Brasil, o país do futuro ?
O cenário econômico para o Brasil parece próspero. A matriz de recursos que o país disponibiliza é única no mundo e este mundo não encontra mercado tão pungente como o Brasil para investir. Nosso maior obstáculo é político e atrelado a uma insegurança jurídica que impede a realização do tão propagado “Brasil, O país do futuro”.
As últimas licitações realizadas foram bem-sucedidas demostrando certa recuperação da confiança de investidores, embora estes mesmos investidores e empresários ainda se mantém cautelosos e aguardam reformas pró-mercado. O leilão de 22 aeroportos, 1 ferrovia e cinco terminais portuários arrecadou R$ 3,5 bilhões de reais, com o compromisso contratual de investimentos 3 vezes maior em 30 anos.
Outro indício foi o leilão da concessionária dos serviços de água e esgoto do Rio de Janeiro, a Cedae que arrecadou R$ 22,7 bilhões de reais, com ágio muito acima do esperado e com investimentos da ordem de R$ 30 bilhões em 35 anos.
"Esse é o momento que marca a nossa história, a nossa economia", afirma o governo e completa o Ministro da Economia: "O Brasil vai retomar o crescimento, nós vamos atravessar as duas ondas, a das crises sanitária e econômica”.
Ainda há cerca de 85 projetos para o ano que vem estimados em R$ 446 bilhões de reais como a Eletrobrás, Correios, os aeroportos Santos Dumont (RJ), Congonhas (SP), a ferrovia Ferrogrão (AM) e a rodovia Presidente Dutra (RJ-SP), portos, terminais pesqueiros, companhias de saneamento básico, linhas do metrô e até parques nacionais, além da rede de internet móvel 5G.
Claro que existem entraves, principalmente nas pautas do Congresso, o quadro fiscal provocado pela pandemia, infelizmente ainda em alta e o saneamento das contas públicas, como a reforma administrativa e a tributária, sem as quais o mercado fica um pouco apreensivo porque a está se entrando em um último ano de governo, o tempo é escasso para o tanto a fazer.
O eleitor tem um papel fundamental para 2022 e o futuro do país. Sem entrar em lados do a favor ou contra, toda a polarização que surgiu após 2018, embora dolorosa trouxe ao país algo nunca antes visto: maior senso político, o devido grau de importância do voto correto e a identificação de quem são os antagonistas, algozes e libertadores do que é o Brasil hoje: estamos entre a possibilidade do que podemos ser e voltar ao que vivemos até as últimas eleições.