Aos amigos gestores: "Cultura é como fazemos as coisas por aqui ?"​

Aos amigos gestores: "Cultura é como fazemos as coisas por aqui ?"

Tenho lido e conversado com muitas lideranças que afirmam fazer as coisas diferentes nas suas empresas, mas no fundo, sabem também que não é bem assim.

Vale lembrar que falar sobre Cultura é especialmente sobre a diferença entre o que “falamos” e o que “fazemos”.

Em tempos de propósito e verdades, isso é bem importante para a reputação de uma empresa em que colaboradores, parceiros, clientes, são replicadores de sua marca.

Mas para que isso aconteça, vamos precisar recriar uma cultura empresarial pautada em "não errar de jeito algum" e "não se expor de forma errada de jeito algum" - que é o que predomina ainda na maior parte das organizações – para uma de erros e acertos rápidos, acelerando a inovação.

Tentei estudar o que temos que transformar bem na ponta para que isso acontecesse e até agora cheguei a 2 pilares principais. Um é o desenvolvimento PESSOAL necessário e intransferível através de estudos, desenvolvimentos, o que for preciso para começarmos a aceitar vulnerabilidades - primeiro passo para lidar com falhas - especialmente na minha geração. O segundo, criar um MODO DE FAZER que seja um facilitador e permita um processo de transformação de fato nas equipes e empresas.

Se Modo de Fazer é a CULTURA, identifiquei uma lista bacana da Brené Brown, do livro A Coragem de Ser Imperfeito, com perguntas que podem ajudar a identificar a cultura da empresa ou grupo de trabalho e achei bacana dividir essa reflexão por aqui. As respostas parecem dizer muito sobre a cultura vigente e um bom ponto de partida para gerar um projeto de evolução seja no grupo, equipe ou empresa.

  1. Quais comportamentos são recompensados aqui? E quais são punidos?
  2. Onde e como as pessoas estão gastando seus recursos (dinheiro, tempo, atenção)?
  3. Que regras e expectativas são seguidas, impostas e ignoradas?
  4. As pessoas se sentem seguras e apoiadas ao conversarem sobre como se sentem e ao falar as coisas de que precisam?
  5. Quais são os tabus? Quem costuma defini-los?
  6. Que histórias são lendas e que valores elas disseminam?
  7. O que acontece quando alguém falha, decepciona ou comete um erro?
  8. Como a vulnerabilidade (a incerteza, o risco e a exposição emocional) é percebida?
  9. Em que medida a vergonha e a culpa (que são bem diferentes) são predominantes e como elas aparecem?
  10. Qual é a tolerância coletiva para a inovação? O desconforto de aprender , tentar coisas novas e dar e receber feedbacks é normal ou há uma grande valorização do status quo?

Cultura mapeada, projeto de evolução nos pontos identificados e um programa de feedback bacana com clareza do que se busca podem ajudar sim, e muito , a crescimentos mais pautados em inovação, qualquer que seja o tamanho do negócio.

Já que “A cultura engole a estratégia no café da manhã”, temos muito trabalho bacana a fazer amigos Gestores . Mãos à obra.

Mais sobre comunicação , gestão e mulheres nos negócios: www.abrindooolhar.com.br


Fernanda Piacesi

Customer Experience Senior Manager | Customer Success | Customer Relationship | Operations Management | More than 2000 people led

3 a

Adorei a reflexão. Esse trecho do livro da Brené é realmente INCRÍVEL e são perguntas super poderosas que precisamos nos fazer o tempo todo. Mas a frase que mais me marcou foi "Vale lembrar que falar sobre Cultura é especialmente sobre a diferença entre o que 'falamos' e o que 'fazemos'." Essa distância é tudo e vou levar esse pensamento pra vida! Obrigada por compartilhar, Patty!

Marta Gucciardi

Palestrante | Facilitadora | Consultoria | ESG | Diversidade e Inclusão | Comunicação e Cultura Organizacional | Conflitos Organizacionais | Mentoria de Negócios | Sistema B

3 a

É sempre perturbador para as empresas lidar com essas questões que você tão bem levantou, Patty, mas é sinal de amadurecimento quando os líderes se dispõem a agir para gerar pertencimento. Obrigada por compartilhar!

Bruno .

Communication, Sponsorship and Content @Stone | Strategic Marketing

3 a
Cris Pereira Heal

Negocios da Comunicação, Branding e Inovação | CCA Conselheira Certificada IBGC | HBS - Sustainable Business Strategy | DE&I - Mestre Diversidade Inclusiva

3 a

👏🏽👏🏽

Dil Mota

VP Planejamento e Criação | Mentoria Sistêmica | Palestrante

3 a

Excelente reflexão Paty...Verdadeira, importante e que daria umas 3.000 horas de conversas rs rs Parabéns!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos