Aspectos de Liderança em tempos de crise
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Aspectos de Liderança em tempos de crise

A resposta da grande maioria durante tempos difíceis é justamente buscar segurança e estabilidade, e não há nada de errado com isto. Está no nosso DNA – seca prolongada, a prioridade é manter acesso à água e comida, mesmo que tolerando condições muito piores. Ou atualizando, manter emprego (ou renda) mesmo que o gestor seja “Chefe” e não “Líder”.

Todo mundo já viu a multitude de desenhos, gráficos e comentários no LinkedIn mostrando as diferenças entre um tipo e o outro. E foram justamente eles que me motivaram a escrever, mas não tenho nem a ilusão muito menos a pretensão de querer cobrir todos os aspectos do tema. Qual a conclusão de todos aqueles desenhos? Devo ser um líder, e se o meu gerente ou diretor forem “Chefes”, peço demissão, tomo o lugar deles? Estas imagens pelo menos me fizeram pensar no que realmente importa como liderança.

Líderes são – por natureza – animais raros. Quase ninguém quer ou tem interesse em liderar. Enquanto líderes são necessários, não creio que liderança seja uma característica individual, privada. Acredito que liderança seja um atributo público, da comunidade como um todo – a ser liderada. Pois, a menos que os liderados dêem ao líder em potencial esta função, ou melhor, o(a) aceitem como tal e se comprometam a segui-lo(a) não há liderança.

Neste contexto, liderança é uma relação simbiótica entre o “líder” e “liderados”. Uma relação, onde se crê em um mútuo benefício. Benefício tanto público quanto privado.

Nesta simbiose, há um equilibrio de poder inerente entre as partes, é este aspecto de liderança que acho mais interessante. Cada um de nós – independentemente do papel que executamos – somos relevantes e cruciais ao resultado final. Esta consciência, esta responsabilidade coletiva com o resultado final é o “ingrediente secreto” do sucesso. O papel de líder se torna então apenas um catalizador, não a causa do sucesso. E agora consigo ver que esta conclusão é tema recorrente de Sun Tzu, Machiavel e muitos outros.

Andrew Roberts, começa seu ótimo livro ‘Segredos da Liderança’ discutindo a pergunta “Como podem cem (100) pessoas serem guiadas por uma única?”. Adiciono mais uma, “E porque esta e não outra?”. Na minha opinião é porque elas – as cem – querem; ou seja, vêem benefícios. Simbiose.

Fernando Grau

China and APAC Aviation expert with over 20 years of experience, in both commercial and private aviation.

9 a

Simbiose: a essência das relações Chinesas, para os não-iniciados...

Roberto Roche

ESG I Sustainability I CSR I M&A Due diligence I Social Environmental risk analysis I Keynote Speaker

9 a

Muito bom

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