para isso) e com isso acabei sendo seu Orientador, levando-os para uma defesa com grau máximo de notas, obtendo seu “papel”, suas promoções de cargo, seus aumentos de salários... modéstia à parte. É irônico, uma vez que ajudei pessoas, que com o “papel” em mãos, se tornaram encarregados de RH, que em determinado momento, não me ajudaram com a vaga que havia disponível na Empresa onde trabalhavam, alegando a “m......” máxima... se dissesse que iria competir com eles, poderia achar que teriam medo da competição, que poderia oferecer a pessoa que os fez chegar naquele posto, mas com a Educação que recebi de meus Pais, nunca iria tirar o cargo de alguém, mesmo que tivesse condições de superá-lo... e por experiência própria, afirmo isso, pois, poderia ter assumido o PCP, no primeiro emprego que tive em Sampa, como o Patrão queria, mas nunca aceitei que ele mandasse embora o meu Chefe, que me instruiu nos primeiros passos dentro da Empresa. Finalizo o desabafo, pois não quero ficar fazendo apologia sobre o excelente funcionário que posso ser, prefiro que alguém me dê essa oportunidade e veja por si próprio, acreditando que é para isso que as empresas sempre tiveram os meses de experiência... é a hora de mostrar o que você pode fazer e quanto pode ser útil na função exercida, seja ela qual for... como pude demonstrar na última Empresa que trabalhei registrado, assumindo o trabalho as vésperas do Carnaval, pedindo autorização para trabalhar durante o feriado, tendo tempo, para dedicação exclusiva na atualização do sistema, que estava a quatro meses atrasado, e a Empresa precisava ter a exata posição do que estava acontecendo... Relatório que estava pronto na mesa do Gerente do PCP, na quarta-feira, pela manhã...
Portanto, fica a dica senhores recrutadores, recuperem o status de Relações Humanas e retomem a competência interpessoal para lidar eficazmente com outras pessoas e não ficar caçando perfis que até podem atender todos os requisitos “em papel”.