Aumento da exposição à luz azul durante pandemia pode acelerar o envelhecimento precoce:
Com mais de um ano de Pandemia, o consumo de protetores solares caiu drasticamente em decorrência dos novos hábitos de isolamento social da população e consequente redução da exposição solar. O que geralmente não é levado em consideração, é que mesmo na ausência dos raios solares pelo “enclausuramento” nossa pele acaba sofrendo mais intensamente com outro tipo de irradiação.
As frequentes exposições às telas de computadores, de celulares e luzes artificiais nos submete a um tipo de irradiação causadora de efeitos deletérios ao nosso DNA, comparáveis aos danos produzidos pelos raios UV e infravermelho, e, uma das consequências visíveis, é o envelhecimento precoce da pele. Essa irradiação, também chamada de luz azul, possui comprimento de onda nocivo entre 415-455nm, e está dentro do espectro da luz visível.
Um estudo científico demonstrou o decaimento de carotenóides cutâneos após irradiações de luz azul, e o resultado foi similar ao decréscimo ocasionado pela radiação UV ou infravermelho. Além disso, a redução dos carotenóides foi relacionada ao aumento dos radicais livres e espécies reativas de oxigênio, responsáveis por quebras na molécula do DNA, que dentre outros males, causam o foto envelhecimento [1].
Um outro grupo apresentou evidências científicas de hiperpigmentação da pele através da realização de medidas de cromóforos antes e imediatamente após a irradiação por luz azul e os resultados de melanina, hemoglobina e saturação de oxigênio foram significativamente alterados após a irradiação. Além disso, foram demonstradas mudanças visíveis na cor da pele que foram expressas pela redução significativa dos valores de ITA (ângulo tipológico individual)[2].
Diante dos fatos, como poderíamos proteger a saúde da nossa pele se estamos mais do que nunca imersos no mundo da luz azul?
Ora, da mesma maneira que nos protegemos do sol, com o uso de filtros solares! Isso mesmo! Hoje muitas marcas se preocupam em formular seus produtos com filtros que protegem a pele da luz azul, além de raios UVA, UVB e infravermelho. Vale conferir o rótulo e fazer do produto o seu novo colega de home office!
Texto de autoria de Maria Fernanda de A. P. Rizzi, Msc., Biologista Molecular.
+informações: redações científico comerciais; produção de conteúdo/marketing técnico-científico; assessoria científica (testes clínicos e pré-clinicos (in vitro) para comprovação de claims) - Entrar em contato: assessoriacientificarizzi@gmail.com
Referências:
1.Vandersee, S., Beyer, M., Lademann, J., & Darvin, M. E. (2015). Blue-Violet Light Irradiation Dose Dependently Decreases Carotenoids in Human Skin, Which Indicates the Generation of Free Radicals. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, 2015, 1–7. doi:10.1155/2015/579675
2.Campiche, R., Curpen, S. J., Lutchmanen‐Kolanthan, V., Gougeon, S., Cherel, M., Laurent, G., Schuetz, R. (2020). Pigmentation effects of blue light irradiation on skin and how to protect against them. International Journal of Cosmetic Science. doi:10.1111/ics.12637
Scientific Advisor - Molecular Biologist, MSc.
3 aLucas Portilho, Natura, Cosmetic Innovation Oficial, Ingrid Ferreira Costa, BASF, Croda, ADCOS Cosmética de Tratamento, DaHuer Laboratório, La Roche-Posay Laboratoire Dermatologique, Neutrogena, Adatina Cosmeticos, Bioderma In Company, La Cutanée Laboratório Dermatológico, L'Oréal, , Sallve, Dermosense Ind e Com de Cosméticos Ltda, Buona Vita Dermocosméticos Científicos, Tricofil - Instituto Pasteur, Cosmoderma, Farmax - Indústria de Cosméticos e Farmacêuticos; Mutari Cosméticos, Nutriex, SkinCeuticals, Grupo Boticário, Grupo Dimed