Autenticidade e eficácia versus o teatro nos negócios
Vivemos em tempos de rápidas mudanças e desafios constantes, a busca pela verdade, conhecimento e visão se torna cada vez mais crucial no mundo dos negócios.
Muitas vezes buscamos inspirações; eu, particularmente, confesso que fico sempre refletindo sobre os melhores que conheço e, hoje estive pensando no legado de Theodore Roosevelt, um dos maiores líderes dos Estados Unidos.
Neste texto, proponho uma reflexão sobre como podemos cultivar uma abordagem mais genuína e consciente nos negócios para uma cultura corporativa que seja vibrante e de fé inabalável. Isso nos dará energia na busca do que realmente importa, mantendo o caminho de negócios melhores e, com isso, uma economia e uma atuação verdadeira para um mundo melhor.
Penso que o exemplo desse líder nos inspira a olhar além das aparências e enfrentar a realidade com coragem, valorizando o conhecimento e desenvolvendo uma visão clara para o futuro.
Estabelecido isso, vale a pena acrescentar que, nesse texto, também exploraremos o tema do teatro corporativo que venho falando insistentemente para tratar o que muitas vezes cultivamos em nossas vidas, sem perceber de fato e com a consciência devida, como a rejeição à verdade que nos confronta, o desprezo pelo conhecimento que nos empobrece e a falta de visão que nos limita, está presente de forma voraz em nossos dias.
Acredito que através de uma análise profunda, exemplos práticos e uma educação genuína, buscaremos oferecer uma perspectiva renovada e inspiradora para enfrentarmos juntos os desafios que estão bem a nossa frente.
Vamos em frente e enfrente!
Sobre Theodore Roosevelt: Um líder visionário e um educador brilhante
Theodore Roosevelt, o 26º presidente dos Estados Unidos, é uma figura emblemática que personifica liderança e visão. Nascido em 1858, Roosevelt superou inúmeras adversidades pessoais para se tornar um líder carismático e influente e, consequentemente, um educador pelo exemplo.
Sua determinação inabalável e paixão pela justiça social deixaram um legado duradouro em diversas áreas. Conhecido por sua política voltada ao progresso e por seu empenho na conservação natural e aos valores humanos, ele estabeleceu inúmeros parques nacionais, monumentos e reservas, preservando vastas áreas naturais para as futuras gerações.
Sua visão de um país que valoriza e protege seu patrimônio natural é um exemplo poderoso de como a liderança pode moldar o futuro em seus negócios.
Além de suas conquistas ambientais, Roosevelt foi um defensor fervoroso dos direitos das pessoas. Ele acreditava que o governo tinha um papel crucial em proteger os cidadãos das injustiças econômicas e sociais, além de realmente prover as condições e atenção necessária, com isso sua abordagem focada no progresso incluiu a busca por um sistema equilibrado e de auto reforço para que as grandes corporações tivessem sucesso na promoção de um ambiente mais humano, ético e principalmente próspero a nível econômico.
A visão de Roosevelt para um futuro melhor não se limitava ao seu tempo. Ele enxergava além das circunstâncias imediatas, sempre buscando o que era melhor para a nação e para a humanidade. Essa capacidade de visualizar um futuro mais justo e sustentável é uma lição valiosa para líderes e liderados que atuam nas empresas de hoje.
Roosevelt também compreendia a importância do conhecimento e da educação. Ele era um ávido leitor e escritor, sempre buscando expandir seus horizontes e aprender com o mundo ao seu redor. Sua vida é um testemunho do poder do conhecimento como uma ferramenta para a liderança eficaz e a transformação social.
Ao refletirmos sobre o legado de Theodore Roosevelt, encontramos inspiração para enfrentar os desafios contemporâneos. Sua capacidade de integrar verdade, conhecimento e visão em sua liderança oferece um modelo poderoso para aqueles que buscam criar um impacto positivo no mundo.
Penso eu que esse exemplo significa que o caminho do cultivo de uma abordagem corajosa e informada, comprometida com a verdade e com uma visão clara para o futuro pode fazer toda a diferença no ambiente corporativo.
Dito isso, pare agora nesse texto e reflita o quanto você tem sido contributivo com o seu negócio de forma clara e com todos que estão ligados a ele, seja fornecedores, clientes e colaboradores.
O teatro corporativo da vida no trabalho nos dias de hoje
A vida corporativa muitas vezes se assemelha a um grande palco onde encenamos papéis, muitas vezes em detrimento da autenticidade. Essa teatralidade se manifesta nas relações interpessoais e profissionais, onde a aparência e a imagem projetada frequentemente suplantam a substância e a verdade.
A era digital e das redes sociais vem amplificando essa tendência, onde as pessoas criam personagens e acabam por promover uma cultura do espetáculo, onde a validação externa é buscada incessantemente a qualquer custo.
No teatro corporativo, muito líderes, liderados, clientes, fornecedores se veem forçados a desempenhar papéis para atender expectativas organizacionais e sociais infundadas, negligenciando suas verdadeiras opiniões e sentimentos. Essa dissonância entre o que se é e o que se deve aparentar gerar um ambiente de trabalho e desenvolvimento tóxico, onde a autenticidade é sacrificada pelo bem de uma falsa conformidade.
Atenção, é aqui que se nasce a crise que vivemos de criatividade, desenvolvimento e contribuição, formando cada vez mais uma difícil teia de uma “contracultura” que nos aprisiona e nos empobrece de alguma forma.
Além disso, a ênfase na performance e na imagem leva ao desenvolvimento de uma desconfiança generalizada que abala a tomada de decisão em investimentos para a formação e desenvolvimento, onde inclusive vemos pessoas e empresas preferindo não mais investir na educação.
Como resultado as culturas empresariais se tornam um exemplo claro onde a superficialidade reina. Em vez de nos concentrarmos em criar valor real e duradouro, muitas empresas acabam promovendo uma “contracultura” de resultados falsos e nada imediatos, com aparências tornam seus ambientes insustentáveis a longo prazo.
Isso não só compromete o bem-estar dos colaboradores, clientes, fornecedores, empresários, investidores e todos a sua volta, mas também a integridade de todo o sistema.
Pare agora e pense o quanto o seu final de semana, ou momento sagrado com a sua família foi abalado de alguma forma pelo efeito do teatro corporativo?
A verdade e sua rejeição
A verdade, embora fundamental, é frequentemente desconfortável. Em um ambiente corporativo nem se fala, admitir erros ou reconhecer fraquezas pode ser visto como uma ameaça à carreira e à reputação. Essa aversão à verdade cria uma cultura de negação e superficialidade, onde problemas são varridos para debaixo do tapete em vez de serem enfrentados de frente.
As forças emocionais e psicológicas que nos levam a evitar a verdade são complexas. O medo da punição, da rejeição ou do fracasso muitas vezes supera o desejo de ser honesto e o que não percebemos é que muitas vezes isso advém da nossa “contracultura”.
Arrisco inserir que além disso, a pressão para manter uma imagem de perfeição e competência pode levar as pessoas a preferirem uma falsa aparência de controle em vez de admitir a sua dura e difícil realidade.
No entanto, a rejeição da verdade tem consequências profundas que não são pensadas por nós de uma forma racional. Quando evitamos encarar a verdade, perdemos a oportunidade de aprender e crescer.
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Problemas não resolvidos se acumulam e se tornam mais graves com o tempo, comprometendo a eficiência e a eficácia da empresa e das pessoas lá trabalham. Penso eu que a falta de transparência e honestidade vai devagarinho corroendo a confiança, que é o alicerce de qualquer relacionamento saudável, seja pessoal ou profissional.
Novamente, eu te peço, pare e reflita sobre o nível de confiança não só na sua empresa, mas também na sua vida com você mesmo. Seja honesto contigo e pense o quanto deixamos a nossa confiança de lado.
Mas não confunda confiança com soberba, arrogância ou algo do tipo, o exame de consciência é mais do que necessário.
Conhecimento: Um recurso desprezado
O conhecimento é um dos recursos mais valiosos que uma pessoa ou uma empresa pode possuir, no entanto, muitas vezes é subvalorizado ou ignorado. Em um mundo onde a informação está facilmente acessível, a profundidade do conhecimento e a capacidade de discernimento se tornam ainda mais importantes. mas infelizmente, tenho presenciado a triste falta pelo interesse e consequentemente pela busca do conhecimento.
Sim, afirmo que frequentemente ela está sendo negligenciada devido à pressa em obter resultados imediatos. A cultura do imediatismo e a valorização de ganhos rápidos levam ao desprezo pelo aprendizado contínuo e pelo desenvolvimento intelectual. Afinal, trabalho intelectual exige esforço já diria meu orientador no mestrado o Sr. Mario Ariel Porta.
Além disso, o conhecimento é muitas vezes visto como uma ameaça por aqueles que se sentem inseguros em suas posições, levando à sua desvalorização.
Os impactos desse desprezo pelo conhecimento são profundos. Sem uma base sólida de conhecimento, as decisões são frequentemente baseadas em suposições e intuições falhas.
Isso pode levar a erros graves e oportunidades perdidas. Além disso, a falta de valorização do conhecimento cria um ambiente onde a inovação e a criatividade são sufocadas, limitando o potencial de crescimento e sucesso a longo prazo.
Agora me diz, o quanto você tem buscado conhecimento em fontes genuínas?
A falta de visão para o futuro
A visão é a capacidade de ver além do presente e imaginar um futuro melhor. É um componente essencial para que uma liderança se torne eficiente, eficaz e efetiva para a geração de uma boa inovação. No entanto, reconheço que muitos líderes e liderados nas empresas tem se esforçado para desenvolver e manter uma visão clara e ambiciosa.
Porém, a falta de visão pode ser atribuída a vários fatores como estamos abordando aqui nesse texto, em especial a pressão por resultados imediatos que noto tão presente e que pode fazer com que líderes e liderados se concentrem no curto prazo, negligenciando o planejamento a longo prazo.
Além disso, o medo do desconhecido e a aversão ao risco podem impedir a exploração de novas ideias e oportunidades. Penso eu que a falta de diversidade de pensamento e experiências provenientes de modelos mentais diferentes também pode limitar a capacidade de imaginar e perseguir um futuro realmente inovador.
Sem uma visão clara e uma competência única para sua construção, as empresas ficam à deriva, reagindo a eventos em vez de direcioná-los e criar um mercado diferente e inovador. Isso não só limita o potencial de crescimento e sucesso, mas também pode levar à estagnação e ao declínio. Uma visão clara fornece direção e propósito, motivando e inspirando todos os envolvidos a trabalhar juntos para alcançar objetivos comuns.
Desenvolver uma visão de longo prazo nos dias de hoje é considerado algo desnecessário, mas me diz se você já tem uma perspectiva clara para os próximos dez anos, ou até cinco que seja...
Integrando a verdade, conhecimento e visão
Integrar verdade, conhecimento e visão é essencial para criar um futuro melhor. A verdade fornece a base sólida sobre as decisões que podem ser tomadas. O conhecimento fornece as ferramentas e insights necessários para navegar nos desafios e oportunidades. A visão fornece a direção e o propósito que guiam todos os nossos esforços.
Líderes e liderados das empresas que estão no mercado e que conseguem integrar esses três elementos criam um ambiente onde a inovação e a criatividade podem florescer e com isso passam a se tornar a referência e o exemplo de reputação.
Eles são capazes de enfrentar desafios de frente, aprender com os erros e adaptar-se às mudanças de forma eficaz. Além disso, eles inspiram confiança e lealdade, criando uma cultura de colaboração e respeito mútuo.
Exemplos de líderes e liderados em empresa que conseguiram essa integração são abundantes em todos os sentidos, materiais e psicológicos. Empresas que valorizam a transparência, investem no desenvolvimento contínuo de seus colaboradores, cliente e fornecedores e têm uma visão clara de seu futuro são frequentemente as mais bem-sucedidas e resilientes.
Essas empresas não só sobrevivem às tempestades, mas prosperam em meio a elas, moldando o futuro em vez de serem moldadas por ele.
Agora, pensa mais um pouco o quanto seria legal você fazer parte desse movimento ou até se faz parte, contribuir mais com os outros falando e divulgando o bem para fazer bem.
Conclusão
Se consegui fazer você, leitor ou leitora, a refletir sobre o texto que me foi inspirado pelos ensinamentos de Theodore Roosevelt, tenho a convicção que demos um passo à frente no que realmente importa.
Estou aqui lembrando todos da importância de integrar verdade, conhecimento e visão em nossa forma de ser. Em um mundo em constante mudança, esses princípios fornecem a base necessária para navegarmos rumos aos nossos desafios e aproveitar as oportunidades que estão bem na nossa frente.
Seguindo o exemplo de Roosevelt, podemos cultivar uma abordagem mais corajosa, informada e visionária, criando um impacto positivo duradouro em nossos negócios e na sociedade como um todo.
Para fechar deixo aqui uma referência para uma leitura adicional que gostei muito que é o livro "Theodore Roosevelt: A Strenuous Life" por Kathleen Dalton que comprei na Amazon.
Keine Alves Líder educador e pesquisador