Automatização de erros

Você não leu errado... é isso mesmo!

O assunto de automatizar é sempre cogitado nas rodas e mesas retangulares de conversa, em reuniões por todos os lugares, como sendo uma forma de resolver a produtividade ou a intermitência de atividades de forma geral.

Esta busca de estabelecer um ritmo único e direto, de forma a minimizar os impactos comuns, gerados pelos momentos de ausência, de fadiga, de má vontade, de desentendimento sobre alguma atividade, torna a automatização muito atraente para substituir procedimentos, sejam eles manuais e humanos por algo constante e sem a intevenção manual entre os momentos particulares da atividade.

Automatizar é sempre a solução?

Automatizar procedimentos sistêmicos tem recebido muitos investimentos, principalmente com a invasão de robôs(não digo aqueles de metal ou humanóides), mas os ditos robôs de software, que são ensinados com os procedimentos que precisam ser realizados, sob uma sequência fixa e é claro, com possibilidade de determinar alguns caminhos alternativos, quando algo não está de acordo com o que o robô está treinado para ver e executar.

Estes robôs tem sido a solução para diversos tipos de lançamentos sistêmicos, tais como lançamentos de títulos, notas fiscais, leitura de retorno bancário, geração de borderôs de pagamento, avaliação de crédito, análise de cadastros, auditoria entre outras centenas de atividades diárias que podem ser automatizadas, diante das etapas fixas estabelecidas por qualquer sistema, que foi feito para ser operado por pessoas, o que é bom ser lembrado também.

Contudo, neste universo de processos sistêmicos, que reúne vários procedimentos para se concluir as atividades, nem sempre é lembrado de se revisar estes procedimentos como um todo, antes de se pensar em automatizar, logo gerando em muitos, mas muitos casos, uma automatização de erros.

Adoraria dizer que é uma piada, a automatização de erros, mas ela é real. Sempre que buscamos agilizar um processo, nem sempre está nesta brilhante solução, o pensar sobre o processo, o avaliar se este processo faz ainda sentido e se ainda precisa existir. Parece até óbvio, mas isso acontece muito, principalmente quando não se tem mapeado os procedimentos, bem como se tem uma revisão dos mesmos em relação aos demais procedimentos dependentes do mesmo, que seria a análise do todo.

Automatizar é excelente, desde que se automatize um processo que realmente foi verificado e que não há como fazer melhor ou evitar de fazer, pois ele foi previamente analisado. Nestas horas, se colhe um ganho expressivo de produtividade, mas lembrando que para toda e qualquer automatização, é fundamental que se tenha validação a cada número específico de processamento ou diário ou por lote, mas que se tenha uma avaliação sobre o andamento desta automatização.

A automatização de qualquer processo sistêmico, sem um olhar analítico e para validar se o mesmo está ocorrendo dentro do esperado, bem como se o mesmo deve continuar acontecendo, é cair no mesmo erro sem uma automatização, com uma diferença gigantesca de registros a serem reavaliados, pois ao automatizar o volume de informações corretas ou incorretas também pode ser expressivo.

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Meu nome é Odair Garcia Arouca, profissional da área de TI há mais de 25 anos. Casado, pai e escritor. Autor do livro Tecnologia A Carreira dos sonhos - Comportamento e procedimento e também da série de livros medievais Callouny.

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