Aprender ou Esquecer: As 4 Coisas que “Desaprendi” com meu Cão
Bruno Franco Correa - Aprender ou Esquecer: As 4 Coisas que “Desaprendi” com meu Cão

Aprender ou Esquecer: As 4 Coisas que “Desaprendi” com meu Cão

Você já se deixou levar por um impulso e fez algo que, mesmo sabendo que poderia não ser o mais adequado, valia a pena?

Quando você fez isso? Na fase de criança ou adolescente? Ou na vida adulta?

Seguramente, alguns não responderam na última opção. E por que será? Por que tem gente que reprime o “instinto” da aventura e diversão?

Essa é uma questão que deixo para você refletir e construir suas conclusões. ;)

No meu caso, convivendo com um cãozinho “maluco”, que me proporciona viver situações totalmente inesperadas, percebi que há coisas que posso flexibilizar, sem perder a seriedade, e curtir com mais intensidade cada momento. E é essa experiência que quero compartilhar!

1 - Perspec o que?

Um grande desafio na relação entre uma pessoa e seu amicão é estabelecer formas de comunicação que estimulem a interação e compreensão de ambas as partes. Dependendo do contexto, o “não” pode ser em tom de brincadeira. :D

É como se tivéssemos dois idiomas totalmente distintos e quiséssemos estabelecer pontos de entendimento. Isso é complexo!

Geralmente, os dois lados se interessam pelo desafio e partem pra batalha rumo a um entendimento. E foi depois de muito suor, baba e dedicação que estabeleci um “dialeto” com meu cão.

O ponto que chamou minha atenção nessa jornada foi o fato de que cada um tinha uma perspectiva diante das brincadeiras e lições de aprendizado que fazíamos. Algumas vezes eu percebia que pra ele, aquilo em que eu tanto insistia não fazia sentido algum e ele não se interessava. Um exemplo foi o “rolar”. Ele aprendeu esse comando na época só para me agradar e, como percebi que ele não gostava, parei de pedir que o executasse. Em contrapartida, não fazia questão de que ele buscasse bolas e brinquedos para mim. Contudo, de tanto que ele trouxe, demonstrando seu prazer em fazer aquilo, eu o incentivei até ele virar mestre nisso.

Trazendo isso pra realidade corporativa, ao atuar em grupos cada vez mais diversificados, percebi o quanto aqueles momentos com meu cão mudaram minha perspectiva diante dos novos cenários em que me envolvi e o quanto isso me agregou valor.

Cada pessoa tem em sua mente uma ideia, um desejo, um medo, um objetivo, um guia que lhe direciona para aquilo em que acredita. Entender e respeitar as realidades e perspectivas são essenciais para o fortalecimento das relações e, consequentemente, das grandes conquistas corporativas.

Guardadas as devidas proporções, assim como com meu cão, às vezes devemos deixar as coisas que não fazem sentido para todos os envolvidos de lado e atacar aquilo que realmente faz.

O que desaprendi: Especialistas sempre tem razão.

2 - Não tenha medo de errar

Se tem uma coisa que meu cão nunca deixou de fazer foi TENTAR. Mas não um simples tentar. É aquele do tipo: “Eu vou conseguir!”

Seja treinando algum comando, como “sentar” por exemplo, ou brincando de achar grãos de ração pela casa, a determinação era um combustível certo para ele. Parecia mais uma hipótese: “Enquanto eu não encontrar todos, não pararei.”

Percebendo essa motivação, fui direcionando sua energia para coisas maiores, como saltos. Quando o movimento era executado corretamente, eu o elogiava e aquilo o animava cada vez mais. Se ele errasse, eu não o reprimia, então ele não temia o erro.

Sabendo que o erro não gerava punição, ele não hesitava e alcançava resultados surpreendentes.

Resolvi aplicar essa filosofia no ambiente de trabalho e os resultados foram muito bons.

À frente de algumas equipes e buscando deixá-las à vontade para inovar, juntei os profissionais e apresentei essa nova forma com a qual trabalharíamos. Alguns ficaram desconfiados e duvidaram. Entretanto, no dia em que um dos projetos não foi concluído dentro prazo, a pressão do cliente aumentou e não houve uma repressão por parte da empresa a qual integrávamos, as pessoas perceberam que aquilo não era apenas um discurso.

Iniciamos um plano de ação, motivado pela própria equipe, e conseguimos minimizar os problemas. Moral da história: criou-se um fortalecimento tão expressivo entre as pessoas e respectivas equipes que conseguimos expandir nossas atividades de negócio a partir das lições aprendidas desse evento.

Essa experiência foi enriquecedora!

O que desaprendi: Se eu errar, irão me demitir.

3) Mantenha-se verdadeiro(a)

Independentemente de quem visite a minha casa ou com quem meu cão se encontre no percurso de seus divertidos passeios comigo e minha esposa, ele sempre se comporta da mesma maneira.

“Ah, mas isso é ser previsível!”

Discordo. Isso é ser honesto consigo mesmo e com os outros. É deixar que as pessoas saibam quem você é e como se comportará diante das situações.

Esse tipo de comportamento, no caso do meu cão, já nos tirou de roubadas. Tanto por ele saber o que esperar de mim quanto por eu saber o que virá dele.

Talvez esse seja um dos itens mais complexos de se implementar dentro de uma empresa e, obviamente, cada caso pedirá uma ação personalizada.

Todavia, como tenho feito isso já há alguns anos, creio que o pontapé inicial é a força de vontade. Quanto aos próximos passos, a equipe à qual você integra pode te ajudar.

Uma pessoa me disse uma vez: “Mas o ser humano é muito mais complexo que o cachorro! É impossível fazer isso.” E eu respondi com uma pergunta: “Será que o ser humano realmente precisa de toda essa complexidade?”

O que desaprendi: É preciso vestir uma ‘máscara’ para cada lugar que frequentamos.

4) A vida é para ser vivida

Sabe quando você faz as coisas sem fazer muita conta e fica na diversão, no momento e nos seres presentes? Pois é, meu cão me lembra disso todos os dias! :D

Seja em casa, durante uma brincadeira, um passeio, ou qualquer coisa que façamos juntos, nosso foco é em nossa matilha, nossa querida família.

A energia que emana disso é incalculável e arranca sorrisos de todos, tornando o ambiente cada vez mais agradável.

E por que não levar essa filosofia para o trabalho? Por que não estreitar relacionamentos e criar algo que as pessoas queiram estar ali todos os dias?

Para alguns pode não fazer sentido, mas esse tipo de abertura pode inspirar e motivar as pessoas de tal forma que elas farão o possível para fazer parte daquilo.

É uma sinergia que contagia e eleva os ânimos. Sem dúvidas, enriquecedor!

O que desaprendi: Preciso ser sisudo no ambiente profissional.

Não há fórmula mágica para se alcançar todos esses pontos no nosso ambiente de trabalho mas, quando observamos nosso cotidiano e buscamos fazer as coisas de uma forma mais natural e intuitiva, conseguimos encontrar situações mais confortáveis, que potencializarão nossos resultados no ambiente corporativo.

Você já pensou em fazer diferente hoje? Apoie-se em algo que goste e tente criar o seu amanhã mais divertido! 

Dalton Huelsen

Executivo de Vendas Sênior

4 a

Parabéns...fala um pouco do que ouvi ontem do Poder da Vulnerabilidade....que demonstra a coragem de ser quem somos...parabéns !

Kelly Petroli

Headhunter I Coach de carreira & liderança I Trainer I Palestrante

4 a

Parabéns Bruno

Daniel Mori

Account Tech Lead Latin America | iOS Lead Consultant @ Thoughtworks | iOS Engineer | MBA | PMP | CEFR C1

5 a

Muito bom! E trabalhando contigo há quase um ano, pode ter certeza que cada parte desse artigo é um fato! Vivemos os momentos mais diversos e divertidos graças aos seus aprendizados com do seu labrador gigante! Tudo isso sem perder a seriedade juntos as entregas e com nossos clientes, os quais acabam se identificando e ficando a vontade de ser quem são conosco! Continue sempre nessa pegada! Vamos que vamos!

Andreia Marin Martins

Founder Usphera Web3 | Web3 Evangelist | CriptoEducadora | Embaixadora do Casta Guilda

5 a

Muito genial Bruno Correa 😍 concordo com tudo que disseste e usamos estes conceitos na Usphera 😃 ontem mesmo estávamos debatendo com a equipe sobre os "easter eggs" que vamos colocar em nosso site 😉 Não queremos ser somente bons (muito bons 💪🏼) no que fazemos, queremos ser divertidos e nos divertir fazendo!

Adilson Klettemberg

Coordenador Planejamento de Produção | Corporate Key User SAP-PP | Indústria 4.0 | Fundição e Usinagem | Manufatura | Professor

5 a

Legal Bruno Correa, gostei deste artigo. E adiciono algo a mais: "Imagine se o melhor amigo ( cão ) não tivesse tempo para dar atenção, por estar atarefado com o celular?" Isso acontece muito, no trabalho, na família, com os amigos. O cão é o melhor amigo do homem, pois sempre está ali, pronto, esperando o momento. No ambiente corporativo devemos estar sempre dispostos a ajudar e receber ajuda, compartilhar idéias e experiências . Abraço

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