Brasil ou Brasil?
Não sou especialista. Como leigo, arrisco a fazer uma análise de cenários.
Imagino UM CENÁRIO onde o presidente rompa radicalmente com sua forma de gerir e agir. Passe a ouvir seus ministros. Enxergue ministros como aliados e não como concorrentes. Sem puxar brigas desnecessárias. Não fale em público o que deveria ser discutido privadamente com sua equipe, por mais que tenha razão.
Deixe de se opor abertamente à mídia, à Globo principalmente (a política com relação às benesses desta já está corretamente decidida) e outras. Não se envolva em discussões em que se coloca no mesmo nível dos oponentes, afinal ele é o PRESIDENTE. Deve agir como um estadista. A campanha política acabou. É presidente de todos brasileiros.
Declare publicamente que seus filhos não fazem parte do governo, não falam pelo governo, nem pelo presidente. Peça para os guris calarem a boca. E que cada um responda pelos seus atos (especialmente Flávio). Restabeleça a maioria no Congresso, sem se dobrar ao Centrão. Faça uma campanha maciça de marketing divulgando os resultados de seu governo (por exemplo, a expressiva redução da criminalidade). Coloque uma pedra na discussão com Moro, fazendo uma mea culpa pelos excessos e convencendo Moro a fazer o mesmo. E que nenhum deles dê explicações, pois a mentira iria aparecer e ninguém ganharia com isso. Fim da discussão entre os dois. E que dê cargo no Supremo para Moro em novembro, sem que isso pareça toma lá dá cá (não sei como isso seria possível). Esse cenário, que talvez restabeleça suas forças, é altamente improvável.
Num SEGUNDO CENÁRIO, Bolsonaro está enfraquecido. Entrega as jóias da Coroa ao Centrão. Distribui cargos na lógica toma lá dá cá. Aceita as chantagens porque está emparedado. Ataques do STF, Maia e Alcolumbre fragilizam ainda mais o presidente. Responde a um processo de impeachment. No desespero abre o cofre do Estado e manda para o espaço a regra de ouro e a política fiscal. Efetivamente é o fim do mandato.
Num TERCEIRO CENÁRIO, desgastado pelas pressões de todos os lados, renuncia no curto prazo. Assume Mourão. O plano em curso continua avançando.
QUATRO. Continua tudo como está.
Ou uma mescla desses cenários. Por exemplo, por um tempo, vai “fazer diplomacia” e deixa o comando com Mourão.
O que é MELHOR PARA O BRASIL? Que parem de criar crises políticas e foquem no combate Covid-19, na recuperação econômica e no combate à corrupção. Planejem e negociem as futuras reformas administrativa e fiscal. Os que não querem ver o circo pegar fogo concordam com isso. Os que não estão presos à briga, à polarização, aos xingamentos, à destruição de reputações, conseguem enxergar.
Terá o governo CAPACIDADE para MUDAR?
#brasilacimadetudo