Avanços na presença feminina na ciência e tecnologia: rumo a uma maior representatividade
A MJV Insights #21 começa com dados da UNESCO que relevam que no Brasil há um pouco mais de 40% de pesquisadoras mulheres, o que é um avanço em relação ao índice mundial de apenas 30% de mulheres cientistas.
É importante destacar que as mulheres representam quase 59% dos estudantes universitários do país, embora o número de matrículas em áreas de exatas ainda seja baixo, com 41%. É um desafio entender os motivos para essa disparidade de gênero, mas certamente há oportunidades de aumentar a presença feminina nas áreas de exatas e ciências, contribuindo assim para a diversidade e a excelência da pesquisa científica no país. Vamos entender por que isso acontece?
Uma das chaves para mudar essa realidade é desfazer a falsa crença de que as ciências exatas são áreas exclusivas para homens. Felizmente, essa ideia está sendo combatida por muitas mulheres que marcaram a história nessas áreas, como Marie Curie, vencedora do Nobel de Química em 1911 com a descoberta dos elementos rádio e polônio; Ada Lovelace, matemática inglesa responsável pelo primeiro algoritmo processado por uma máquina e considerada a primeira programadora da história; e Sônia Guimarães, pioneira no Brasil como a primeira mulher negra a conquistar um doutorado em física e a ocupar uma cadeira como professora de física no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Esses exemplos inspiradores encorajam assim mais mulheres a seguir seus sonhos nesses campos.
Plataformas e ferramentas de Inteligência Artificial estão debatendo comportamentos considerados inadequados. Recentemente, um usuário do ChatGPT usou a plataforma para classificar os principais nomes da história da ciência, mas surpreendentemente, nenhuma mulher apareceu na lista, apesar das inúmeras descobertas feitas por elas. Esse experimento suscita uma reflexão importante: como a cultura patriarcal ainda é repassada adiante em nossa sociedade?
No Dia Internacional da Mulher, a ONU - Organização das Nações Unidas está focando no papel das mulheres na área tecnológica, com o tema "Inovação e tecnologia para uma inclusão digital igualitária". A igualdade de gênero é um dos objetivos-chave dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e essa iniciativa destaca a importância de incluir as mulheres na inovação tecnológica.
De acordo com dados da própria organização, a falta de mulheres no mercado digital impediu um acréscimo de 1 trilhão de dólares no Produto Interno Bruto (PIB) de países de baixa e média renda na última década. A ONU Mulheres estima que essa perda poderá aumentar para 1,5 trilhão até 2025, caso não haja uma mudança significativa. É importante analisar essa questão mais a fundo para compreender o impacto da inclusão das mulheres na economia digital.
Mas, apesar de números não tão otimistas assim, ainda há esperança de representatividade: na última segunda-feira (6), a matemática brasileira Jaqueline Godoy Mesquita foi laureada no ‘Science, She says! Award’, premiação oferecida pelo Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália (MAECI) que reconhece e destaca cientistas estrangeiras. Jaqueline venceu na categoria que representou a América Central e do Sul.
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Apesar da desigualdade ainda existente, a presença feminina nestas áreas segue crescendo. Além disso, o relatório da Elsevier apresenta uma relação das áreas onde as mulheres são maioria. São elas:
Na MJV, quase metade de nossos colaboradores são mulheres, e isso inclui líderes influentes em nossos projetos. Estamos muito orgulhosos do trabalho que elas realizam e do impacto positivo que têm na empresa e na sociedade.
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1 aAinda a um grande espaço para o avanço da equidade na nossa sociedade, sendo importante trazer isso como debate, parabéns aos autores pelo artigo.