A bolha

Com a Revolução Informacional, no início do século XX, uma certa parcela da população pode ter acesso à banda larga e aos poucos bens que a, ainda inexperiente, internet proporcionou.

No século XXI, a influência da mídia e das redes sociais é irrefutável; afinal, essa é a era conhecida por "Era da Informação". Essa era é caracterizada pela possibilidade de notícias do mundo todo percorrerem o globo em nanossegundos; além disso, brasileiros podem acessar endereços eletrônicos e se informar sobre o Japão e o resto do mundo em tempo real, sem sair de casa.

Será este o problema dessa geração? Não se veem mais crianças e jovens socializando em locais públicos como parques e praças (aliás, quase não se veem mais parques e praças onde crianças possam brincar com segurança). A pergunta mais importante para os adolescentes de hoje é se há rede wireless aonde vão, e se a resposta for positiva estarão satisfeitos.

Pode ser que as relações virtuais ajudem a manter o indivíduo em contato com o mundo, contudo, são são capazes de oferecer tudo o que um amigo em carne e osso oferece. Há, dentre várias outras, uma vantagem na internet que nos permite ser quem queremos ser e isto pode levar a um isolamento do qual não conseguiremos sair, pois - contrariando a opinião geral dos jovens - a internet, com seus recursos e mídias, é sedutora e vicia.

Em suma, somos nós os culpados por nosso vício e nós nos isolamos do mundo real porque a bolha que é o mundo virtual é muito mais envolvente e, até mesmo, sedutora. Por sermos nós os culpados, cabe-nos a responsabilidade de minimizar o tempo que ficamos conectados para que não percamos os laços com o mundo real e com as pessoas físicas, os amigos de carne e osso.


Beatriz Salles

(Texto publicado na Coletânea de Trabalhos Selecionados da Rede MV1, em 2014).

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