Três passos para evitar o efeito tocando violino no deck do Titanic
Quem não lembra da cena em que músicos tocam seus instrumentos na tentativa de passar um ar de normalidade enquanto o Titanic naufraga? Essa deve ser uma cena que você já viu e lembra com muita facilidade. Emblemática dada a cruel realidade pela qual passam as pessoas enquanto os músicos de forma deliberada continuam a tocar como se nada de anormal estivesse acontecendo.
Mas o que isso tem a ver com a realidade das equipes e das organizações? Fazendo um paralelo com essa realidade é impressionante como tem sido comum observar comportamentos semelhantes aos dos músicos do Titanic. O modelo dominante de comando e controle está em declínio, as relações entre as pessoas são pouco saudáveis, a liderança se serve do time ao invés de servir o mesmo, o foco é a entrega de resultados a qualquer custo, há perseguição, medo, as pessoas não são elas mesmas dentro da empresa, e por aí vai sem uma ação efetiva da liderança para tratar desses temas que deveriam estar entre suas prioridades. Seguem focados em suas atividades diárias como se nada de anormal estivesse acontecendo.
Diante disso como criar espaços de colaboração, autenticidade, trabalho em equipe, escuta ativa, criatividade e inovação, respostas rápidas, abertura, flexibilidade, processos ágeis e tudo mais que se espera das equipes e organizações em tempos turbulentos como os atuais? O mundo mudou e as práticas adotadas são as mesmas do século passado. Essa conta não fecha, simples assim. Mais cedo ou mais tarde ela chega e vai ser bem alta.
É preciso encarar de frente a lacuna que existe entre a realidade de mercado e a que se vive dentro das organizações.
Para isso, como primeiro passo, tirar da frente qualquer nuvem de fumaça acerca desse tema e encarar o problema de frente. A experiência mostra que somente à medida que se toma plena consciência do problema é que as pessoas partem em direção a busca de uma solução. Um segundo passo é a liderança criar um espaço seguro para que temas relacionados a dimensão das relações interpessoais sejam tratados com a devida profundidade que merece, sem ranço, sem melindres, de forma aberta e transparente. Como terceiro passo é fundamental abrir a agenda de gestão para a prática de conversas significativas sobre temas até então ocultos, mas de profundo impacto no ambiente de trabalho que muitas vezes servem de importantes fatores restritivos para que se alcance o alto desempenho.
Contrariando a frase de Tom Peters, um dos mais importantes pensadores da gestão moderna, eu digo que é possível e é necessário. Não existe tempo a perder.
Pense nisso! Faça isso!
Abraço,
Edu.
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