A Cultura da Disciplina: o principal ingrediente das empresas vencedoras!
Primeiramente, para estarmos aptos a ver o que Jim Collins divulgou em sua pesquisa sobre o principal ingrediente das empresas vencedoras, somos compelidos a ter uma boa familiaridade com conceitos que divulgamos em nossos artigos anteriores sobre a obra “Good to Great” (um estudo que ao avaliar as 500 maiores da revista Fortune de 1965 a 1995, selecionou 11 empresas com retorno sobre valor investido em ações três vezes superior ao mercado por no mínimo 15 anos, e então se aprofundou para identificar se existiram fatores comuns determinantes desse sucesso e, se sim, quais seriam).
Caso não tenha tido a oportunidade de acessar esses conceitos, lhe convidamos a essa gratificante leitura através dos links a seguir:
=> Pessoas Disciplinadas:
Trabalhe com as pessoas certas - Primeiro quem e depois o quê
=> Pensamento Disciplinado:
Crie mecanismos para enfrentar a brutal realidade dos fatos
Buscando a excelência: Conceito do Porco-Espinho
A compreensão dessas 4 conclusões da pesquisa de Collins é um forte elo para a abordagem dos próximos 2 conceitos que veremos dentro do pilar “Ação Disciplinada”:
- Cultura da Disciplina
- Aceleradores Tecnológicos
Vamos então para a “Cultura da Disciplina”:
Já dizia um professor meu do MBA: “a empresa que quebra não é aquela que cresce de forma constante e ordenada, quase uma orquestra em perfeita sintonia... a empresa que quebra é aquela que cresce repentinamente, sem estruturar processos, controles e gestão e é repentinamente “engolida” pelo próprio sucesso”. O crescimento traz inevitavelmente a complexidade e essa, se mal administrada, cria uma cultura indisciplinada onde deixar de se cumprir o prometido vira uma rotina em todos os níveis hierárquicos... uma rotina fatal.
A Cultura Disciplinada que Collins identificou nas empresas vencedoras é composta por:
- Pessoas disciplinadas que agem de acordo com os 3 círculos (Vide o Conceito do Porco Espinho) e com uma consistência obsessiva em relação ao conceito do porco espinho;
- A construção de líderes nível 5 e o encorajamento em todos os níveis a entender o trabalho como uma responsabilidade e não um emprego;
- Uma busca paranoica pelas pessoas certas (vide o conceito do Primeiro Quem, depois o quê): Quando se tem as pessoas certas, gerencia-se o sistema e não as pessoas. Isso permite um ambiente coerente, com restrições claras sem tirar a liberdade e responsabilidade. Pessoas erradas elevam a necessidade de burocracia, reduzem a capacidade de se delegar e, consequentemente se aumentam as centralizações de forma nociva;
- Metodologias, indicadores e reuniões que promovem o enfrentamento da realidade brutal;
- Uma exigência esmerada pelo desenvolvimento de sucessores, fazendo com que essa cultura se perpetue independentemente do corpo diretivo.
Por fim, Collins reforça que a execução de pequenas ações de forma contínua e perene é o que produz resultados robustos ao longo do tempo, ou seja, não existe bala de prata... não existe acaso... é a disciplina nos hábitos das corporações que as leva ao status de vencedoras e às mantém lá.
A Sinapse sabe muito bem que para atender seus clientes com excelência, empatia e constante melhoria somente é possível se ela tiver enraizada e perenizada em todos os seus colaboradores a Cultura da Disciplina.
Bem, avançamos bastante e esperamos que essas conclusões da pesquisa/obra de Collins tenham lhe inspirado a introduzi-las em sua empresa.
Nos próximos dias traremos o conceito dos Aceleradores Tecnológicos que encerra nossos artigos acerca da pesquisa “Good to Great”, e que abre as portas para a consagrada obra “Great by Choice”, um estudo mais recente e que enriquece mais ainda o conhecimento acerca das organizações vencedoras.