BRASIL TERRA DE PARASITAS?
Segundo Nelson Marconi, da Fundação Getúlio Vargas, mais de 30% do quadro de funcionários públicos poderia ser imediata e facilmente cortado sem prejuízo da qualidade dos serviços públicos. Isso ocorre porque a quase totalidade dos órgãos públicos estão inchados com muito mais pessoas do que seriam necessárias para realizar os objetivos do órgão em questão e também porque os processos são muito burocráticos. No Brasil, 22% da população economicamente ativa trabalha para o governo, um exército de 9 milhões de servidores públicos no total. Nos Estados Unidos, esse índice é de 14%, enquanto no Chile é de 10%, segundo a FGV – RJ.
Outro problema são os “cargos nomeados”. Funcionários nomeados não precisam passar por nenhum concurso. Como o nome sugere eles são simplesmente nomeados pelo governante eleito. Em todo os países do mundo existem cargos nomeados. O problema do Brasil é a quantidade. Segundo levantamento do Ministério do Planejamento, a Inglaterra possui apenas 300 cargos nomeados em todo o país. França e Alemanha possuem cerca de 500 cargos cada. Os Estados Unidos possuem cerca de 8 mil. Já no Brasil somente na esfera federal, há mais de 23 mil cargos nomeados.
Quando se soma a este número os cargos nomeados nas esferas estadual e municipal, o efeito deste fenômeno sobre as contas da administração pública é devastador.
Lei mais em “Carregando o Elefante” de Alexandre Ostrowiecki e Reno Feder, disponível em www.carregandooelefante.com.br