Bolsa supera máxima histórica
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Bolsa supera máxima histórica

O principal índice da Bolsa de valores brasileira superou sua pontuação máxima histórica e rompeu a barreira dos 130 mil pontos em plena pandemia.

Essa alta do Ibovespa havia sido prevista por analistas financeiros e antecipada em artigo desta coluna, publicado em dezembro de 2020. E não é que se concretizou?

Os motivos vão além da esperança trazida pela vacinação, pois a economia já apresenta sintomas palpáveis de recuperação. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre do ano ficou acima do esperado pelo mercado, ao crescer 1,2%.

Mas é o panorama global que faz o mercado financeiro ferver, com excesso de liquidez, juros baixos e alta das commodities.

A injeção financeira e os juros baixos favorecem que as empresas captem recursos, seja para gerar caixa ou expandir. Várias companhias abriram capital, realizaram nova oferta de ações, compraram outras empresas ou realizaram fusões, do ano passado pra cá.

Além disso, a nossa moeda desvalorizada faz com que nossos ativos sejam mais baratos para os investidores estrangeiros, propiciando negócios.

Diante deste cenário aquecido, analistas prospectam a continuidade do crescimento da economia mundial, além de novas altas para a nossa bolsa.

Ainda assim, é prudente fazer uma ressalva e atentar-se para a crise hídrica, pressão inflacionária e para o alto nível desemprego no Brasil, que também bateu recorde na série histórica, ao atingir 14,7% no primeiro trimestre. Um recorde negativo.

Também não se pode ignorar que a pandemia não acabou: o ritmo de vacinação perdeu força, voltaram a subir as taxas de internações e utilizações de UTIs por conta da Covid-19, além da circulação de novas cepas do vírus.

Por outro lado, graficamente o Ibov tem subido de forma consistente e sempre existem oportunidades, tudo vai depender da estratégia.

As máximas das bolsas costumam ser atrativas para os investidores, por ser um momento de empolgação. No entanto, o estado psicológico que leva a esse comportamento é o contrário do recomendado pelos gurus do mercado financeiro.

Seguindo a lógica do ensinamento:

“Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos”...

...agora, no momento de altas históricas, seria o momento de se pensar em vender os ativos e não de comprá-los (ao menos na teoria). Mas como não existe receita de bolo, nem garantias de alta ou de baixa, é cada carteira uma sentença, sendo que as mais diversificadas costumam ser as mais resilientes.

Sucesso a todos!


Carina Walker, jornalista, trabalho como Coordenadora de Mídias Sociais no Show Rural Coopavel, em Cascavel-PR, onde também sou colunista do portal Preto no Branco. Além de ser apaixonada pelo cooperativismo e pelo agronegócio, faço parte do grupo de 1 milhão de mulheres que investem na Bolsa de Valores brasileira, a nossa B3.

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