A ARTE DO SER...
Devagar no decorrer de sessenta anos, se percebe o quanto a atenção está dispersa em futilidades onde o luxo de hoje é o lixo de amanhã. Quanta energia perdida, quanto de comida e bebida é suficiente para dar sentido a existência. Quantas doenças, sofrimentos e catástrofe é preciso para mudar rumo.
Existe sim, uma maneira simples de apurar a sensibilidade para além do acúmulo de objetos e chegar até as experiências ricas de vida abundante. É possível uma vida plena onde viver seja a “arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida”
Imagine-se então como se fosse uma conexão entre o céu e a terra. A cabeça está no céu e os membros, braços e pernas, pés e mãos em contato com a terra. Entre todos, no meio, o coração.
A cabeça, na parte de cima, entra em contato com as leis do universo, como elas funcionam, quais as verdades absolutas que precisam ser obedecidas. Os membros, na parte de baixo, executam as obras na terra usando a força agregadora do amor, na parte central, do coração.
As leis aplicadas na substância terra, com a força do amor cria a forma da flor. A flor não é bela, mas expressa a beleza das leis perfeitas. Esta é a simplicidade de uma genialidade além de extraordinária.
O Universo é conjunto de leis, as verdades absolutas que a partir do uno, de um ponto singular, se expande e cria o verso, a diversidade infinita.
E nesta multiplicidade, o ser humano dá forma as leis, se entregando ao amor em sua vida diária. Viver dentro da arte é estar entregue a força do amor que tudo harmoniza e embeleza. O menor gesto de uma pessoa quando movido pelo amor pode inspirar uma multidão a recordar quem realmente somos ... a conexão entre os diferentes: céu e terra, preto e branco, guerra e paz, movimento e inércia, racional e emocional, energia e matéria vibrando harmonicamente. Na raça humana está depositada a esperança de harmonizar os opostos.
A beleza é harmonia, e a arte de ser humano é aprender a unir as polaridades, os contrastes, as diversidades, os diversos versos para que tudo volte ao uno. Vamos costurar o que está rasgado e unir o que está separado, aplainar o que está incerto para que a beleza traga mais alegria