Beirute, Líbano - Os desastres enviam sinais, nós é que não os percebemos!
Estou abalado. O desastre em Beirute, Líbano, nos pega em um momento emocional difícil, em plena pandemia.
“Há sete anos um navio de carga registrado no Panamá estava preso no porto de Beirute, devido a problemas mecânicos. Os proprietários abandonaram o navio. Depois de meses, a tripulação foi autorizada a deixar o navio e ir para casa. No entanto, com o navio encalhado no porto de Beirute por falta de pagamento de impostos, a carga foi descarregada em alguns armazéns dentro do porto. A batalha legal entre o porto e os armadores continuou por anos, enquanto a carga de nitrato de amônio (2.700 Toneladas, usado em fertilizantes e explosivos) apodrecia nos armazéns em terra. E então, isso aconteceu!”
Quantos navios e quantos depósitos existem em nossas organizações que não percebemos? Na verdade, na maior parte das vezes eles são percebidos, mas, também são abandonados! Muitas vezes o risco que o navio representa não chega nas mãos de quem pode agir e ficamos esperando...
Por que?
Porque ainda não temos um sistema efetivo de gestão de riscos e desastres! Porque sempre foi assim e nunca aconteceu! Porque não existe uma combinação prévia permitindo que o alerta chegue na pessoa certa, onde quem percebeu o risco não sinta medo de perder o emprego. Porque, infelizmente, a cultura de prevenção ainda não está presente no nosso sangue!
Espero que possamos internalizar esta questão. Tenho fé na implantação das práticas ESG (environmental, social e governance) pelas organizações. Acredito que, juntos, podemos mudar o rumo dos acontecimentos.
Abraços
Gestão | Manufatura | Custos | Operações | Indústria | Compras | PCP | Cadeia de Suprimentos | Qualidade | Manufacturing | Moveleiro | Administração
4 aÓtimo texto Aristeu!!! As razões desse desastre era conhecido. A analogia para dentro das organizações é muito verdadeira. Quantas vezes ignoramos muitas situações de riscos. Quantos "armazéns" existem cheios de tranqueiras, estoques, produtos absoletos, etc. Temos que prestar mais atenção nos minimos detalhes.