O que a pane do WhatsApp, Instagram e Facebook pode nos ensinar sobre sustentabilidade?
Você já pensou nisso?
Cá estamos nós em meio ao século XXI, ainda não existem criaturas circulando e conversando conosco de aparência tão perfeitamente humana que nem percebemos que se tratam de androides (Blade Runner previu isto em 2019), eu disse “ainda”.
Passamos incólumes pelo bug do milênio 2000, enfrentamos com bravura apagões da rede elétrica, panes nas redes de telefonia e dados, e esta semana fomos surpreendidos com 3 entes tecnológicos que subitamente entraram na UTI, e nos deixaram virtualmente incomunicáveis por essas redes…Facebook, Instagram e Whatsapp.
Esses apps tendiam a ser soberanos na maciça maioria dos Smartphones ao redor do Globo e diante dessa fatídica falha as reações foram diversas, alguns choravam de aflição por ver sua única fonte de renda bloqueada e outros de alívio, por terem finalmente a tão esperada e escassa “paz”.
Qualquer semelhança com a música “A Novidade” da banda Os Paralamas do Sucesso, é mera coincidência, você lembra da letra:
À parte a consciência e solidariedade com aqueles que dependiam da tecnologia, uma sutil lembrança daqueles que sequer a tinham, bateu uma onda de nostalgia e volta aos velhos sêniores que nunca falham: Ressuscitaram as chamadas telefônicas e o velho e bom e-mail, e em alguns casos extremos as pernas se moveram até o outro lado do corredor para falar com uma pessoa cara a cara e ninguém achou isso invasivo.
Parece “MEME”, mas é cena cotidiana da vida real na qual várias pessoas estavam reunidas numa lanchonete, todos com os olhos fixados no aparelho, divagando entre uma nuvem e outra sem se dar conta da pessoa real que fazia o mesmo do outro lado da mesa.
Tudo que era para ser “instagranável” precisou ser vivenciado in loco ou então o tédio e o perceber-se perdido no mundo real, por ter ficado tanto tempo conectado ao virtual.
Sem a ilusão do virtual no qual você pode criar realidades alternativas fictícias usando a rede como uma espécie de blindagem, podendo responder a uma mensagem no chat se quiser, ou então fingir que não recebeu, você pode bloquear o(a) usuário(a), deletar a mensagem sem a mínima cerimônia nem receio de represálias e esquecer, assim como Joe no filme Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças. Afinal o aparato te veste como uma couraça e te dá o poder da invisibilidade quando quiser ou então te obriga a ficar exposto mesmo a contra gosto.
Com o apagão da tríade das redes decorrente da súbita pane, após passado o choque, muitas pessoas ousaram sair de suas casas, cuidar da sua horta ou colocando a cara no sol, você lembra disso?
E, o que podemos aprender com isso?
Se chegar um momento em que o sistema entre em colapso e que seja necessário nos adaptarmos a uma nova realidade na qual o digital ficou sepultado no passado, quais serão nossos vínculos reais?
Será necessário viver novamente em comunidade no sentido da essência dessa palavra: “Comunidade vem do Latim Communitas, comunidade, companheirismo, geral, compartilhado por muitos”.
Talvez seja possível reaprender a viver em comunidade, de forma sustentável - mesmo que esse colapso nunca aconteça e viver uma Nova Era na qual muitos conceitos serão repensados.
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Esse artigo não tem outra pretensão a não ser gerar a consciência de que projetos sustentáveis visam causar menos impacto ao meio ambiente e incentivam a colaboração humana, como hortas comunitárias, cooperativismo em várias frentes com o objetivo de somar força humana com propósito e resultado.
Para quem viveu épocas antigas, sabe como é tirar a fruta do pé e plantar a semente, andar descalço na terra e sentir cheiro de chuva, brincar e rir até a barriga doer. Ter um melhor amigo para contar e até aqui não falamos de nada mirabolante.
Cada vez mais temos consciência plena de que precisamos de realmente muito pouco para alcançar a felicidade autêntica, depende mais de nós, do nosso querer, do que de apagões de redes sociais, mas para termos isso em conta, precisamos vez ou outra desconectar ou então, desconectar com mais frequência.
A tecnologia é importante e necessária, mas saber relacionar-se é ainda mais necessário, ou viveremos como cérebros em uma cuba ou melhor, em uma nuvem.
Então o Caos se transformará num exercício de transmutação, de oportunidade e de tomada de consciência de durante algum tempo estivemos nos comportando como os autômatos de Blade Runner, anestesiados na normose, dentro da caixinha, enquanto o universo em nossa volta fervilha de vida, exuberância, belezas e em contrapartida nos solicita o compromisso com a sustentabilidade, a proteção de nosso lar, nossa Gaia, nosso Orbe Terrestre, nosso pálido Planeta Azul!!
E você? Ousa sair da caverna quando fica off line?
#ouseserfeliznotrabalho #caosgeraoportunidade #sustentabilidade
OBS: Esse artigo só foi possível, através da conexão feita com o Cláudio a partir de uma enquete que fiz aqui na rede.
Autor: Claudio Sartorio
Consultor de Negócios.
Coautora: Giovana Souza Estrategista
de Carreira e Felicidade Corporativa.
Assistente Administrativo PCD
3 aOutro detalhes que está tecnologia esquece os humanos antepassados e gera inovação sem contar as dificuldade que os idosos passam. A nova geração não compreenderá e nem respeita que a história antes desta tecnologia era relacionamento humano, surgiu pandemia virou relacionamento digital . Para algumas empresas abriram novo horizonte sustentável, mais não alegria de saborear a natureza. Muito bom a reflexão.
Diretor de projetos de marketing e vendas na CM4B | Consultoria
3 aEu iria ler Seu artigo na volta de uma viagem. Mas fiquei curioso e satisfeito com a excelente leitura que me proporcionaste, sem contar a crítica contemporânea e pertinente. Sem dúvida precisamos de mais "apagões", como talvez a única forma de conscientizar os indivíduos da maravilha da coletividade. Sinceramente, tenho dificuldade em concordar com uma reversão. As plataformas digitais são como um vírus...no entanto sem vacina. Compartilho da boa fé! E faço a minha parte! Vamos continuar lutando por uma sociedade mais sustentável e humana!
Diretor de Produtos na TOTVS | Especialista em ERPs | Gestão de Produtos Digitais | Software e Tecnologia | Estratégia de Negócios
3 aBoa reflexão Claudio Sartorio