Buscando a excelência: Conceito do Porco-Espinho – sua empresa está focando na atividade em que pode ser a melhor? Que move seu motor econômico?
Antes de partir para a leitura desse artigo, lhe convidamos a conferir as divulgações anteriores (Pensamento disciplinado) onde exploramos os 2 conceitos chave (Liderança Nível 5 e Primeiro Quem Depois O Que) que suportam o pilar de Pessoas Disciplinadas bem como o primeiro conceito do pilar Pensamento Disciplinado (“Enfrente a Realidade Brutal) da pesquisa/obra feita por Jim Collins: “Good To Great” (um estudo que ao avaliar as 500 maiores da revista Fortune de 1965 a 1995, selecionou 11 empresas com retorno sobre valor investido em ações três vezes superior ao mercado por no mínimo 15 anos, e então se aprofundou para identificar se existiram fatores comuns determinantes desse sucesso e, se sim, quais seriam). Esse conjunto de artigos, juntamente com os que veremos hoje e nas próximas semanas, sustentam os princípios imprescindíveis ao êxito perene das organizações bem-sucedidas.
Passemos então para o entendimento do “Conceito do Porco-Espinho” o segundo conceito do pilar de Pensamento Disciplinado:
A pesquisa de Collins nos leva à uma conclusão: as empresas bem-sucedidas definem como parte da estratégia corporativa o exercício de ter a definição da atividade principal, estipulada de forma simples e cristalina a partir das respostas às seguintes 3 (três) perguntas:
- Qual atividade podemos ser os melhores do Mundo?
- Pelo que somos apaixonados?
- O que move nosso motor econômico?
O porco-espinho, como sabemos, é um animal que não é dos mais espertos, é lento, não pula, não corre, não sobe em árvores, não se enterra, não tem a prática de se defender através da formação de grandes grupos, não se camufla... seria mais uma presa fácil na brutal realidade das florestas e ambientes que ele habita. Mas não é! Quando ameaçado por um potencial predador ele se encolhe, se dobra em “posição fetal” e fica praticamente com toda a região externa protegida por seus poderosos espinhos, além também de conseguir dispará-los a curta distância.
O que o “Conceito do Porco-Espinho” nos traz é justamente a mesma óptica, ou seja, as empresas feitas para vencer jamais perdem o foco sobre aquilo em que realmente elas são boas, aquilo que as diferencia e que gera sustentação financeira perene. Sem isso elas pereceriam, e seriam rapidamente absorvidas pelo mercado ou mesmo, deixariam de existir.
Trata-se de “Uma idéia simples construída em cima do confrontamento da realidade e executada com maestria”. Veja que não estamos falando da definição de uma meta para ser o melhor, mas sim do entendimento de onde podemos ser o melhor.
Um dos desfechos da pesquisa de Collins é justamente a conclusão de que focar esforços nas atividades em que se é bom, somente poderá torná-lo bom. Porém, focar esforços exclusivamente nas atividades em que se pode ser o melhor, é o caminho para a excelência.
Claro que é fundamental também ter a compreensão do que não deve ser feito para ser o melhor do mundo. E, cabe aqui até mesmo a reflexão e a ponderação de que simplesmente porque você faz a mesma coisa há anos, não significa dizer que você pode ser o melhor do mundo nela. Em outras palavras, você pode ser o melhor do mundo em seu negócio principal? Caso a resposta seja não, ele não pode ser a base de seu conceito do porco-espinho.
Trazer aqui a caracterização do denominador econômico nos leva a mensurar o desempenho da atividade da empresa da forma mais coerente com seu modelo de negócio:
- Qual seria o melhor indicador lucro por “x” para o nosso negócio?
- O que podemos aumentar sistematicamente ao longo do tempo; que “x” teria os maiores e mais duradouros impactos sobre nosso motor econômico?
O esforço pela busca das respostas às questões acima leva à uma percepção profunda do funcionamento interno da economia de uma organização, conduzindo à identificação de quais forças movem seu motor econômico, além de trazer o entendimento de pelo que se é apaixonado:
Um exemplo que o livro nos traz é o da Pitney Bowes: A mudança de "lucro por seladora automática" para “lucro por cliente" refletiu a idéia de que a Pitney Bowes poderia usar as seladoras automáticas como ponto de partida para introduzir uma série de produtos sofisticados nos escritórios dos clientes.
Assim, Collins sugere abordar o “Conceito do Porco-Espinho” e implementá-lo coerentemente: Eleja as pessoas certas para debater sob orientação dos três círculos sobre as decisões da organização, como esquematizado a seguir:
Ao tomarmos conhecimento desse princípio, fizemos imediatamente um exercício interno para definir qual seria nosso “Porco-Espinho”. Pelo que somos apaixonados? Ao mesmo tempo o que é nosso motor econômico e também onde podemos ser os melhores do mundo?
O debate foi rico, e chegamos à conclusão que nosso ponto convergente que responde às 3 (três) perguntas de forma unânime é: desenvolvimento e implantação de soluções digitais para a gestão de operações.
Nós da Sinapse queremos nos tornar o melhor fornecedor em soluções de WFM e WMS Full para empresas com operação de campo e não mediremos esforços para chegarmos lá!
Ao mesmo tempo, sabemos que para nossos clientes é fundamental o foco total em seus “businesses”, em seus “porcos-espinho”. E para isso, necessitamos atingir em todos os momentos a excelência em nossos produtos, pois somente alcançando patamares superiores de desempenho, permitiremos que nossos clientes se dediquem exclusivamente às suas atividades-fim.
Esperamos que tenham gostado de mais essa exposição. Estamos sempre procurando melhorar, abertos à debates saudosos e seu feedback será um presente valioso para a Sinapse.
Em breve nos aprofundaremos em outros conceitos explorados por Jim Collins.