Caí numa reflexão sobre medo e coragem e estas palavras podem ser o que você esperava

Antepenúltima semana do ano. Tinha acabado de passar por um daqueles dias surpreendentes, - ainda mais 2020, né?! - em que você recebe várias notícias boas e acaba conquistando a licença poética de usar #gratidão repetidas vezes, sem qualquer tipo de julgamento. Já estava quase lançando um "sextou" no trabalho quando uma amiga me falou que iria rolar no dia seguinte uma aula para desenvolver escrita criativa. Me inscrevi.

Nos primeiros minutos do curso surgiu na tela o slide com a frase: a maioria das pessoas não escrevem porque não tem o que dizer e sim porque tem medo. Isso ficou ecooando em mim durante as horas seguintes. E entenda, eu escrevo todos os dias, já que trabalho com comunicação interna. Porém, escrever sobre experiências pessoais é um outro caminho em que eu não ando com frequência. No fim da aula eu tinha chegado à conclusão que o receio de escrever, no meu caso, era dizer só o óbvio e isso acabar gerando uma onda do famoso meme da Mônica "ata"

Ilustração: Anastasija Pudane

Comecei a escrever este texto ainda durante o curso "Gatilhos de escrita", mediado pela Tayná Saes do Sutilezas Atômicas, e me lembrei que na mesma semana do dia das boas notícias havia rolado um encontro virtual de fim de ano da diretoria em que trabalho. Uma das surpresas foi a participação especial do poeta Bráulio Bessa, que entre algumas das falas destacou ainda mais a certeza de que as palavras têm poder de mudança. Às vezes a gente precisa topar com algumas palavras reunidas para despertar gatilhos positivos.

Aí pronto, fechou o ciclo da minha reflexão e a minha audácia foi do 0 ao 80. Resolvi apertar o publicar ao fim deste texto aqui acreditando que, com sorte, esta pode ser a oportunidade de ecoar dentro de alguém a pergunta "eu estou com medo de que?" e isso acabar alimentando a coragem para começar ou continuar alguma coisa junto com o próximo ano. Ou agora.