BRASIL: FÁBRICA DE UNICÓRNIOS?

BRASIL: FÁBRICA DE UNICÓRNIOS?


Após queda em 2023, investimentos em Startups voltam a crescer no país


Um belo tombo. Assim podemos classificar a queda de investimentos em startups em 2023, mais precisamente 56,8% a menos em relação a 2022, isso significou US$2,5 bilhões a menos, com um total de investimentos de “apenas” US$1,9 bilhões em 2023. Ainda assim o Brasil se destaca no mercado, representou 61,2% dos investimentos da América Latina em número de negociações.

Entre as principais causas para o “inverno das startups” estão escassez de dinheiro e principalmente juros altos. Nesse cenário, os investidores preferem mitigar os riscos e recorrem a ativos de menor risco e alto rendimento.

 

Mas, parece que o jogo está virando, não é mesmo?

 

Sim! Com a queda da Selic, o mercado volta a ficar atrativo e os números refletem esse momento. O primeiro semestre de 2024 mostrou um significativo crescimento na quantia de negociações em startups na América Latina, entre o curto período de abril a junho os aportes chegaram a US$2,2 bilhões, mais da meta só no Brasil, isso significa um aumento de 78% comparado à 2023. Os dados são da Sling Hub.

Além da diminuição da taxa de juros, uma reestruturação do setor ajuda no impulsionamento dos investimentos. Os negócios estão mais focados em eficiência e uma correção de valores com reajustes de valuations deram mais segurança e atratividade para o segmento. Os investidores buscam agora empresas com alto potencial de desenvolvimento e com baixos níveis de custo. De acordo com especialistas, o segundo semestre deve ser ainda mais promissor para as startups.

Outro fator que favorece o crescimento desse tipo de investimentos é a aprovação, em abril deste ano, de um projeto de lei complementar que criou um novo modelo para incentivar esse tipo de negócio. O texto, aprovado por unanimidade na Câmara, altera o Marco Legal das Startups e cria o Contrato de Investimentos Conversível em Capital Social (CICC), assim, o investidor transfere recursos à startups para a subscrição de ações ou quotas de emissão, em momento futuro e mediante a ocorrência de eventos predeterminados no próprio contrato. A alteração traz mais segurança jurídica para o investidor anjo e também para as startups que terão o instrumento necessário para segurança de novos investimentos.

 

Brasil mostra a sua cara

 

O mercado de startups no Brasil ainda tem muito espaço para crescimento. Estudo realizado pelo MIT Technology Review Brasil em parceria com o Google Cloud, constatou que 41% das startups brasileiras não recebem nenhum tipo de investimentos e a dificuldade de ter investidores foi a dificuldade mais citada por 38,46% dos empreendedores. Entre as empresas mais ouvidas estão as de Software, venda direta e marketplaces. Entre os entrevistados, 27,88% afirmaram que é difícil ter uma rede de contatos para se conectar com potenciais investidores.

 

Vai que é tua! Dicas para investir em startups

 

Ficou interessado no assunto? Veja dicas preciosas para (e porque) investir em startups:

 

  • Diversificação de portfólio: investir em diferentes startups te garante mais chances de sucesso e um equilíbrio saudável para sua estratégia de investimentos;
  • Siga o mestre: investidores experientes normalmente sabem o que estão fazendo, então ficar de olho nas movimentações dos grandes players do mercado pode ser interessante, mas, lembre-se, avalie sempre o potencial de crescimento e os riscos;
  • Due Diligence: fique atento ao negócio, mas principalmente a equipe de gestão, as propriedades intelectuais e a situação financeira da empresa;
  • Participe do negócio: acompanhe ativamente o desempenho da startup e preze pela transparência na comunicação com os gestores, assim fica mais fácil confiar ou se proteger de qualquer situação;
  • Perfil do investidor: nunca se esqueça dos riscos! E alinhe seu perfil de investidor ao negócio que você quer investir. Há muitas oportunidades no mercado, certamente alguma se adequará a você.

 

InvestSmart e EqSeed: cariocas unidos

 

Em abril deste ano, a holding da InvestSmart e a EqSeed, plataforma de equity crowdfunding, fecharam uma parceria comercial para acesso dos assessores a oportunidades do mercado de startups.

A EqSeed foi uma das primeiras plataformas do gênero no Brasil e permite a qualquer pessoa fazer aportes em empresas inovadoras nascentes a partir de valores tão baixos quanto R$ 5 mil. Antes do equity crowdfunding - regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2017 -, o investimento em startups era aplicação exclusiva de ricos com acesso a fundos de capital de risco (venture capital).

Quer saber mais sobre esse tipo de investimento? Entre em contato.

Muito útil, ótimos esclarecimentos de uma área de investimento ainda pouco conhecida dos investidores.

Gabriel Poyart

Parcerias e RI na Eqseed.com | Relações com Investidores | Startups | Venture Capital | Community Investing | Fundraising

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Muito bacana o conteúdo Eduardo!

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