A AUTENTICIDADE DO BEM E O SEU SUCESSO

Para ser autêntico é simples: basta se conhecer, utilizar seus talentos na plenitude e administrar suas limitações para que estas não anulem seus pontos fortes. Bom seria se fosse só isso, pois podemos ter dois tipos de pessoas que vivem de maneira autêntica. A primeira é aquela que gera saudades e boas lembranças por onde passa, em outras palavras, produz um legado que transcende o tempo de suas relações. O outro tipo é o que deixa um rastro negativo nas interações que teve, que acabam virando pesos, que o prendem ao passado.

Ser autêntico não é apenas viver utilizando os talentos que possui, fazendo apenas o que se tem vontade, ainda mais se for só para buscar preencher um vazio, solucionar um trauma ou um assunto mal resolvido do passado. Nossa autenticidade precisa ser validada. A autenticidade de cada um de nós é aprovada quando o caminho trilhado está em harmonia com as suas próprias capacidades e com as pessoas e o ambiente social em que está, ou seja, ao caminhar, devemos preservar a nossa saúde e contribuir com coisas boas a todos com quem nos relacionamos, gerando créditos positivos a cada contato.

Uma maneira de checar a validade de nossa autenticidade, quando ela existe, pode ser pela verificação do que dizem de você na hora em que não está presente, quando suas verdadeiras intenções são reveladas e compreendidas por todos com quem se relacionou.

É importante que o saldo seja positivo para ambos os lados, para você e para as pessoas com quem você conviveu.

A vida permite você fazer o que desejar, ela apenas observa e faz anotações, silenciosamente e sem opinar, até o dia em que ela manda uma carta pelo correio, lhe parabenizando ou informando a respeito de uma conta para pagar. A liberdade é total, você pode fazer o que quiser para conquistar o que sonhar, porém o ajuste de contas é inevitável. Uma conta a pagar terá forte relação não só com a incongruência com que você tem vivido em relação à sua própria natureza, mas principalmente com as relações desiguais que teve – você ganhou e o outro perdeu.

Na estrada da vida, fuja dos atalhos, eles só irão lhe atrasar.

Aquilo que pode parecer um caminho mais longo, ao final, poderá se mostrar o mais curto, isso quando você estiver viajando de maneira autêntica e cultivando relações saudáveis, com você e aqueles à sua volta.

Do momento em que acordamos até a hora de dormir, não paramos de jogar sementes, onde o tipo destas cabe a cada um de nós escolher. Algumas pessoas, mais desavisadas, não percebem que irão colher exatamente o que plantaram. Manipular, enganar e tirar proveito dos outros trará uma consequência equivalente, o universo sempre fará ajustes para que o seu equilíbrio seja restaurado.

A vida pode até ser um palco, mas cuidado com sua capacidade de encenar, você está atuando em uma peça que irá durar o tempo da sua vida.

As consequências por viver uma vida que não é autêntica ou que é autêntica, porém não validada pelo tempo, podem ser problemas de saúde, depressão, separações conjugais (não raro, no plural), distanciamento dos filhos, falência financeira, frustração profissional, não ter alguém para uma conversa amiga e sincera, dormir com o peso ensurdecedor da consciência de que prejudicou muitas pessoas em sua jornada – ou, infelizmente para alguns, tudo isso ao mesmo tempo.

Ganhos em status, poder ou materiais são efêmeros, uma reputação de alguém que fez o bem e agregou algo de bom por onde passou é atemporal.

Uma pessoa que se mostra quem não é, para tirar algo dos outros sem retribuir com algo no mínimo equivalente, é como um bêbado vestido de atleta querendo ganhar uma maratona – além de esquisito, em algum momento vai cair, para dizer o mínimo.

A autenticidade que leva ao sucesso sustentável tem relação direta com viver uma vida congruente com quem você é, com o correto entendimento e uso de suas forças, aceitação e administração de suas limitações, bem como com a harmonia e o respeito com aqueles com quem se relaciona. Na vida, o resultado das pessoas autênticas no bem é o saldo positivo, para si e para todos que tiveram o privilégio de, em algum momento, fazer parte da sua história de vida.

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