Boletim de Mercado Quinta-feira, 15 de Agosto de 2024
Ibovespa retoma seu maior patamar desde dezembro. Dólar volta a subir:
O Ibovespa concluiu o pregão desta quarta-feira (14) com sua sétima alta consecutiva, impulsionado pela análise de novos dados de inflação dos Estados Unidos e uma nova rodada de balanços corporativos. A valorização do índice também contou com a contribuição dos ganhos superiores a 1% da Petrobras.
O índice avançou 0,69% na sessão de ontem, alcançando 133.317 pontos, o maior fechamento desde 28 de dezembro de 2023.
O recorde histórico de fechamento do Ibovespa foi registrado em 27 de dezembro do ano passado, com 134.193,72 pontos. No dia seguinte, o índice atingiu a máxima histórica intradia de 134.391,67 pontos.
Os papéis ordinários da Petrobras subiram 1,81%, fechando a R$ 40,98. Os dados de preços ao consumidor nos EUA, divulgados na manhã de ontem, vieram alinhados com as expectativas, reforçando a visão de que a inflação está a caminho de retornar à meta de 2% do Federal Reserve. Com esses números sem surpresas, os mercados acionários e de câmbio operaram com pouca volatilidade, com investidores focados nos próximos dados de emprego dos EUA para avaliar o impacto de um possível corte de juros pelo Fed em setembro.
Dessa forma, o dólar teve uma alta de 0,35%, cotado a R$ 5,46 na venda, após seis quedas consecutivas, com investidores ajustando suas posições na moeda norte-americana no Brasil.
No cenário econômico nacional, o IBGE informou que as vendas no varejo brasileiro caíram mais do que o esperado em junho em relação a maio, após cinco meses de alta, devido à retração no comércio de hiper e supermercados.
Os juros futuros recuaram, seguindo a queda dos rendimentos dos treasuries e a redução da expectativa de alta da Selic em setembro. As vendas no varejo abaixo do previsto também contribuíram para a queda dos DIs.
Inflação americana em linha com a expectativa:
Os preços ao consumidor nos EUA subiram conforme o esperado em julho, refletindo uma inflação em desaceleração e não alterando as expectativas de um possível corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve no próximo mês. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) aumentou 0,2% em julho, após uma queda de 0,1% em junho, de acordo com o Departamento do Trabalho. No acumulado de 12 meses até julho, o índice avançou 2,9%, comparado a um aumento de 3,0% em junho.
Economistas consultados pela Reuters haviam previsto um aumento de 0,2% no CPI para o mês e 3,0% no comparativo anual. Na terça-feira, o governo reportou um leve incremento nos preços ao produtor em julho. A inflação anual dos preços ao consumidor moderou-se consideravelmente em relação ao pico de 9,1% registrado em junho de 2022, à medida que o aumento dos custos de crédito reduziu a demanda. Embora ainda elevada, a inflação está se aproximando da meta de 2% estabelecida pelo banco central dos EUA.
As expectativas para um possível corte nas taxas na reunião do Fed de 17 e 18 de setembro estão divididas entre 50 e 25 pontos-base. Essa expectativa reflete principalmente um aumento na taxa de desemprego, que atingiu 4,3% em julho, próximo ao maior nível em três anos. No entanto, os economistas apontam que seria necessário um enfraquecimento significativo no mercado de trabalho para que o banco central considerasse uma redução de 50 pontos-base na taxa. O quarto aumento mensal consecutivo na taxa de desemprego foi em grande parte impulsionado por um aumento na oferta de mão de obra devido à imigração, e não por demissões.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o CPI subiu 0,2% em julho, após um aumento de 0,1% em junho. No acumulado de 12 meses até julho, o índice núcleo avançou 3,2%, o menor aumento anual desde abril de 2021, seguindo um ganho de 3,3% em junho.
Principais Indicadores:
Selic Meta: 10,50%
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CDI: 10,40%
DI Futuro (Jan 2026): 11,39% (média).
Bolsas de Valores:
Ibovespa:133.317,66 (+0,69%%)
S&P 500: 5.455,21 (+0,38%)
Dow Jones: 40.008,39 (+0,61%)
Nasdaq: 17.192,60(+0,029%)
Moedas:
Euro: R$6,0229 (+0,51%)
Dólar: R$5,4687 (+0,35%)
Inflação:
IPCA: 4,50% (acumulado 12 meses)
IGP-M: 3,82% (acumulado 12 meses)
Desejo a todos uma ótima sessão!