Apenas uma visão. E não quer dizer que é a única!

Apenas uma visão. E não quer dizer que é a única!

Alguns alunos meus vem me perguntando, seja em sala de aula, ou fora dela, a respeito da visão que tenho do atual cenário brasileiro.

Tenho muito cuidado ao tecer minhas opiniões, pois todo profissional cuja atividade pode vir a ajudar na formação da opinião de outras pessoas, precisa ter muito cuidado e muita responsabilidade com aquilo que fala. E aqui irei tecer as minhas opiniões a respeito do cenário que se apresenta.

Vou iniciar ¨chovendo¨ um pouco no molhado e dizendo o seguinte: o mercado é incerto. E é incerto não apenas pelos fatores econômicos e políticos, mas também pelo fator comportamental desencadeado por estes fatores. Penso assim: A situação realmente não está fácil... Mas se todos simplesmente interiorizarem que não está fácil, e que por si só o mundo está acabado... Aí realmente acabou!

 - Poxa professor, então eu devo fechar os olhos para o que está acontecendo e levar a minha vida do jeito que ela era anteriormente? Bom... Não te disse isso, nem poderia. E não poderia, pois nada é agora do jeito como foi antes, como já diria o artista.

O que me refiro basicamente é da necessidade de não ficarmos apenas baseando nossa vida no negativismo das coisas que se apresentam no mercado. Conclamo o cidadão a viver, a produzir, a desenvolver sua vida com sua família e com seus amigos, esperando o melhor que o mundo pode dar, mas se preparando também para o pior.

A onda de desemprego tenderá a aumentar. É tendência. Pode ser lenta, pode ser rápida... Pode estagnar... Pode reverter... Mas a realidade de agora se apresenta como tendência de mercado. É verdade. Não há como encobrir. Mas... Mesmo assim vamos viver a vida! Com a sobriedade que o atual cenário apresenta, mas com certeza, vamos viver!

Certa feita, ouvi de minha amada esposa, em um dos momentos de minha vida de preocupação no ambiente de trabalho: - Você fez o seu melhor? E eu respondi: Sempre faço o meu melhor! Ao que ela retrucou: - Então pronto. Se você fez o melhor que você pôde fazer, automaticamente fez o que estava em seu alcance. E o que estava em seu alcance mereceu toda a sua preocupação. O restante agora está ao seu alcance? E eu respondi: - Não. E ela: - Então acompanhe o que fez, acompanhe o que os outros fazem, mas vá viver!

Em um primeiro momento pensei: Ah... Se tudo fosse fácil assim...

Mas depois concluí o seguinte: E porque tudo tem de ser difícil assim? E comecei a me policiar, no sentido de sempre (como disse) fazer o meu melhor, entendendo que as minhas preocupações excessivas em função das responsabilidades alheias não adiantaria muito, nem resolveria todas as situações.

Então professor, você quer dizer o que com isso? Para não nos preocuparmos?

De jeito algum. O momento requer preocupação SIM. Mas o que não podemos é deixar de fazer o nosso melhor apenas em função do ¨medo¨ ou da ¨certeza¨ de que acabou! E percebam que coloco entra aspas às questões do medo e da certeza. Porque? Simples: Nada acabou! E o medo não deve nos impedir de fazer o nosso melhor! É apenas através do nosso melhor que poderemos de alguma forma impulsionar a economia brasileira!

Mas professor... E o desemprego? Oras... Está aí. É real. Coloquei isso anteriormente neste pequeno texto. E aí vou ser bem incisivo: Ele vai pegar primeiro aqueles que deixarem de fazer o seu melhor e se entregarem ao fatalismo do ¨acabou¨.

Façamos nosso melhor em nossos trabalhos! Vamos continuar lutando por desenvolver nossa economia! Vamos continuar apostando no desenvolvimento dos nossos estudos e no desenvolvimento de nossas competências! Somos competentes! Somos guerreiros! Somos brasileiros!

Professor... E quanto ao ambiente político? Fazemos o que?

Vou responder da seguinte forma: Vamos acompanhar. As opiniões devem convergir para uma união no sentido de garantir um modelo de governabilidade ao Brasil!

Ah! Então o Sr. é a favor da atual presidente!?!? Independe disso. Independe de ser ou não a favor da presidente. Independe de ser a favor ou não de sua saída. Independente de quem somos  a favor, tenho uma certeza: Precisamos ser é a favor do país!

Nossa crise política se apresenta sem precedentes na história do país. Aliás... Precedentes até existem, pois desvio de dinheiro público não é novidade no Brasil. Basta conhecer um pouco de sua história, desde os tempos mais antigos...

A questão é que, ou nunca foi nesta magnitude que se apresenta nas mídias, ou se foi, nunca foi apresentado. E não vou aqui discutir esse ponto. Temos o fato: Existe o desvio, conforme as provas que são apresentadas quase que diariamente.

E aí? Faz o que? Como sair dessa? Vamos de impeachment? Vamos de novas coalizões? Vamos reagrupar? Vamos reunir situação e oposição?

Bom... Vou dizer o que vejo... E o que vejo não quer dizer que seja a verdade. Até mesmo porque as verdades são de cada um de nós, e cada um possui as suas próprias verdades.

Não sou filiado a qualquer partido político. Isso não quer dizer que não seja politizado. Aliás... E essa é uma visão compartilhada por alguns: O ser humano é politizado. Ele vive em ambiente politizado. Logo... Precisa ser politizado. Ou também... Talvez nem precise... Talvez nem deva ser... É uma questão de escolha... Ou não...

Bom, eu sou. E sou politizado pois entendo que a política é um dos ambientes que faz parte da minha vida e que interfere sob ela.

E aí me perguntam: Professor, e a Presidente Dilma? Deve sair ou não deve sair?

Relativo. Enxergo, como cidadão, a existência de possibilidades. Se não, vejamos:

A presidente precisa apresentar-se ao povo brasileiro como a liderança que se espera que seja. O cidadão cansou de ver conchavos políticos e construções de governabilidade baseada no toma lá dá cá. Cansou de ver a troca de cargos em função de um apoio aqui, ali e acolá. Se a presidente deseja realmente manter-se em seu cargo, cargo este em que foi colocada por votação popular, direta e legítima, vai a minha opinião: tome as rédeas do país. Diminua a quantidade de cargos de confiança que existem. Enxugue seus ministérios e busque o aumento da produtividade das pastas que ficarem. Pergunte aos políticos da base algo bem simples: Quem está com o país? Quem está comigo? Quem quer fazer acontecer, independente de qualquer coisa? Quem está disposto a fazer o seu melhor para que o melhor aconteça? E diga ao povo brasileiro: EU QUERO FAZER O MELHOR PELO PAÍS! E QUERO QUE AQUELES EM QUEM VOCÊS TAMBÉM VOTARAM ME AJUDEM. E deixe o povo brasileiro enxergar quem vai e quem não vai se colocar para ajudar.

Minha profissão não é ser político. Sou um cidadão politizado apenas. Não discuto as dificuldades em se fazer o que falei acima. Apenas é assim que eu enxergo uma, entre outras possibilidades...

E aí vai a outra: da mesma forma que é preciso ter a coragem para fazer o que apresentei acima, pelo país e para o país, é preciso também tomar outros caminhos, que passam pela renúncia ao cargo de mandatária máxima do país.

Poxa professor, a renuncia? Sim. Oras. É absolutamente plausível se abrir mão de algo pelo bem comum a todos, demonstrando também claramente a coragem de uma decisão em prol da nação. E não afirmo que ela deva fazer isso. Quero deixar bem claro.

Mas professor, o que você acha mais prudente neste momento?

Das duas, uma acima. Isso de forma bem objetiva. Sem descartar, lógico, a possibilidade da existência de outras possibilidades. Afinal, escrevi este texto para apresentar uma visão. Não quer dizer que seja a correta, ou até mesmo a única correta. Isso é, se é que esteja correta. Afinal, já falei: Ninguém é dono da verdade, ou detentor das certezas.

Muito bom, um resumo de forma bem colocada da reação das pessoas, em que, se escondem nessa situação, devemos sim enxergá-la, mas não deixar de viver, é isso aí.... huhuhuhuhuh.

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