Muitas pessoas me indagam na hora de definir as ações on line da empresa para
saber que resultados efetivos elas terão. Bem, dentre a infinidades de posts
publicados nas redes sociais todos os dias, é necessário se destacar para não
ser o mais do mesmo. Por isso, a resposta que tenho é que um bom palnejamento,
que defina o posicionamento da empresa on line, com etapas bem estruturadas e
métricas bem definidas, certamente geram resultados efetivos.
Hoje o marketing digital é trabalhado pelas empresas visando atingir o máximo
desempenho. A eficácia desse trabalho produz resultados que são mensuráveis
pelas métricas. E métricas não deixam incertezas sobre os resultados obtidos,
correto? Não. Se as agências e profissionais de marketing que trabalham para
produzir leads qualificados para um determinado cliente definem todas as
métricas, CTR (click-through-rate) sobre o anúncio, taxa de conversão, entre
outros, o resultado parece ser bem claro. Só que não é bem assim. Estes
resultados não mostram o alcance sobre a Marca, pois simplemente desconsideram
o que ocorre com os leads não convertidos.
Cada vizualização - com ou sem clique - faz parte da jornada do consumidor
até a conversão. Em dados gerais, menos de 20% dos leads atraídos por uma
postagem clicam na mesma, e destes, menos de 10% se transformarão em uma
conversão. Assim é prudente e necessário obter um retorno positivo sobre
estes outros consumidores que não entraram no funil de vendas. Os leads
inativos são, portanto, maioria absoluta. É exatamente onde entra o
Branding Digital. Sabemos que Branding é a gestão da marca e a maneira
como ela se posiciona perante aos seus consumidores enquanto empresa.
No mundo real isso se relaciona com as características tangíveis da marca,
ou seja, o que pode ser percebido como logo, identidade visual, embalagens e
produtos. No mundo on line, isso também é percebido, mas o grande desafio
está em saber como estes elementos são percebidos pelo consumidor.
Trabalhar o Branding Digital em uma empresa significa integrar o trabalho da
Produção de Conteúdo e da criação desde o planejamento até a postagem nas
redes sociais. Para que este trabalho aconteça de forma coesa, a empresa
precisa ter uma linha criativa bem definida em relação à essência da sua marca.
Outro ponto importante no branding digital é entender que cada rede social
tem uma linguagem e características diferentes. Isso não significa criar um
post diferenciado para cada plataforma, mas sim organizá-lo de forma distinta.
Não me parece muito aceitável que se deseje a conversão em um primeiro contato.
Os leads que já chegam qualificados são raros e o Inbound Marketing nos ensina
o quanto é preciso fomentar um lead para qualificá-lo. Assim, é na construção
da Marca — com o Branding — que campanhas bem qualificadas e criativas podem e
devem dar resultados para além da conversão apenas.
O Branding precisa funcionar em parceria com as métricas. Todas as métricas
utilizadas pela empresa ou profissional de marketing acabam ajudando a
entender como as campanhas impactam o consumidor na relação com a Marca exposta.
As métricas nos permitem entender e acompanhar a jornada do consumidor entre
o primeiro clique no anúncio ou post e a conversão final. Mas a jornada de
um consumidor é um caminho com diversos pontos de contato com a Marca.
Por isso, pensar em campanhas criativas e qualificadas apenas pela orientação
das métricas, acaba por esvaziar a estratégia digital. Branding e métricas
devem ser definidas em conjunto. Atuando desta maneira, podemos obter maior
valor para as campanhas e consequentemente para as marcas, alcançando melhores
resultados para a empresa e maior visibilidade para a Marca.