Brasil: O País do Pensamento Invertido!

Brasil: O País do Pensamento Invertido!

Não sou economista, mas atuo em gestão e planejamento a mais de 20 anos, e também com alguma vivência acumulada em inteligência de mercado - + 5 anos. Chego a ficar estupefato com os absurdos que escuto dos executivos do governo federal, incluindo aqui a Presidente da República, quem deveria, pelo menos, dar bons exemplos de liderança e inteligência financeira a toda uma nação. Não é à toa que regredimos a níveis de 2003 – numa média.

Como, em rede nacional de TV afirma e sugere que devemos aprovar a volta da CPMF, pois a volta de seus recursos, certamente, iria garantir o investimento necessário para ampliar postos de trabalho e reduzir a Taxa de Desemprego???

Esse ciclo vicioso do governo aumentar a arrecadação através do aumento da taxa de impostos e criação de novos tributos, tem que terminar. Em nenhuma economia decente, vê-se tal mentalidade.

Basta analisar o PIB dos países que estão com a economia crescendo, e ver a média de tributação e quantos dias uma pessoa precisa trabalhar para pagar os impostos de um ano fiscal sobre o que é produzido.

Cada vez mais, a fatia do PIB brasileiro representada pela carga tributária, aumenta.

 

Mesmo em países que possuem carga tributária acima de 40% e estão no topo do ranking mundial do IDH, 

caso da Noruega, Suécia e Dinamarca – nações cuja a maturidade dos serviços públicos chegou a excelência e ninguém precisa pagar por serviços privados na saúde e educação, e onde o transporte público é tão eficiente e presente, não podemos afirmar que para se atingir elevado IDH, é preciso aumentar a carga tributária. Na verdade, os dados mostram outra verdade. Veja os top 10 do IDH: 

Dos dez países com o maior grau de desenvolvimento, somente os três citados acima possuem carga tributária acima dos patamares brasileiros.

Por esses dados e ineficiência na transferência desses recursos aos serviços públicos, podemos afirmar que o Brasil está na contramão do pensamento econômico global.

Conclusão: O Brasil, ocupa a vergonhosa 79ª posição no IDH, cujos vizinhos na tabela não devem nos deixar orgulhosos, pelos seus problemas e limitações.

Se o aumento da carga tributária fosse a solução para o desenvolvimento econômico e social, não teríamos o retrato abaixo, que avalia o índice de retorno à população dos impostos arrecadados:

A política econômica imposta e instaurada pelo governo assistencialista do PT, fez deteriorar toda uma base de crescimento e raciocínio estabelecidos pelo Plano Real (07/1994). A razão é óbvia – nivelar a população por baixo e deixar a maioria dependente de suas políticas assistencialistas (falsamente ditas de sociais).

Todos sabem que os resultados ou a resposta gerada por políticas econômicas demoram a aparecer. Mesmo que medidas acertadas sejam tomadas hoje pela equipe econômica da Presidente Dilma – embora os sinais indicam o contrário (pensamento centrado no assistencialismo, intervencionismo excessivo do estado e aumento da carga tributária), os efeitos só seriam percebidos em 2018/19, na melhor das hipóteses.

Os números de nossa saúde econômica são péssimos. Vejam o breve histórico abaixo, tendo como ponto de partida o ano de 2000. O país era a 10ª economia do mundo, a política econômica estava bem equacionada, a inflação controlada e apresentávamos uma taxa de crescimento de 4,4%.

Vejam a evolução do PIB no quadro a seguir, lembrando que a expectativa é só voltar a crescer em 2018, caso a equipe econômica e governo federal façam o dever de casa.

Um ponto que destaco, é o tamanho da riqueza (PIB) que geramos em 2011, quando chegamos a ser a 6ª maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido e ficando muito pouco atrás da França:

De lá pra cá, os efeitos da falta de uma política econômica correta e ética a partir do 2º mandato do Governo PT (2006/10), visando pavimentar o futuro econômico brasileiro, gerando investimento, emprego, aumento real de renda, diminuição da carga tributária e do intervencionismo do estado, dando ênfase na redução e otimização dos gastos públicos, a nação começou a inevitável descida, que deverá continuar por 2016/17. 

Comparem nosso PIB de 2011 – US$ 2,6 trilhões, com o PIB de 2015 – US$ 1,8 trilhões, volume comparável ao PIB de 2008. Ou seja, de forma bruta, encolhemos 7 anos. Da 6ª economia mundial, fechamos 2015 na 9º posição do PIB mundial, sendo ultrapassado pelo Reino Unido, Itália e Índia.

Outro fator que chamo atenção, diz respeito ao peso da carga tributária no valor do PIB. Quanto maior for essa carga, menor o valor real do que, efetivamente, produziu o país.

A justificativa do governo em aumentar impostos e taxas, não se sustenta.

De tudo que se arrecada com os tributos, e depois dos repasses compulsórios a estados e municípios, pasmem, cerca de 79% é consumido pela manutenção e operação da máquina pública federal, um verdadeiro vampiro que suga o sangue dos brasileiros e impede a produção e o crescimento da economia do país.

Soma-se a esta incompetência econômica e financeira, a incapacidade gerencial dos entes públicos – em todas as esferas de governo, que entendam, tenham conhecimento e experiência em inteligência de mercado e gestão.

Em geral, nosso corpo executivo público é medíocre. Só enxergam aumento da receita com o aumento da taxa dos impostos. Manter essa filosofia não forma um ciclo saudável da economia, muito pelo contrário, sufoca os empresários e gera um ciclo pernicioso, com aumento do custo, dos preços, diminuição dos investimentos, aumento da inflação, diminuição de postos de trabalho, e uma explosão na taxa de desemprego.

Se não houver uma mudança radical, corajosa e comprometida na reestruturação dos pilares de uma economia moderna, competitiva e consciente que temos que melhorar muito a qualidade de nossos serviços e produtos, em breve seremos ultrapassados por nossos vizinhos sul-americanos, africanos, e assim por diante.

Com uma política protecionista, quem perde somos todos nós, pois ficamos sem parâmetros comparativos. Lembram da Copa do Mundo de 2014? Aeroportos maquiados para receber os turistas – tanto nacionais como estrangeiros; Estádios mal finalizados e que em algumas das cidades do futebol, não foram entregues as obras de infraestrutura e nem de mobilidade; VLTs prometidos que estão parados e apodrecendo; e assim por diante. Abaixo, ao clicar na imagem, levará o leitor para uma reportagem sobre as obras prometidas, mas não acabadas.

A reportagem acima foi veiculada em 19 de Fevereiro de 2015, e produzida pela BBC Brasil. Ela mostra o fiasco financeiro das Arenas construídas para a Copa de 2014.

Muitas das arenas construídas, podem ser, seguramente, chamadas de verdadeiros elefantes-brancos, pois são empreendimentos incapazes de gerar receita para, pelo menos cobrir os custos de manutenção.

Com todos esses péssimos exemplos e histórico, meu medo das promessas feitas durante a candidatura da cidade do Rio de Janeiro torna-se um receio gigante, ainda mais sabendo que as três esferas de governo – União, Estado e Município do RJ, estão sem “caixa”.

  O risco de vivenciarmos aqui o que ocorreu na Grécia, é alto.

O recente acidente que “assassinou” duas pessoas na Ciclovia Tim Maia – Av. Niemeyer, expôs a péssima gestão do Governo Eduardo Paes. Existem vários culpados nesse caso, mas um com certeza deveria ter a coragem de assumir – o Sr. Eduardo Paes. Afinal, é ele o gestor da cidade, o mais alto executivo dessa “empresa” mal gerida.

Estamos em maio/2016 e creio que a única coisa que pode salvar e amenizar o fracasso das promessas não cumpridas, será o capital humano que, assim como na Copa 2014, abriu os braços para os turistas e, com alegria, simpatia e boa vontade, abriu não somente os braços, mas a própria casa para os milhares de estrangeiros que aqui estiveram.

É hora do Brasil acordar e, de forma planejada e bem executada, reconstruir a economia e restaurar o crescimento.

 

 

 

 

 

 

Muito boa a reflexão e análise crítica da real situação econômica/social brasileira. Concordo completamente com as conclusões expostas e, principalmente, com a definição da incopetência desse prefeito carioca. Obr. Carlos Soares. (fui seu aluno no Ceperj)

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