EMPREGO E RENDA O DESAFIO DO RIO DE JANEIRO
Após, e porque não ainda durante o período pandêmico, o maior obstáculo que o Brasil e especificamente o Estado do Rio de Janeiro irá enfrentar será a reposição de postos de trabalho e/ou geração de novos empreendedores. Dados do Observatório do Trabalho, órgão ligado a Secretaria de Trabalho e Renda indicam que o Estado do Rio de Janeiro apresentou uma retração de 181 mil postos de trabalho (resultado de 649 mil admissões contra 830 mil desligamentos). Na análise da Secretaria, observa-se que mesmo diante de tudo que estamos passando o saldo em relação ao mesmo período (jan-Set) é 8% menor do que 2019, o que é um bom sinal. Em comparação com outros Estados, o Rio de Janeiro tem o 3º maior saldo da Região Sudeste e fica em 11º lugar do Brasil.
Então, qual é o verdadeiro desafio ? O histórico coletado indica que a relação de vagas ofertadas e vagas preenchidas não sofreram alteração nos últimos anos e são muito baixos. Embora haja um esforço grande empreendido pelo Governo, via sua Secretaria de Trabalho e Renda para qualificar, analisar, orientar e indicar candidatos, alguns aspectos tornam a efetiva contratação deficiente.
Primeiro, há um contingente grande de candidatos pouco habilitados às vagas, o que exige um olhar atento de toda a sociedade para a capacitação. Segundo que há, por parte das empresas um grau de exigência, que é sempre bem-vindo, mas muito acima do que as vagas realmente se propõem. Dou como exemplo a exigência de uso de computador para motorista ou segundo grau completo para limpeza. Outro bem interessante é noções de inglês para a construção civil já que a empresa é estrangeira.
Ora, claro que devemos buscar os melhores quadros para nossas empresas, mas será este o momento ou será este o país certo para tais exigências ?
Há um esforço óbvio de que alguém que busca uma colocação deva se preparar ao máximo e mesmo iniciando uma carreira ou tendo a intenção de começar de baixo e galgar melhorias deve, se qualificar e se apresentar bem para a empresa contratante. Por outro lado, as empresas devem se atentar ao momento que o país vive e flexibilizar um pouco o grau de exigências das vagas ofertadas. Que tal estabelecer cursos profissionalizantes para qualificar seus candidatos, direcionando para suas necessidades? Isto pode ser feito em parcerias com a própria Secretaria de Trabalho e Renda, com Universidades, Entidades de Classes e até mesmo profissionais experientes que querem e podem dividir experiências.
O País / Estado não deslocará sua curva de geração de trabalho e renda sem este necessário equilíbrio. Fica a dica, principalmente para as empresas; que revejam suas necessidades, especialmente para àquelas vagas que permitem uma qualificação mais humilde. A hora de unir esforços para retirar do subemprego ou de não empurrar a juventude para desvios já passou. Conheçam e fortaleçam programas como o Geração Futuro (Jovem Aprendiz ou Primeiro Emprego), o Geração Prateada, jovens adultos com rica experiência e sedentos de trabalho e compartilhamento de conhecimento. O SINE (Sistema Nacional de Emprego) e a Casa do Trabalhador são pouco utilizados em suas capacidades e muitas das vezes as empresas tem um alto custo de seleção e contratação que já é oferecido por estes programas gratuitamente.
É hora de pensar este País/ Estado dentro de sua realidade, criar facilidades e adequar o que se tem ao que se quer. O esforço é conjunto, árduo e a médio prazo, mas toda a sociedade só tem a ganhar.
Life Insurance Advisor
4 aNelson Sampaio de Oliveira excelente visão do impacto no Emprego e Renda que o Covid-19 provocou no Estado do Rio de Janeiro, nosso trabalho na Secretaria de Estado de Trabalho e Renda visa minimizar esta degradação, #EstamosJuntos.
Coordenadora dos Convênios e Programas Federais para os Municípios. 🇧🇷 Diretório Nacional do PODEMOS 20 - Presidente Estadual da Juventude.
4 a👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻