Brasil é 'perdedor', diz diretor da maior gestora global de recursos (BlackRock).

Brasil é 'perdedor', diz diretor da maior gestora global de recursos (BlackRock).

Brasil é 'perdedor', diz diretor da maior gestora global de recursos

Concordo em parte com a analise do Pablo Goldberg, mas acho que o pior problema do Brasil não foi surfar na onda das commodities, mas abandonar ou não ter um plano estratégico para O SETOR PRODUTIVO NACIONAL. O melhor que o governo fez foi atuar nos chamados " Campeões Nacionais" que foi um redundante fracasso, vide Ike e suas empresas "X". Simplesmente o governo e seus ministros não se preocuparam em analisar os custos e a viabilidade de suas industrias e abriram o mercado brasileiro aos chineses em troca da exportação de commodities. Hoje devido a freada da economia Chinesa que a pouco tempo crescia a taxas de 10% ano e agora caiu para 6,9%, empresas antes orgulho nacional como a Vale passam por dificuldades sem falar da Petrobras que a cada empréstimo na China se compromete mais com o Petróleo futuro. No CEO Summit SP reclamou-se da omissão do empresariado brasileiro, mas esqueceram de dizer que os empresários interlocutores privilegiados da Presidenta Dilma e membros de conselhos nada fizeram para mudar a situação e ainda diziam a alto e bom som que tudo estava ÓTIMO e caminhando na direção certa.

Em um momento turbulento para os mercados emergentes, investidores têm que separar os "vencedores" dos "perdedores" e filtrar suas apostas. O Brasil está no segundo grupo, afirmam gigantes do mercado financeiro.

Em um evento da Bloomberg nesta quinta-feira (21), em Nova York, o diretor da BlackRock, maior gestora de recursos de capital aberto do mundo, criticou a morosidade com que o Brasil "se ajusta ao novo mundo".

"Vemos vulnerabilidade nos países onde o ambiente político não tem conduzido reformas. Agilidade e amortecedores é o que buscamos; a ausência desses elementos faz com que o país seja um perdedor", disse Pablo Goldberg, que citou nesse grupo Brasil, Venezuela e Equador.

 À Folha, ele afirmou que espera uma recuperação do Brasil, "no mínimo", em 2017, o que depende essencialmente da "reconstrução de credibilidade". "Se a perspectiva fosse mais favorável, o governo poderia negociar parte do ajuste fiscal para o futuro."

"O que é assustador é que o jogo político não leva a lugar nenhum. É preciso focar o estado da economia."

O país foi criticado também pelos integrantes da mesa, formada por representantes das gestoras Alliance Bernstein e TCW e do banco Wells Fargo, além do moderador, o repórter especial da Bloomberg Gavin Serkin.

Questionado pela plateia sobre os "países que saíram de moda —Indonésia, Rússia e Brasil", Derrick Irwin, gerente do Wells Fargo, zombou: "Excelentes países... Não tem nenhum outro do qual podemos falar?".

Para ele, "se e quando o Brasil se recuperar", as empresas altamente qualificadas sairão em vantagem. Paul DeNoon, diretor da Alliance Bernstein, concordou que investimentos devem priorizar companhias mais robustas.

David Robbins, diretor da TCW, causou riso ao "deixar o Brasil para os colegas". Segundo ele, Rússia e Indonésia já ensaiam uma retomada. "O Brasil é um daqueles países que enfrentam dificuldades devido ao declínio do ciclo de commodities, mas também devido a questões estruturais. A superação vai demorar mais por causa do escândalo em curso."

O moderador passou a palavra a Goldberg, da BlackRock, especializado em Américas: "O Brasil é problema seu, Pablo". Goldberg lembrou que, no mesmo dia em que a agência Standard & Poor's rebaixou o Brasil a grau especulativo, o país registrava a menor criação de empregos em 15 anos.

"São motivos de preocupação, mas precisamos ver qual será o ponto de reversão", disse. "Estive no Brasil há duas semanas e estava barato! Pela primeira vez em dez anos, você pode ir a um restaurante e pegar um táxi e não pagar caro."

Para ele, a crise vai favorecer a indústria de manufaturas e a substituição de importação. A mesa concordou que o apetite por mercados emergentes sobreviverá à desaceleração chinesa.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Walter Beraldo

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos